Friday, February 8, 2013

Entenda como é um processo de canonização

Urna contendo os restos mortais de Benigna Cardoso da Silva, quando  foram exumados do cemitério de Santana do Cariri  e transladados para a Igreja-Matriz de Senhora Santana daquela cidade
  
A notícia de que a Congregação para a Causa dos Santos, órgão da Cúria Romana, aprovou o Nihil Obstat (Leia-se: “Nada impede”) para  o processo de beatificação da menina mártir Benigna Cardoso da Silva, correu como um rastilho de pólvora no sul do Ceará. Muita gente quer saber quais são os passos de um processo de canonização.

Abertura do Processo
   Depois de cinco anos da morte do candidato(a) a santo, persistindo a manifestação popular de devoção a essa pessoa, o bispo da diocese onde morreu o candidato(a) autoriza a abertura do processo, com  o levantamento da biografia, que é enviada ao Vaticano.

Servo(a) de Deus
   Após analisar o processo, a Congregação para a Causa dos Santos emite um documento autorizando o início do processo a nível diocesano. A partir disso o candidato já pode ser chamado de Servo(a) de Deus. É este o atual estágio do processo da menina Benigna. É dado assim início oficial ao processo de canonização.

Tribunal
   Na diocese é constituída uma comissão histórica que irá investigar os fatos relacionados à vida do Servo(a) de Deus. Um tribunal eclesiástico é instalado na diocese para coordenar a pesquisa e colher os testemunhos. O corpo do Servo(a) de Deus é exumado para comprovar sua existência e os restos mortais são expostos ao público. Os restos mortais de Benigna já foram exumados e transladados para a Igreja-Matriz de Senhora Santana, de Santana do Cariri.

Venerável
   Terminado o processo diocesano, a documentação é remetida para Roma para análise por teólogos e historiadores. Quando Roma reconhece a biografia do Servo(a) de Deus este passa a ser chamado de “Venerável”.

Beato(a)
   Com exceção dos que forem julgados mártires, os candidatos(as) precisam da comprovação de um milagre para ser beatificado. Bom lembrar que Benigna foi martirizada e não precisa de milagre para ser reconhecida beata.

Santo(a)
   Recebido o título de beato(a) é preciso a comprovação de um segundo milagre ocorrido após a beatificação. O Vaticano tem pelo menos quatro anos para investigar. Comprovado o segundo milagre o candidato(a) passa a ser santo. A solenidade de canonização é realizada pelo Papa e pode ser na cidade de origem do santo ou no Vaticano.

Canonização
   Canonização é a sentença definitiva pela qual o Papa insere Cânon ou “Catálogo dos Santos” a alguém já proclamado “Bem-Aventurado. Por meio dela o Sumo Pontífice declara algum Servo(a) de Deus na glória celeste e autoriza que lhe seja prestada veneração pública em toda a igreja.

No comments:

Post a Comment