Monday, November 30, 2009

Conheça um pouco sobre Dom Pedro I - Hoje na História


HOJE NA HISTÓRIA


D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal (nome completo: Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon; Queluz, 12 de outubro de 1798 — Queluz, 24 de setembro de 1834) foi o primeiro imperador do Brasil (de 1822 a 1831) e 28º rei de Portugal (durante sete dias de 1826).

Recebeu os títulos de infante, grão-prior do Crato, príncipe da Beira, príncipe do Reino Unido de Portugal do Brasil e Algarves, príncipe regente do Reino do Brasil além de primeiro imperador do Brasil, como D. Pedro I, de 12 de outubro de 1822 a 7 de abril de 1831, e ainda 28º Rei de Portugal (título herdado de seu pai, D. João VI), durante um período de sete dias (entre 26 de abril e 2 de maio de 1826), como D. Pedro IV. Em Portugal é conhecido como O Rei-Soldado, por combater o irmão D. Miguel na Guerra Civil de 1832-34 ou O Rei-Imperador. É também conhecido, de ambos os lados do oceano Atlântico, como O Libertador — Libertador do Brasil do domínio português e Libertador de Portugal do governo absolutista. D. Pedro I abdicou de ambas as coroas: da portuguesa para a filha D. Maria da Glória e da brasileira para o filho D. Pedro II. D. Pedro I era o quarto filho (segundo varão) do rei D. João VI e de sua mulher, Carlota Joaquina de Bourbon, princesa de Espanha, primogênita do rei espanhol Carlos IV da Espanha. Tornou-se herdeiro depois da morte do seu irmão mais velho, Francisco (1795 - 1801).

Infância e juventude

D. Pedro de Alcântara nasceu em Queluz, Portugal, em 12 de outubro de 1798 sendo filho de D. João VI de Portugal, Rei de Portugal, Brasil e Algarves e Dona Carlota Joaquina, infanta da Espanha. Seus avós paternos eram D. Pedro III, Rei de Portugal e Algarves e dona Maria I, Rainha de Portugal e Algarves, enquanto seus avós maternos eram D. Carlos IV, Rei da Espanha e dona Maria Luísa, princesa de Parma. Era o quarto filho, e segundo varão de seus pais, e não era esperado que um dia viesse a ascender ao trono. O falecimento de seu irmão mais velho, D. Antonio, em 1801, tornou-o o herdeiro de seu pai, então regente em nome de dona Maria I. O príncipe passou a infância no Palácio de Queluz, onde também nascera, e convivera com a avó paterna, que estava completamente insana. Sua mãe não lhe dava muita atenção, preferindo voltar-se para seu irmão mais novo, D. Miguel. Seu pai o estimava muito, considerando-o o filho predileto, mas por ser reservado e sofrer de depressão, mantinha pouco contato com o seu herdeiro. Em 1807, D. João VI, preocupado com os acontecimentos na Europa, realizou um plano de enviar o seu filho mais velho para o Brasil e assim impedir que a mais valiosa colônia portuguesa pudesse sofrer o mesmo destino das colônias espanholas. Entretanto, a invasão de Portugal por tropas de Napoleão Bonaparte o fizeram mudar de ideia e decidiu-se pela transmigração não só da Família Real portuguesa, mas de todo aparato estatal do império lusitano. No Brasil, D. Pedro viveu no Palácio da Quinta da Boa Vista em São Cristóvão junto com seu pai e D. Miguel, mas também residiu na Fazenda de Santa Cruz e no Paço Imperial. D. Pedro e seu irmão D. Miguel compartilhavam a aparência, o temperamento e afeições. Ambos possuíam uma relação de amor e ódio um com o outro, e brincavam e brigavam quando crianças. Na infância, os dois irmãos criavam pequenos regimentos formados por amigos que se combatiam simulando batalhas entre exércitos. A predileção de D. Pedro pela vida militar não se restringiu apenas à infância, e mesmo como adulto manteve o gosto pela carreira. Anos mais tarde, em 1825, um estrangeiro diria que não havia no Brasil pessoa melhor que o então Imperador no manejo com armas. As principais atividades do herdeiro da coroa portuguesa até os seus dezesseis anos de idade foram os exercícios físicos, a equitação e a marcenaria. Seu interesse pelos cavalos não se restringia a apenas montar, mas também cuidava dos mesmos, arreando, dando banho e até mesmo os ferrando.

Na mocidade se divertia indo as tavernas do Rio de Janeiro, onde as freqüentava em companhia dos empregados do palácio, mas sempre disfarçado para que não fosse reconhecido. Em uma dessas andanças noturnas conheceu Francisco Gomes da Silva, que mais tarde se tornaria um dos seus mais fiéis amigos e seria conhecido como o "Chalaça".

Características

De acordo com Isabel Lustosa, D. Pedro se "bem que não fosse bonito, era simpático, bem constituído, de cabelos pretos e anelados; tinha nariz aquilino, olhos pretos e brilhantes, uma boca regular e dentes muito alvos". Para José Murilo de Carvalho, ele era "comandado por emoções, às vezes contraditórias, a que não aprendera a impor barreira alguma. Era impulsivo, romântico, autoritário, ambicioso, generoso, grosseiro, sedutor. Era capaz de grandes ódios e grandes amores". Heitor Lyra o define da seguinte maneira:

“De temperamento, era um impulsivo. Volúvel até os extremos, era capaz dos maiores egoísmos e das mais largas generosidades. Tudo nele era incompleto: mal educado, mal guiado, mal aconselhado, faltou-lhe sempre o senso da medida. Mas, como todas as naturezas espontâneas, tinha um fundo de grande bondade. Herdou do velho Rei seu pai a liberalidade […]. Tinha, da mãe, sobretudo, a impetuosidade. Foi essa impetuosidade, aliada ao seu estabanado cavalheirismo, que o levou a libertar dois povos.

Um punhado, largo, de boas qualidades: bravura, honestidade, desprendimento pessoal, idealismo. E um acentuado desejo de bem fazer – o que o não impedia de ser, muita vez, injusto e agressivo até com os seus melhores amigos.”

O príncipe era extremamente simples, e enquanto a sociedade da época como um todo considerava qualquer forma de trabalho manual algo relegado somente a escravos, D. Pedro não se importava em trabalhar com as próprias mãos. Fazia questão de manter uma relação direta com o povo, e sentia prazer em estar entre gente comum. Isabel Lustosa expressa claramente este lado do Imperador como no episódio em que "ele saia da igreja misturado com a gente do povo que gracejava e ria, não dando a menor demonstração de repulsa ao profanus vulgus, mas sim de desejar confraternizar-se com eles. Quando d. Pedro era abordado por qualquer pessoa do povo, entabulava familiarmente uma conversa".

D Pedro e a escravidão

D. Pedro I não acreditava em diferenças raciais e muito menos em uma presumível inferioridade do negro como era comum à época e perduraria até o final da II Guerra Mundial. O Imperador deixara clara a sua opinião sobre o tema: "Eu sei que o meu sangue é da mesma cor que o dos negros". Era também completamente contrário a escravidão e pretendia debater com os deputados da Assembleia Constituinte uma forma de extinguí-la. O monarca acreditava que a melhor maneira de eliminar a escravidão seria de uma maneira gradual em conjunto com a imigração de trabalhadores europeus para substituir a mão-de-obra que viria a faltar.
Engenho de açúcar no Nordeste brasileiro, 1816. D. Pedro tinha noção de que não detinha meios para abolir o sistema escravocrata, a não ser convencendo a sociedade brasileira. Contudo, a escravidão não era utilizada por apenas ricos aristocratas como popularmente se imaginava. Pessoas humildes compravam com seus poucos recursos escravos que pudessem trabalhar por elas. Libertos também detinham seus próprios escravos e até mesmo estes possuíam escravos.

A escravidão não se resumia somente a negros, e havia casos de brancos escravos também. O Imperador combatia publicamente a escravidão e entrava em choque com a população brasileira como um todo que via em suas ações uma demonstração de autoritarismo. Segundo o próprio D. Pedro I:

“ "Os escravos nos inoculam todos os seus vícios, e nos fazem corações cruéis, inconstitucionais e amigos do despotismo. Todo senhor de escravo desde pequeno começa a olhar o seu semelhante com desprezo, acostuma-se a proceder a seu alvedrio [arbítrio], sem lei nem roca, às duas por três julga-se, por seu dinheiro e pelo hábito contraído, superior a todos os mais homens, espezinha-os [humilha-os] quando empregado público, e quando súdito em qualquer repartição não tolera nem sequer a menor admoestação [repreensão com brandura], que logo o seu coração, pelo hábito de vingar-se e de satisfazer-se as suas paixões, lhe esteja dizendo: ‘Se tu foras meu escravo’…" ”

Poucas foram as pessoas que se aliaram a D. Pedro na primeira metade do século XIX na luta pelo fim da escravidão, tais como: José Bonifácio, João Severiano Maciel da Costa e Hipólito da Costa. A maior parte, entretanto, permaneceu hostil as idéias abolicionistas. Seriam necessárias várias décadas até que o seu filho, D. Pedro II e sua neta, a princesa Isabel, lograssem convencer a sociedade brasileira da necessidade de extinguir a escravidão, que era chamada de "cancro [câncer] social".

De acordo com José Murilo de Carvalho, a prova "da força da escravidão é o fato de que nenhuma das muitas revoltas regenciais propôs sua abolição geral. Quando os malês se rebelaram em 1835, buscavam a liberdade apenas para os irmãos de fé muçulmana". O abolicionismo de D. Pedro I e de D. Pedro II viria a custar à coroa de ambos. Sobre o papel do primeiro Imperador na luta pelo fim da escravidão, a historiadora Isabel Lustosa diz que:

“ […] d. Pedro I foi um governante muito à frente da elite brasileira do seu tempo. Ele afrontou os valores da escravidão, combatendo com vigor o hábito de alguns funcionários públicos de mandar escravos para trabalhar em seu lugar; concedendo lotes aos escravos que libertou na Fazenda de Santa Cruz; no Rio de Janeiro e na Bahia, onde os ricos circulavam em liteiras e qualquer pessoa que pudesse ter dois escravos tinha condições de se fazer transportar pelas ruas numa rede amarrada num pau que os escravos sustentavam nos ombros, lembra Macaulay, d. Pedro andava a cavalo ou circulava numa carruagem puxada por cavalos ou mulas e dirigida por ele mesmo; e, como foi visto, não permitiu que seus súditos lhe prestassem a homenagem tradicional de carregar sua carruagem nas costas por ocasião do Fico. ”

Educação

O início da instrução de D. Pedro coube a "austera e grave" dona Maria Genovena do Rego e Matos e em seguida tornou-se responsabilidade do "erudito" Frei Antônio de Nossa Senhora de Salete. O clérigo lhe ensinou o catecismo e latim. Seu ensino na língua latina foi aperfeiçoado pelo Frei Antônio de Arrábida, futuro Bispo de Anemúria. Também foi educado em matemática, disciplina pela qual D. Pedro era "apaixonado", pelo "cultíssimo" João Monteiro da Rocha, que ao falecer em 10 de dezembro de 1819, legou a D. Pedro a sua vasta biblioteca pessoal. D. Pedro, Príncipe Real de Portugal, Brasil e Algarves, 1817.

Aprendeu francês com o cônego René Pierre Boiret e inglês com Guilherme Paulo Tilbury,capelão da Divisão Militar da Guarda Imperial de Polícia. João Rademaker também atuou como preceptor do príncipe e "foi verdadeiramente o seu mestre, no sentido preciso e restrito do termo, lucrou imensamente o jovem príncipe. Sábio e poliglota, o antigo ministro de Portugal na Dinamarca e em Buenos Aires reunia em si as qualificações indispensáveis a direção moral e cientifica de D. Pedro". Além do seu português nativo, D. Pedro sabia ler, escrever e falar em francês e latim, e compreendia o inglês e o alemão.

Na viagem da Família Real portuguesa ao Brasil em 1808, D. Pedro com apenas nove anos de idade, quando não estava entre os marinheiros aprendendo as manobras de bordo, era sempre visto sentado encostado em um dos mastros do navio lendo a clássica obra Eneida do romano Virgílio no original em latim. Leu os sermões do padre Antônio Vieira, as cartas de Madame de Sévigné, as obras de Edmund Burke, de Voltaire e de Benjamin Constant. Até o fim de seus dias o príncipe reservou diariamente cerca de duas horas à leitura e ao estudo. Também escreveu diversas poesias:

Meu amor, meu grande amor,
Sem ti não quero viver
Tua imagem é a meiga flor
Que eu vivo a bem-querer…

Assim como seus antepassados da Casa de Bragança, D. Pedro tinha fascinação e vocação para a música. Foi educado na arte musical por Maurício Nunes Garcia, Marcos Antônio Portugal e Sigismund Neukomm. O príncipe compôs diversas obras, tais como: "uma missa cantada, sinfonias e um Te Deum, além de hinos, como o Hino da Maçonaria, uma das versões do hino da Independência do Brasil e o Hino da Caeta, considerado até 1911 como o Hino Nacional português". O príncipe sabia tocar instrumentos musicais como: piano, flauta, fagote, trombone, violino, clarinete, violão, lundu e cravo. Tinha grande interesse por atividades que requeressem uma certa habilidade física, como pintura, litografia, escultura e freqüentou constantemente as aulas de desenho da Academia de Belas-Artes. Era também um excelente mecânico, marceneiro e torneiro, além de desprender bastante tempo a exercícios físicos, equitação e caça. Apesar da visão costumeira que se trata nos livros escolares, D. Pedro não era o semi-analfabeto que sempre se imaginou. De fato não recebeu a educação esperada para um futuro Chefe de Estado, mas ainda assim fora muito melhor do que a recebida pela maior parte dos seus contemporâneos e mesmo atualmente. A instrução deficiente que recebeu não o impediu de sempre buscar aprimorar seus conhecimentos e o príncipe fora na realidade um autodidata. Se tivesse sido educado conforme a sua posição como herdeiro do trono exigia, teria "sido um príncipe quase perfeito". Napier diria a seu respeito: "As suas boas qualidades eram propriamente suas; as más, devido à falta de educação; e homem nenhum conhecia melhor este defeito do que ele mesmo".

D. Pedro tinha clara noção da falha em sua educação e buscava aconselhar tantos os seus filhos legítimos como os ilegítimos a estudarem e não cometerem o mesmo erro que ele próprio cometera. Sabia também do valor da educação e uma de suas primeiras medidas como regente fora a extinção de qualquer tributação sobre livros importados e a abolição da censura prévia. Criou cursos jurídicos e relegou ao Estado a obrigação de manter escolas primárias.

Casamento com Leopoldina de Habsburgo

Em 1818, quando tinha 19 anos, casa-se com a Arquiduquesa Dona Leopoldina, filha do Imperador Francisco I da Áustria, e de sua segunda esposa, Maria Teresa de Bourbon, Princesa das Duas Sicílias, de um ramo dos Bourbons franceses. Francisco I e Maria Teresa foram os últimos imperadores do Sacro Império Romano Germânico e os primeiros da Áustria. Leopoldina era sobrinha-neta da rainha Maria Antonieta e irmã da segunda imperatriz dos franceses Maria Luísa da Áustria. A cerimônia foi realizada na Igreja de Santa Ifigênia, na Rua da Alfândega, tendo o cortejo nupcial desfilado pelo que é hoje a Rua Primeiro de Março. Nela, dizem os historiadores que se dançou pelas ruas o Catupé, variedade de Congo, antigamente ligado a festejos religiosos e, depois, ao Carnaval. Do enlace nasceram, entre outros filhos, D. Maria da Glória (1819), Rainha de Portugal como Dona Maria II, e D. Pedro de Alcântara (1825), sucessor do pai como Imperador do Brasil com o título de D. Pedro II. Viúvo desde 11 de dezembro de 1826, em agosto de 1829 contrai segundas núpcias por procuração com Amélia de Beauharnais, Princesa da Baviera, Duquesa de Leuchtenberg, neta da Imperatriz Josefina da França, esposa repudiada de Napoleão Bonaparte.

O Movimento da Independência do Brasil

Acima: Óleo sobre tela - Dom Pedro compondo o Hino Nacional Brasileiro

Em março de 1816, com a morte de Dona Maria I, a Louca e a elevação de seu pai a Rei de Portugal, recebeu o título de Príncipe Real e Herdeiro do Trono (o irmão mais velho, Antônio Príncipe da Beira, falecera em 1801). Irrompe então a revolução constitucionalista de 1820, exigindo a restituição do Pacto Colonial e o retorno da Família Real ao reino. D. João VI a ignora, mas devido à pressão popular do clero, da nobreza e da burguesia portuguesa, em 1821 decide retornar à metrópole depois de cerca de treze anos no Rio de Janeiro. Em Portugal, as Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa já iniciavam a elaboração da Constituição do reino. Mas esta decisão régia foi mal recebida no Brasil. Ao voltar à Portugal, D. João VI deixa seu filho D. Pedro I como Príncipe Regente do Brasil. Os direitos concedidos ao Brasil, entretanto, foram sendo rescindidos pelas cortes. D. Pedro I então alinha-se ao descontentamento brasileiro provocado pelas medidas portuguesas.

O Dia do Fico

Preocupada com a evolução do Brasil, a elite política portuguesa pressionava as cortes que redigiam a Constituição Portuguesa a rebaixar novamente à categoria de colônia o Brasil (que tinha sido elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves). Pressionado por essas cortes, D. João VI assinou um documento que tornava inefetivo o título de príncipe regente do Brasil concedido a D. Pedro I. Uma ordem judicial exigiu a volta imediata do príncipe a Portugal. Foi enviada uma frota ao Rio de Janeiro, destinada a repatriá-lo. Após ter recebido um abaixo-assinado com centenas de assinaturas (conhecido como Petição do Fico), que pedia que ele permanecesse no Brasil, o regente recusou-se a embarcar para a Europa e, em 9 de janeiro de 1822, pronunciou, em um episódio que ficou conhecido como Dia do Fico, a frase histórica: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico!", declarando também que nenhuma ordem das cortes portuguesas seria cumprida no Brasil sem a sua autorização.

Proclamação da Independência

Em abril a popularidade do príncipe foi comprovada durante uma viagem a Minas Gerais. De lá seguiu para São Paulo, a fim de pacificar rebeliões na província. Em 7 de setembro, quando ia de Santos para a capital paulista, recebeu notícias de Portugal por cartas de José Bonifácio e da esposa Maria Leopoldina da Áustria, contando-lhe que havia promulgado a independência brasileira, uma vez que a corte portuguesa exigia o seu retorno e com isso não acontecendo, programava uma ação militar contra o Brasil. Foi então que, junto ao riacho do Ipiranga (São Paulo), o herdeiro de D. João VI proferiu o famoso Grito do Ipiranga: "Independência ou Morte!". D. Pedro I contou, naturalmente, com o apoio do "povo" e, de volta ao Rio de Janeiro, em 12 de outubro, foi proclamado imperador e "defensor perpétuo do Brasil". Em 1 de dezembro foi sagrado e coroado. A Independência do Brasil foi contestada em território brasileiro por tropas do Exército Português, especialmente nas regiões onde, por razões estratégicas, elas se concentravam, a saber, nas então Províncias Cisplatina, da Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Grão-Pará (Guerra da Independência do Brasil). A Independência foi oficialmente reconhecida por Portugal e pelo Reino Unido somente em 1825.

Fonte: Wikipedia

Pensamentos do Dia - 01 de Dezembro de 2009



"O fardo do casamento é tão pesado que precisa de dois para carregá-lo - às vezes, três."

Alexandre Dumas

"Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.*"

Allan Kardec

"As fronteiras da minha linguagem são as fronteiras do meu universo."

Ludwig Wittgenstein

"A mais tola das mulheres pode governar um homem inteligente."

Rudyard Kipling

"A ausência é a causa de todos os males."

Jean de La Fontaine

"Embora a avareza impeça um homem de se tornar necessariamente pobre, geralmente torna-o demasiado timorato para enriquecer."

Thomas Paine

Foto Ilustrativa: http://www.thelightisgreen.com/Mt%20Fuji%20and%20house.jpg


Metrô do Cariri será inaugurado hoje

Nota: Prezado João Paulo, sem ver, nós postamos a mesma matéria duas vezes. Vou colocar o crédito da postagem dividido entre mim e ti.

Abraço,

Dihelson Mendonça

Notícias do Crato para o Dia 01 de Dezembro de 2009


Abertas inscrições de cursos profissionalizantes para Beneficiários do Bolsa Família em Crato


O Governo Municipal do Crato em parceria com a Secretaria Social informam que foi dado inicio as inscrições para os cursos de: eletricista predial, pedreiro, pintor, bombeiro hidráulico e auxiliar de serviços gerais. Esses cursos serão oferecidos para os beneficiários do Programa Bolsa Família. As referidas inscrições serão realizadas hoje e amanhã nas creches dos distritos de Ponta da Serra, Dom Quintino e Santa Fé.

Hoje, terça-feira, 1º de dezembro à partir das 8 horas será feita as inscrições na Creche Raimundo de Sousa Sobrinho no distrito de Santa Fé. Amanhã, Quarta-feira, dia 02, de 8 as 12 horas, as inscrições serão realizadas no Pólo da Ponta da Serra e à tarde à partir das 13 horas será feita as inscrições no distrito de Santa Fé na sala do PETI- Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.

CRAS Seminário promove ações especiais para as mulheres

O Governo Municipal do Crato por meio da Secretaria de Ação Social e o Centro de Referencia em Assistência Social CRAS Seminário, realiza amanhã, quarta-feira, dia 2, pela manhã, o encontro com o grupo sócio-educativo da Mamâe-Bebê, com mulheres gestantes e mães de crianças de 0 a 2 anos de idade. A reunião terá como palestrantes o nutricionista Tibério que irá informar a todas sobre a alimentação saudável e a Psicóloga Ana Hirlene que abordará o tema Relações familiares. O referido CRAS, comunica ainda que serão encerradas suas atividades do ano de 2009,com suas festividades natalinas no próximo dia 9, e que no dia 4 de janeiro de 2010 serão retomadas as atividades dos grupos.

O Centro de Referencia em Assistência Social CRAS Seminário está realizando também todas segundas feiras de 15 as 16 horas e 30 minutos encontros como o VIVA MULHER com mulheres de 22 a 59 anos. Nesses encontros são proporcionados momentos de lazer e reflexão com a metodologia de rodas de conversa, dinâmica, exibição de DVD's, sensibilidades, vivência, palestras e relaxamentos.

CRAS Vila Alta convida a população para o salão de beleza da Unidade de Inclusão Produtiva

A Prefeitura Municipal de Crato, por meio da Secretaria de Ação Social, em parceria com o Centro de Referencia em Assistência Social - CRAS Vila Alta inaugurou no ultimo dia 26, uma Unidade de Inclusão Produtiva no bairro. O salão de beleza, ATITUDE - Imagem Pessoal.

As Unidades de Inclusão Produtiva têm por objetivo apoiar investimentos econômicos e sociais nos grupos populares em situação de vulnerabilidade pessoal e social, subsidiando financeira e tecnicamente iniciativas que possam garantir o fortalecimento de ações sustentáveis e a partir daí promover a inclusão produtiva da população. Desde sua inauguração o salão de beleza Atitude está atendendo clientes e mostrando a eficácia de seus serviços. E convida toda a população cratense para ver de perto o profissionalismo e o excelente atendimento.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Governo Municipal do Crato
Fone/Fax - (88) 3521.7069
Mais informações:

http://www.crato.ce.gov.br
http://www.prefeituramunicipaldocrato.blogspot.com


Doenças do Humor I-Depressão na Gravidez e Pós-Parto- Por César Mousinho


Nota do Editor: Eu vi esse rascunho escrito 3 vezes aqui no Blog, e imagino que o cesar Mousinho quis a sua publicação, mas por alguma razão ele não conseguiu. Estou dando "uma forcinha" e publicando o mesmo. ( Dihelson Mendonça ).

Há várias décadas a gravidez é cada vez mais fruto de planejamento, pelo que se trata quase sempre de um período muito desejado pelo casal. Atualmente a primeira gravidez surge depois da conclusão do percurso acadêmico consolidação profissional e financeira e estabilidade emocional. Mas esta idealização pode culminar numa indesejável depressão pós-parto. A depressão durante a gravidez tem recebido pouca atenção, pelo que é ainda uma realidade pouco conhecida. Por se tratar de um período em que os cuidados estão centrados na formação do filho, os sintomas depressivos são muitas vezes ignorados. Aquele momento tão sonhado/ preparado é aparentemente incompatível com esta perturbação. Para algumas mulheres, a vergonha acaba mesmo por comprometer o pedido de ajuda especializada. Pior do que isso: com receio de que o profissional possa prescrever-lhes medicação antidepressiva (em relação à qual há ainda muita controvérsia), muita mulheres esconde o problema. Estes medos prendem-se com a hipótese de os medicamentos poderem afetar o normal desenvolvimento do seu filho (a) e acabam por demorar a buscar a outras alternativas terapêuticas, como a Psicoterapia. Hoje sabemos que o impacto deste isolamento é muito mais abrangente do que se poderia pensar, já que não é só a saúde da mulher que é afetada pela ausência de resposta aos sintomas depressivos. A depressão durante a gravidez duplica o risco de parto prematuro e esse risco cresce em função da severidade dos sintomas.

A depressão pós-parto(DPP) é um importante problema de saúde pública, afetando tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento de seu filho. A manifestação desse quadro acontece, na maioria dos casos, a partir das primeiras quatro semanas após o parto, alcançando habitualmente sua intensidade máxima nos seis primeiros meses. Os sintomas mais comuns são desânimo persistente, sentimentos de culpa, alterações do sono, idéias suicidas, temor de machucar o filho, diminuição do apetite e da libido, diminuição do nível de funcionamento mental e presença de idéias obsessivas ou supervalorizadas. Alguns sintomas físicos podem ser observados como alterações gastrintestinais, intestino preso ou solto, boca ressecada, dores de cabeça, insônia, alterações de apetite e perda do interesse por sexo. É uma doença incapacitante que só se resolve com uso de medicações antidepressivas e com acompanhamento psiquiátrico e psicológico. Não há como saber se uma mulher terá ou não depressão pós-parto. Algumas mulheres merecem maior atenção, como as que já tiveram algum tipo de depressão, que na gravidez anterior apresentaram depressão pós-parto, que não desejavam a gravidez ou passaram por momentos difíceis durante a gestação e podem colocar a culpa nos bebês. Pré-Natal - Como sempre, o pré-natal é sinônimo de gravidez tranqüila. Saiba por quê. A prevenção da depressão pós-parto é possibilitar uma gravidez tranqüila e uma mãe segura. Para tanto, a mamãe precisa de um bom pré-natal onde possa tirar suas dúvidas, ter orientações e realmente ter a certeza que está tudo bem com ela e com seu bebe, apoio familiar, principalmente do marido e um planejamento para a gravidez e pós-parto evitando ansiedade, cansaço e sentimento de culpa e incapacidade. tratamento deve ser individualizado de acordo com a gravidade clínica.

A primeira opção é a prevenção. Isso é suficiente para a maior parte dos quadros psiquiátricos do pós-parto. Estudos recentes identificaram a existência de medidas pré e pós-parto eficaz na redução do número de mulheres "de maior risco". Após a identificação de tais subgrupos de mulheres, deve-se oferecer educação, psicoterapia de apoio e até medicação quando bem indicada e orientada. Qualquer tratamento deve envolver equipe multidisciplinar, com o obstetra, o psiquiatra e o psicólogo. O enfoque é sempre o biopsicossocial, como em todos os transtornos mentais. Pais e familiares devem também ser orientados.
Todas as medicações administradas às mães durante a lactação, podem ser excretadas no leite materno. A quantidade observada no leite materno, entretanto, é geralmente pequena e considerada de risco mínimo para o bebê. A exposição ao agente psicotrópico (medicação) também pode ser minimizada se a mãe ingerir o medicamento logo depois de completada a amamentação. Os psicofármacos (antidepressivos) tendem a se concentrar no leite materno obtido entre 7 e 10 horas após a sua ingestão. O leite obtido neste período deve ser descartado. Entre os medicamentos considerados mais seguros estão tanto os antidepressivos tricíclicos (mais antigos como anafranil, pamelor), quanto os inibidores seletivos da recaptura de serotonina (Prozac, Zoloft, Cipramil, etc).
"Calmantes", como Lorax, Valium, Lexotan não são indicados. Podem ocorrer sintomas de abstinência no bebê (agitação, insônia, tremores e até convulsões).
A relação risco-benefício sempre deve ser respeitada na escolha dos medicamentos. O uso de medicamentos deve ser reservado para as situações onde a exposição da mãe e do bebê à doença oferecem maiores riscos que a exposição à medicação. A prescrição deve ser feita por especialistas. Outro tratamento para depressão moderada ou grave do pós-parto a ser testado em breve na USP, pelo Dr. Marcolin (em parceria com a Pró-Mulher), será o de estimulação magnética transcraniana (EMT). Tal técnica, se eficaz, será muito benéfica, pois não tem efeitos colaterais. A estimulação magnética transcraniana (EMT) é uma técnica de estimulação cerebral não-invasiva, foi reintroduzida e desenvolvida para o diagnóstico de transtornos neurológicos, pois induz respostas motoras pela estimulação magnética do córtex motor diretamente. As causas da depressão estão na combinação de fatores filogenéticos, ambientais/históricos (acontecimentos ao longo da vida) e sócio-culturais. Os fatores históricos, também chamados de psicológicos, são de extrema relevância tanto no surgimento da depressão quanto na sua manutenção. Uma história de vida com muitas perdas afetivas, perdas financeiras ou incapacidade de alcançar os objetivos traçados pode criar e cria um “terreno fértil” para a depressão. É importante ressaltar que um estilo de vida que não possibilite experiências agradáveis, conquistas, vitórias pode não só desencadear como manter um quadro de depressão. Depressão é o nome atribuído a um conjunto de alterações comportamentais, emocionais e de pensamento, tais como, afastamento do convívio social, perda de interesse nas atividades profissionais, acadêmicas e lúdicas, perda do prazer nas relações interpessoais, sentimento de culpa ou autodepreciação, baixa auto-estima, desesperança, apetite e sono alterados, sensação de falta de energia e dificuldade de concentração. Tais alterações tornando-se crônicas trazem prejuízos significativos em várias áreas da vida de uma pessoa. Aquele que está deprimido vê o mundo de forma diferente, sente a realidade de forma diferente e manifesta suas emoções de uma forma diferente. Depressão não é frescura, de longe a considero a pior de todas as doenças do humor. Informa-se mais.

São Paulo 30/11/2009 –www.sosdrogasealcool.org

Nossos Parceiros - Mercadinho Matos


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Em Breve: Entrevista com o Deputado Vasques Landim - Aqui no Blog do Crato!

Prezados Amigos,

O Deputado Vasques Landim entrou em contato com o Blog do Crato através de e-mail e telefone, e estamos tentando marcar uma entrevista, onde deveremos conversar sobre a carreira política, os projetos e as novidades para o Cariri. Estamos dependendo apenas das nossas agendas, já que ambos temos inúmeras ocupações e nossos tempos são diferentes, já que eu trabalho à noite.

Em breve, no Blog do Crato!

Abraços,

Dihelson Mendonça







Sport ameaça processar quem decretar hexa do Flamengo


"Há 22 anos ouvimos isso, de que o Flamengo é penta, mas a lei brasileira dá o título de 1987 ao Sport", adverte presidente do clube

Mesmo rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro, o Sport enfatizou uma polêmica envolvendo o principal candidato ao título desta temporada: o Flamengo. Campeão de direito do Brasileirão de 1987, a equipe pernambucana ameaçou processar quem declarar o sexto título nacional dos cariocas, caso o clube vença o Grêmio, no domingo, no estádio do Maracanã.

"Há 22 anos ouvimos isso, de que o Flamengo é penta, mas a lei brasileira dá o título de 1987 ao Sport. Se alguma emissora de TV, rádio, jornal ou site falar em hexa do Flamengo será processada, pois o nosso jurídico entrará com uma ação na justiça", ameaçou o presidente do Sport, Sílvio Guimarães.

A polêmica tomou conta do futebol nacional em 1987. Na época, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) anunciou que não iria organizar o campeonato. Dessa forma, o Clube dos 13, criado no mesmo ano, ficou responsável pelo torneio, envolvendo os times da entidade, considerados os "grandes do país".

Entretanto, a instituição máxima do futebol nacional reviu a atitude e entrou em um consenso com o Clube dos 13. O resultado do acordo acabou sendo a Copa União. O regulamento obrigava o campeão e vice do Módulo Verde (Flamengo e Internacional) a disputarem um quadrangular final contra os dois primeiros classificados do Módulo Amarelo (Sport e Guarani).

Após concluírem suas participações na "elite", Flamengo e Inter se recusaram a disputar a etapa decisiva contra Sport e Guarani. Consequentemente, a CBF organizou a final entre pernambucanos e paulistas, que culminou na vitória do Leão da Ilha do Retiro.

Para a entidade do futebol nacional e a Justiça, o Sport é oficialmente o campeão de 1987. "Não vai ter nada se eles forem campeões, pois a taça está aqui e o título é nosso. Se o Flamengo for campeão será penta, e não hexa. Não me incomodo com isso, pois estou consciente que o Sport é campeão de 1987", completou Sílvio Guimarães.

Depois da 37ª e penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, o Flamengo lidera a competição com 64 pontos, dois à frente de Internacional, Palmeiras e São Paulo, os outros postulantes à conquista.

Fonte: Gazeta Esportiva

Foto: Gazeta Press

Forte Chuva ocorreu ontem à noite em CRATO



Crato. Por volta das 22:30 de ontem ( Segunda-Feira, dia 30 de Novembro, ) foram escutados os primeiros prenúncios da estação invernosa sobre a cidade de Crato. Fortes trovões e relâmpagos que cortaram os céus da cidade anunciavam a grande chuva que estaria por vir. Não temos ainda os dados oficiais da pluviometria, mas foi uma chuva como há muito tempo não se via na cidade.

Segundo especialistas com quem o Blog manteve contato, a expectativa é de que o "inverno" comece mais cedo, neste final de ano. Mas ainda é precipitada qualquer conclusão. O que esperamos é que essas chuvas não peguem a cidade desprevenida. E aconselhamos às pessoas que comecem a fazer o retelhamento das suas casas, evitando os famosos problemas de goteiras. Como se sabe, todo ano, por essa época, é prudente fazer um serviço de retelhamento nas residências, a fim de evitar surpresas desagradáveis. Desnecessário lembrar também, que durante tempestades, desligue todo equipamento eletrônico mais sensível das tomadas e instalações telefônicas.

Abraços,

Dihelson Mendonça
Foto: Fonte: http://colegaqueloucura.blogspot.com

VI BERRO CARIRI PROMOVE AÇÃO SOCIAL - Por Océlio Teixeira

Criado em 2004, o BERRO CARIRI chega a sua sexta edição. No último sábado, dia 28 de novembro, conversei com o Dr. Francisco Leitão(Presidente da Comissão Gestora da EXPOCRATO) e o Prof. Francisco Cunha(Criador do Berro Cariri e Coordenador do VI BERRO CARIRI) sobre essa experiência que a cada ano vem mostrando sua força e se consolidando como um dos principais eventos da região do Cariri. O VI BERRO CARIRI será realizado no perído de 3 a 6 de dezembro, no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcanti, na Cidade de Crato. A seguir, uma síntese da conversa com o Dr. Leitão e o Prof. Cunha.

Océlio: Prof. Cunha, o Berro foi criado, em 2004, por sua iniciativa pessoal e apoio total da administração da URCA à época. Neste ano de 2009 será realizada a sexta edição deste evento que tem se consolidado como um dos principais do Cariri. Como será o VI BERRO CARIRI?

Prof. Cunha – O Padre Cícero disse a Floro Bartolomeu: o Cariri tem que berrar. E esse berro tem ecuado durante seis anos e nesta sexta versão nós temos a consolidação do sonho de trazer para o Parque de Exposição os arranjos produtivos locais que são menos favorecidos. Aqueles arranjos que são ligados ao pequeno produtor, ao agricultor familiar. A exemplo da criação de ovinos, caprinos, do artesanato, da mandiocultura. A parte da apicultura, que é extremamente importante. O engenho da cana de açúcar e a parte cultural que também é muito importante. Teremos o VI Festival de Violeiros Cego Aderaldo, o VI Festival de Cordéis Patativa do Assaré e o VI Festival Folclórico Mestre Elói Teles. Com isso nós ficamos muito felizes, especialmente com essa nova coordenação e a nova visão dada pelo Dr. Leitão, trazendo artistas de renome nacional, mas que tem uma identidade muito grande com a nossa cultura popular. Neste ano teremos nomes como Os Nonatos, Flávio Leandro, Flávio José, Fagner, Dorgival Dantas e de diversos artistas da região do Cariri.

Océlio – Prof. Cunha, você falou das duas vertentes do VI BERRO, a cultural e de negócios. A respeito desta última, quais são as expectativas para este ano?

Prof. Cunha – A expectativa é que nós tenhamos cerca de 1000 ovinos e caprinos e não necessariamente da comercialização. Mas do ponto de vista da liberação de recursos se tem a expectativa da liberação de mais de um milhão de reais pelo Banco do Nordeste durante o evento. Esta é uma expectativa fantástica. E o que nós esperamos com isso? Nós esperamos que o evento seja um sucesso de público e de negócios. Agora, neste ano, nós temos duas novidades. Uma, é que todo o lixo que for produzido no evento será reciclado pela Associação dos Catadores de Lixo do Crato. A segunda novidade, que é uma idéia do Dr. Leitão, e que foi acatada por todo o Núcleo Gestor, é de dar uma função social ao Berro. Esta ação social consiste no seguinte: durante o dia a entrada no Parque de Exposição será gratuita. Já à noite, para os shows, as pessoas irão contribuir com dois quilos de alimentos não perecíveis, que serão recebidos diretamente por entidades beneficentes da cidade de Crato. E assim, nesse período natalino, o Berro, além de cumprir com uma função ambiental, a reciclagem do lixo, vai cumprir também uma função social que é de tornar o natal das pessoas mais pobres e menos favorecidas de Crato mais alegre e sem fome.

Océlio – Prof. Cunha você falou em 1000 cabeças de ovinos e caprinos. De onde virão esses animais?

Prof. Cunha – Hoje, o Governo do Estado tem feito um esforço muito grande, talvez o maior dentre os estados do nordeste, especialmente através do trabalho capitaneado pelo Secretário Camilo Santana, no sentido de que nós possamos sair do risco desconhecido da aftosa para o risco zero para aftosa. Então, a limitação que nós ainda temos é a barreira sanitária da aftosa, mas o que nós esperamos é ter a participação, especialmente, dos estados que são os maiores criadores de raças nativas, no caso os estados da Paraíba e do Ceará.

Océlio – Vou conversar, agora, com o Presidente da Comissão Gestora da Expocrato, que, atualmente, é responsável pela organização do BERRO CARIRI. Dr. Leitão qual a importância do Berro para a região do Cariri e para a economia local?

Dr. Leitão - A importância do Berro é determinante e tem sua potencialidade voltada, principalmente, para o pequeno agricultor, para o pequeno criador. O Berro tem como objetivos o resgate e a preservação dos animais nativos, que são mais rústicos e que têm o menor custo na sua criação e produção para o pequeno produtor. Esses foram objetivos detalhados e determinados pelo Prof. Cunha, que é na verdade o pai deste evento, o Berro Cariri, na sua passagem pela administração superior da URCA, quando teve esta feliz e importante idéia. Através do Berro movimentamos a agricultura familiar. Nós estamos movimentando o engenho, a casa de farinha com a mandioca, dentre outros. Com isso, movimentamos a economia de um modo geral, criando vários empregos e rendas temporários, sobretudo para aqueles que mais necessitam. E uma ação nova de grande importância é que, como o Berro será realizado no mês de dezembro, o mês natalino, nós achamos por bem beneficiar as oito instituições mais necessitadas e carentes aqui da cidade de Crato e decidimos que o acesso aos shows à noite será mediante a doação, por pessoa, de dois quilos de alimentos não perecíveis. Estes alimentos serão entregues diretamente a essas entidades. Além desse aspecto social, outra ação que consideramos extremamente importante, que já foi citada pelo Prof. Cunha, é a parceria com a Associação dos Catadores de Lixo aqui da cidade de Crato. Esta é uma maneira que encontramos para gerar mais emprego e renda para essas pessoas. Portanto, o Berro, neste ano, ganha essa dimensão eminentemente social, que era uma vontade nossa de há muito tempo e que hoje estamos concretizando. Com isso queremos contribuir com a melhoria de vida das pessoas mais carentes e necessidade de Crato.

Océlio – Dr. Leitão, quais as parcerias que foram estabelecidas, neste ano, para a realizacão do VI Berro Cariri?

Dr. Leitão – As parcerias são aquelas costumeiras. Nós temos a parceria do Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria do Desenvolvimento Agrário, que tem à frente o Camilo Santana e que nos tem dado um grande apoio. Temos a parceria da Secretaria do Turismo, visto que vamos receber pessoas de vários estados e é importante a divulgação do Crato e de seus diversos pontos turísticos. Temos a parceria do SEBRAE, da Prefeitura Municipal do Crato, do Instituto Agropólos, a ACCOA, a CDL-Crato, a Associação Comercial e Industrial daqui de Crato, Ematerce, Bradesco, Banco do Nordeste, da URCA, enfim um grande conjunto de parceiros que são fundamentais para a realização deste grande evento. Com o apoio de todos esses parceiros temos, portanto, a oportunidade de fazer esse trabalho, possibilitando a geração de mais emprego, mais riqueza e mais renda para a cidade de Crato. Queremos destacar mais uma vez as ações de cunho social que serão desenvolvidas nesta sexta edição do Berro com a Associação dos Catadores de Lixo e as entidades beneficentes que tem um trabalho sério voltado para as comunidades carentes. Então nós queremos arrecadar alimentos para que essas entidades possam possibilitar às pessoas que são por elas atendidas um natal mais alegre e com uma alimentação de boa qualidade. Esse é o ojetivo fundamental de todo o trabalho que estamos fazendo aqui, juntamente com o Prof. Cunha, á frente do VI Berro.

Océlio – Essas entidades já foram escolhidas?

Dr. Leitão – Nós ainda estamos selecionando essas instituições e, claro, que vamos escolher aquelas que estão fazendo um trabalho sério, respeitado, e que mais necessitam do apoio e ajuda do povo do Crato, do povo do Cariri e, por que não dizermos, de todo o nosso estado, que é um povo tão bondoso, receptivo e que acima de tudo tem um coração muito grande e que sempre está disposto a colaborar com seu próximo.

Océlio – Prof. Cunha como criador do Berro Cariri, como você se sente hoje, coordenando esta sexta edição, de uma maneira tranqüila, com o apoio do Governo do Estado, da Prefeitura de Crato e de tantos outros parceiros? Qual o seu sentimento de ver este filho crescer, se desenvolver e se consolidar?

Prof. Cunha – A nossa felicidade, em primeiro lugar, é saber que o Berro não morreu na quarta edição, graças ao apoio do amigo, do irmão, da liderança, do grande criador que é o Dr. Leitão. Num momento difícil, quando muitos acreditavam que o Berro iria se extinguir, o Dr. Leitão chamou para si a responsabilidade de realizar o V Berro, que foi um grande sucesso. E nesta sexta versão, com a presidência do Dr. Leitão, o Berro tem dado um salto quantitativo e qualitativo, promovendo inclusão social. E, acima de tudo, ficamos muito felizes com o total apoio que está sendo dado pelo Governo do Estado, especialmente através da Secretaria do Desenvolvimento Agrário, do Camilo Santana, e de todos os parceiros. Nós costumamos dizer que o Berro tem se fortalecido pela parceria e, inegavelmente, ele tem crescido a cada ano, pelo compromisso do Governo do Estado do Ceará e pelo excelente trabalho do Dr. Leitão.

Océlio – Dr. Leitão, para encerrar nossa conversa, uma mensagem para a população do Crato e do Cariri.

Dr. Leitão – Nós convidamos a todas e a todos os cratenses e caririenses a participarem do VI Berro se divertindo e, principalmente, colaborando de forma alegre e respeitosa com a doação de alimentos às instituições beneficentes que estão sendo selecionadas. Na verdade, serão essas instituições que participarão diretamente da coleta e da recepção desses alimentos. Ninguém da Comissão Gestora nem do Governo irá participar do recebimento das doações. Quem desempenhará esse papel, repito, serão as próprias entidades carentes e necessitadas aqui da cidade de Crato. Então, é importante a participação, a colaboração e o envolvimento de todos os cratenses, a fim de possibilitar um natal mais feliz e alegre para essas instituições e para as comunidades com as quais elas trabalham.


Mensagens para o Serra - Por: João Ludgero

Serra está indeciso, não sabe se vai ou se fica, não sabe se fica ou se vai. Se lembra da acertada decisão de ter desistido de concorrer de novo contra o Lula em 2006, teria sofrido uma lavada e se queimado para sempre. Teve que refrear sua insaciável sede de poder e deixar que Alckmin fosse a vítima de Lula.
Mas agora não se decide. Deixar o governo do Estado, pelo qual tanto lutou, para tentar a presidência e ser derrotado de novo, significaria liquidar sua última tentativa de chegar à presidência – com que sempre sonhou. E ainda ficar sem o governo do Estado, sem instrumentos de poder, sabendo que sem isso fica reduzido a nada. Ou desistir de concorrer e ficar no governo de São Paulo, deixando passar sua última tentativa, renunciar a concorrer de novo, ir embora da política com toda a geração de tucanos e demos que se retirarão para o anonimato.
Mandemos mensagens para o Serra.
A minha:
Seja candidato. Defenda publicamente o que vocês dizem diariamente: Que os sucessos do governo Lula se devem ao governo de FHC (do qual você foi sempre ministro, da área econômica, depois da saúde). Trate de explicar isso. Defenda o governo do mesmo bloco de partidos que te apóia hoje, defenda as privatizações, defenda a Petrobrax, defenda a política econômica de que você fez parte, tente explicar como vocês dizem que as políticas sociais do governo Lula foram começadas no governo FHC, mas este foi rejeitado brutalmente pelo povo brasileiro, enquanto o governo Lula é aclamado.
Reitere que o Brasil, ao apoiar o retorno do presidente legalmente eleito de Honduras contra o golpe militar, fez uma “trapalhada”, nas tuas desastradas palavras. Explique porque fugiu do Brasil poucos dias depois do golpe e abandonou a UNE, da qual era presidente e os estudantes, na sua dura e linda luta contra a ditadura. Seja candidato, critique o governo Lula, diga porque está contra a continuidade deste governo coma Dilma. Diga quem dirigirá tua política econômica. Que mudanças fará na política exterior. Que cargos terá o DEM no teu governo. Seja candidato, Serra, tenha coragem, enfrente o país e o povo, submeta-se ao voto popular.
Fonte
Blog do Emir Sader
Cartamaior.com.br

CNBB se diz perplexa com oração de aliados de Arruda ao receberem propina

Da Folha Online


O secretário geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Dimas Lara Barbosa, ficou revoltado ao ser informado sobre o vídeo em que aliados do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), alvos da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, oram após receberem propina. "Essa cena eu ainda não vi e de certo modo foi bom ainda não ter visto, pois me sentiria revoltado", afirmou. Aliados de Arruda foram filmados recebendo dinheiro e guardando maços de notas em bolsas, bolsos e até dentro de meias. Após receberem a propina, o deputado Rubens César Brunelli (PSC), o atual presidente da Câmara, Leonardo Prudente (DEM), e Durval Barbosa, ex-assessor de Arruda e colaborador da PF que entregou o suposto esquema de desvio de verbas públicas e arrecadação de propina de empresas para pagar despesas de campanha e distribuir recursos à base aliada do governador, oram. "Lamento que a religião esteja tão banalizada a tal ponto de as pessoas não a verem como serviço a Deus e ao próximo, mas como servir-se da fé e do próximo; isso é uma inversão total de valores", disse o secretário geral da CNBB. Dom Dimas reafirmou ainda a perplexidade da entidade diante dos vídeos divulgados e cobrou apuração rigorosa dos fatos. "Estamos perplexos com o que já vimos nesse caso e queremos que as investigações sejam ágeis e que, o quanto antes, a ética possa prevalecer e os fatos possam ser esclarecidos."

Postado por : J. Flávio Vieira

Libertação de Polanski ainda pode demorar, diz enviado francês


Autoridades suíças não vão soltar Roman Polanski e conceder prisão domiciliar ao cineasta em seu luxuoso chalé alpino dentro dos próximos dias, disse o cônsul francês nesta segunda-feira. Depois de visitar Polanski na prisão, o cônsul Jean-Luc Faure-Tournaire disse a jornalistas que Polanski passava bem, mas que sua libertação ainda demoraria alguns dias. Um porta-voz do Departamento de Justiça suíço não quis dar uma data para a libertação, mas disse que Polanski ainda precisava depositar sua fiança de US$ 4,5 milhões (cerca de R$ 7,8 milhões) e que o monitoramento eletrônico ainda precisava ser ativado em seu chalé em Gstaad. Polanski está lutando contra a extradição para os Estados Unidos, onde é procurado sobre uma sentença emitida em 1977 que o acusa de ter feito sexo com uma menina de 13 anos.

O diretor de cinema franco-polonês, de 76 anos, foi preso a pedido dos EUA quando desembarcou na Suíça em 26 de setembro para receber um prêmio em homenagem a sua obra em um festival de cinema. Polanski foi originalmente indiciado por seis crimes, incluindo estupro e ter feito sexo com uma menina depois de lhe dar champanhe e drogas. Ele assumiu a culpa em apenas um delito, o de ter feito sexo com uma menor. Mas ele fugiu depois de ter sido libertado sob fiança antes que o caso fosse concluído, porque achava que o juiz iria sentenciá-lo à prisão.

O Departamento de Justiça da Suíça deve decidir "dentro de semanas" sobre a possível extradição de Polanski, mas ele ainda pode apelar da decisão, o que arrastaria a disputa por meses. Ele enfrenta até dois anos em uma prisão norte-americana se for extraditado. Os filmes de Polanski incluem "O Pianista", que lhe rendeu um Oscar de direção em 2002, "O Bebê de Rosemary", "Repulsa ao Sexo" e "Chinatown".

Fontes: da Reuters, em Zurique - Via Folha OnLine


Tributo ao rabequista José Oliveira - Carlos Pontes


A cegueira mais intensa e pecaminosa não é exatamente a que tinha o virtuoso rabequeiro José Oliveira. Muito pelo contrário, suas harmonias vinham dos anjos e de outras místicas que não atingimos. Cegueira grave mesmo é a dos 77 milhões de brasileiros não-leitores (e dentre esses 22 milhões que são analfabetos), vítimas de uma alienação terrível que assola este país. Ou mesmo de programas de auditório cheios, mas vazios de conteúdo, de políticos inescrupulosos que insistem ofuscar nossos valores a qualquer custo. Ou mesmo a custo nenhum. Lembrar que o nordestino não tem serventia nos tempos atuais apenas para mão-de-obra lá no sudeste ou sul. Nós pensamos. Embora muitos não admitam. A inocência de José Oliveira advém dos céus. Isso é um fato. Sua história é bonita. É de uma herança medieval. A cegueira alienante da sociedade é que não consegue enxergar. Que pena. Estamos empobrecendo culturalmente. Isso é grave. Precisamos de violas, rabecas, sanfonas, ganzás e outras tantas manifestações que imitem a fala nordestina. A fala de nossa alma. Não podemos nos empolgar tanto com a especulação imobiliária. Senão vamos ficar igualzinho a milhares de cidades, com as mesmas ânsias, fobias, temores. José Oliveira é um profeta do seu tempo. De bom ou ruim. É um divisor das águas do que desejamos (será que ainda desejamos?) a uma ciência que batizamos de cultura. Ou quem sabe não desejamos p... nenhuma. E que José Oliveira possa inspirar nossas almas vazias, precárias e voluntariosas. Que os versos e harmonias não sejam saberes de tempos pretéritos, apenas. E principalmente que o ser humano seja um projeto que dê certo e possa enxergar melhor.

Carlos Pontes
Editor da Revista Mambembe

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Blog do Crato - Mais de 1 milhão de Acessos a Páginas em 4 Anos

Por: Dihelson Mendonça
Administrador

Especialistas dão dicas para que blogueiros evitem problemas com a justiça.

Por mais que muita gente pense que a internet é uma terra sem lei, ela não é. Desde o começo de 2009 já foram julgados mais de 17 mil processos envolvendo direito eletrônico, incluindo mensagens ou comentários ofensivos em blogs.

Quem lembra é o advogado especializado em direito eletrônico Renato Opice Blum. Ele cita dois casos atuais que foram julgados recentemente nos Estados Unidos: “o processo de Michelle Obama contra o Google por que o programa de buscas exibiu imagens da primeira-dama americana em ela que aparece como uma macaca e o processo de judeus também contra o mesmo serviço de buscas por entregar imagens e textos ofensivos a eles”.

Especialistas em direito digital consultados pelo R7 dizem que a atividade de blogueiro é um trabalho de risco. Para evitar que um post seu ou um comentário publicado em seu blog o deixe em apuros jurídicos, advogados e juristas especializados no mundo virtual dão dicas que podem evitar muita dor de cabeça como a que abate o estudante de jornalismo de Fortaleza Emílio Moreno da Silva Neto depois de ter permitido um comentário ofensivo no blog dele.

- Não fale (ou deixe os outros comentarem em seu blog) sobre os outros aquilo que não gostariam que falassem de você;
- Use ferramentas que sejam capazes de identificar e registrar seus usuários, as mensagens publicadas, além do nome, e-mail e IP do usuário, como o Google Analytics e o SiteMeter, ambos gratuitos;
- Identifique e guarde o IP (número que identifica cada usuário) dos internautas que fazem comentários em seu blog: esse número permite verificar qual é o provedor de acesso e chegar até o usuário;
- Procure dar toda a atenção possível à moderação de comentários pelo menos uma vez por dia; faça uma varredura cuidadosa e, se identificar algo ofensivo, retire o comentário o mais rápido possível do ar e comunique o usuário;
- Coloque um aviso (bem visível) em seu blog comunicando que não serão aceitos comentários ofensivos; deixe bem claras as regras e avise que o número IP está sendo guardado, já que muita gente dá e-mail falso;
- Caso surja algum problema por causa de algum post polêmico, procure um advogado o mais rápido possível.

FONTE: R7.COM


Gratidão - por Magali de Figueiredo Esmeraldo


Quando alguém nos presta um favor, a vontade que temos é retribuir àquela pessoa que nos ajudou. A gratidão é o sentimento mais bonito do ser humano. Quem ajuda o outro não deve esperar retribuição. O serviço deve ser gratuito, pois é mais agradável aos olhos de Deus. A alegria maior é a de quem pode doar-se. Todo ser humano se sente feliz em fazer o bem. Agora, saber agradecer depende do caráter, da maneira como recebeu os valores morais dentro da família.

Cultivar a gratidão deve ser uma constante na nossa vida. Agradecer a Deus todas as bênçãos e dons que recebemos Dele é nossa obrigação. Ao iniciarmos o dia, devemos ter sempre uma atitude de gratidão a Deus pelo dom da vida, pelas maravilhas que Ele faz por todos nós.

Nos salmos de agradecimento podemos refletir o que nos diz a Bíblia, Salmo 92,2 “É bom agradecer a Javé e tocar para o teu nome, ó Altíssimo; Salmo 103, 1-2 “Bendiga a Javé, ó minha alma e todo meu ser ao seu nome santo! Bendiga Javé, ó minha alma, e não esqueça nenhum dos seus benefícios.”
O Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 17, 11-19, narra que quando Jesus passava entre a Samaria e a Galiléia, indo em direção a Jerusalém, chegando perto de um povoado, vieram dez leprosos ao encontro de Jesus, pararam à distância e gritaram; “Jesus, mestre, tem compaixão de nós”. Jesus mandou-os apresentar-se aos sacerdotes. Ficaram curados e só um voltou glorificando a Deus em voz alta e, atirando-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra lhe agradeceu. E era um samaritano, povo considerado impuro pelos judeus. Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar Glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” E disse-lhe: “levanta-te e vai! A tua fé te salvou”. O samaritano foi capaz de reconhecer o dom e agradecer a Deus, pois Dele nos vêm todos os dons.

Qual a lição que podemos tirar dessa narrativa? A fé do samaritano é um ponto importante desse trecho do Evangelho segundo Lucas. É uma fé madura e que nascida da esperança vai crescendo na obediência à Palavra de Jesus. E o mais bonito é que essa fé se manifesta na gratidão. Jesus dá a ele não só a cura, mas a salvação. Quando o samaritano reconhece que em Jesus, o amor de Deus leva os homens a viver na alegria da gratidão, sua vida chega à plenitude. Portanto, a vida que Deus dá em Jesus Cristo é gratuita. É graça.

Essa reflexão poderia nos ajudar a viver a gratidão. Vamos praticar a gratidão, em primeiro lugar a Deus e depois aos nossos irmãos pelos muitos benefícios recebidos.

Podemos agradecer a Deus pelo emprego, pela família, pelos amigos, pelo ar que respiramos, pelos dons que recebemos Dele. Esses dons que Deus nos dá, devem ser colocados a serviço do nosso irmão.

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

Sobram 12 mil vagas em instituições públicas - Postado por Océlio Teixeira

Nas estaduais, número de lugares ociosos aumentou 9%; nos estabelecimentos federais de ensino, mais do que dobrou. Motivos vão de desinteresse à falta de dinheiro ou de dificuldade de acompanhar aula, o que gera evasão, à pouca divulgação de cursos.

Instituições que têm alguns dos vestibulares mais concorridos estão cada vez mais com vagas sobrando. Ao todo, são 11.759 lugares vagos em universidades públicas e gratuitas. O dado está no Censo da Educação Superior: de 2007 para 2008, o número de vagas ociosas nas instituições estaduais aumentou 9%; nas federais, mais do que dobrou, passando de 3.400 para 7.387 (aumento de 117%). Nessa conta estão incluídas universidades e institutos federais de educação tecnológica, que oferecem ensino técnico de nível superior. Para Reynaldo Fernandes, presidente do Inep (instituto ligado ao MEC), o fenômeno nas instituições públicas está relacionado, principalmente, aos alunos que acabam mudando de graduação, o que faz sobrar vagas nos cursos de origem. Outro problema é a evasão, seja por falta de dinheiro ou dificuldade de acompanhar as aulas.

O secretário-executivo da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), Gustavo Balduíno, disse que esse é um problema que sempre se enfrentou nas universidades. Segundo ele, as instituições estão buscando atacá-lo aumentando a assistência estudantil, com verbas para moradia e alimentação, por exemplo, e investindo em acompanhamento pedagógico dos alunos que entram com mais deficiências trazidas do ensino básico. Segundo ele, também pode ter contribuído para o aumento das vagas ociosas o baixo interesse e a pouca divulgação de cursos recém-abertos, principalmente no interior do país.

Outro problema, no entanto, pode ser um desinteresse dos próprios alunos em concluírem seus cursos no tempo certo. Para João Ferreira de Oliveira, professor da UFG (Universidade Federal de Goiás), uma justificativa pode ser a ampliação dos prazos de jubilamento. "O aluno começa a trabalhar, tranca disciplinas e acaba estendendo o curso", diz. Além das vagas ociosas, o censo revelou que, apesar do aumento expressivo das matrículas nas federais, o número de alunos formados caiu 6%. Segundo a Andifes, isso se deve ao término de diversas turmas especiais criadas nas universidades para professores. É o caso da Fundação Universidade Federal de Rondônia, que apresentou a maior queda no número de formados entre as federais: de 3.238 para 772. A federal de Rondônia afirma que em 2007 o número de graduados teve um aumento devido ao Programa de Habilitação de Professores Leigos do governo do Estado, que ofereceu curso superior a professores que não tinham graduação.

Fonte: Folha de São Paulo (28/11/2009)


Aumento de Matrículas em IES Reprovadas - Postado por Océlio Teixeira

Ex-diretor do Instituto de Física da USP de São Carlos, Oscar Hipólito, defende que o governo tenha mais controle sobre a abertura de vagas em escolas reprovadas. "Se o próprio MEC indica que essas instituições não têm qualidade, ele precisa fazer alguma coisa", afirma Hipólito, atualmente pesquisador do Instituto Lobo (consultoria de ensino superior). (FT)

FOLHA - Como o sr. avalia o crescimento de matrículas em instituições reprovadas?
OSCAR HIPÓLITO - A divulgação das avaliações do MEC parece ainda não ter surtido efeito. Os estudantes continuam procurando essas instituições, e os que estão lá não pediram transferência. Isso vai mudar com o tempo, todos vão priorizar a qualidade.

FOLHA - Qual o papel do poder público nesse ponto?
HIPÓLITO - Se o próprio MEC indica que essas instituições não têm qualidade, precisa fazer algo. As medidas anunciadas até agora, de corte de vagas em alguns cursos, parecem inócuas, uma vez que boa parte das vagas já não estavam preenchidas. Os dados mostram que escolas reprovadas continuam crescendo.

FOLHA - Como o sr. avalia as universidades federais?
HIPÓLITO - O número de vagas ociosas aumentou muito. Isso quer dizer que ou o governo abriu vaga onde não precisava ou abriu em cursos sem demanda. Mostra um erro de planejamento, desperdício de recursos públicos. Outro problema foi a queda no número de concluintes. Ou estão reprovando mais ou estão evadindo. Considerando que grande parte dos jovens está fora do ensino superior, as falhas ficam acentuadas.

Fonte: Folha de São Paulo (28/11/2009)

VI BERRO CARIRI: PROGRAMAÇÃO CULTURAL - Por Océlio Teixeira

A Primeira Edição do Berro Cariri foi realizada em 2004, quando o Prof. Francisco Cunha, então Chefe de Gabinete do Reitor André Herzog, gestou a idéia e, juntamente com a administração superior da URCA à época, organizou o I BERRO CARIRI. Agora, na sua sexta edição, o BERRO se mostra consolidado. Os motivos desse sucesso são vários, dentre os quais podem ser destacados o apoio do Governo do Estado, através da Secretária do Desenvolvimento Agrário e da Comissão Gestora da EXPOCRATO, a priorização dos negócios voltados para a agricultura familiar e pequenos produtores e a valorizaçãos dos valores artísticos regionais. Abaixo a programação cultural do VI BERRO CARIRI, que acontecerá no período de 3 a 6 de dezembro do corrente ano.

ATRAÇÕES CULTURAIS:


DIA 03/12/2009 – QUINTA - FEIRA
• 18:00 REIZADO INFANTIL
• 19:00 FESTIVAL DE VIOLEIROS
• 22:00 FERREIRINHA DO ACORDEON
• 23:00 OS NONATOS

DIA 04/12/2009 – SEXTA - FEIRA
• 18:00 IRMÃOS ANICETO
• 19:00 FESTIVAL DE CORDEL
• 21:00 MISTURA NOVA
• 22:00 FLÁVIO LEANDRO
• 23:50 FLÁVIO JOSÉ

DIA 05/12/2009 – SÁBADO
• 18:00 MANEIRO PAU
• 19:00 LENINHA
• 21:00 HERDEIROS DO REI
• 22: 00 LUIZ FIDELIS
• 23:00 FAGNER
• EPITÁCIO PESSOA

DIA 06/12/2009 - DOMINGO
• 17:00 RAPADURA CULTURAL: Tábua de Pirulito: Espetáculo Infantil / Os Três do Ceará
• 19:00 RAÍZES DO FORRÓ
• 20:00 STÊNIO LIMA
• 21:00 BELO XOTE
• 23:00 DORGIVAL DANTAS

REALIZAÇÃO :
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO
SECRETARIA DE TURISMO DO ESTADO

OAB pede impeachment de Arruda do Demo-cratas


A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) decidiu nesta segunda-feira (30) apresentar um pedido de impeachment contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), por crime de responsabilidade. O governador está sendo acusado de participação em um esquema de pagamento de propina a deputados distritais e aliados. O pedido ainda deverá ser analisado pelos 45 conselheiros da seccional do Distrito Federal, que devem se manifestar sobre o assunto na próxima quinta-feira, quando haverá reunião do conselho pleno. Caso a proposta seja aprovada, o pedido de impeachment será encaminhado à Câmara Legislativa. A decisão foi tomada em reunião realizada nesta manhã, entre o presidente da entidade, Cezar Britto e a presidente da seccional da OAB do DF, Estefânia Viveiros. "Esse é um assunto que não diz respeito apenas ao Distrito Federal, mas que tem repercussão nacional", disse Estefânia, acrescentando que buscará o apoio dos conselheiros para a iniciativa. "Na próxima quinta-feira, a OAB convencerá a si mesma a entrar nessa luta. Todos sabem da gravidade das denúncias contra o governador Arruda, envolvendo vários de seus secretários, de seus parlamentares. Diante de tais denúncias não poderíamos ter como resposta o silêncio, a inércia. Por isso a solicitação do apoio do conselho federal a essa nova marcha cívica, com o apoio do conselho federal", afirmou o presidente Britto. Na reunião de quinta-feira, os conselheiros podem decidir ampliar o pedido de afastamento. "O processo será amplo, porque não envolve apenas a figura do governador, mas toda uma estrutura de governo", disse Britto. Leia mais

Em um eventual afastamento de Arruda, o primeiro a substituí-lo no cargo seria o vice-governador, Paulo Octávio (DEM). As investigações, no entanto, apontam que ele também estaria envolvido no esquema de propina, assim como o presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM). Caso o envolvimento dos dois fique comprovado, resta ainda a possibilidade de o presidente do Tribunal de Justiça do DF assumir o posto, até a realização de novas eleições.

A OAB também realizará uma marcha cívica "para demonstrar a indignação da sociedade" com as denúncias, de acordo com o presidente nacional da entidade. Ele avalia que da mobilização da população dependerá o acatamento do pedido de impeachment e o prazo para sua análise. "O prazo depende da mobilização popular, da indignação da sociedade". Questionado sobre o fato de o eventual pedido de impeachment ser analisado por uma Câmara Legislativa presidida por alguém que estaria envolvido nas denúncias, Britto disse que o pedido "é institucional, não pessoal". "Por isso o pedido não é feito ao presidente da Câmara, mas ao Parlamento".

Postado por: José Flavio Vieira


José Mujica :Ex-guerrilheiro ganha eleições uruguaias


Seg, 30 Nov, 12h29

Montevidéu, 30 nov (EFE).- O ex-guerrilheiro José Mujica ganhou neste domingo o segundo turno das eleições do Uruguai, segundo os primeiros resultados oficiais e as pesquisas de boca-de-urna, ao derrotar o ex-presidente conservador Luis Alberto Lacalle, em uma jornada tranquila, mas chuvosa.
Com 41,6% dos votos apurados pela Corte Eleitoral, a chapa representada por Mujica e seu candidato a vice-presidente, Danilo Astori, obteve 456.824 votos, e a de Lacalle e seu companheiro Jorge Larrañaga, 429.356 votos.
Esta tendência já tinha sido antecipada pelas três principais empresas de pesquisas do país.
Segundo a Equipos Mori, empresa que se aproximou mais do resultado na votação do mês passado, Mujica obteve 50,1% dos votos, Lacalle 46,2%, e os votos brancos e nulos chegaram a 3,7%, com 83% das pesquisas revisadas.
Por sua parte, a empresa Factum deu a Mujica, da Frente Ampla, 51,2% dos votos, e a Lacalle, do Partido Nacional (Blanco), 44,9%, enquanto a Cifra dava ao esquerdista 51,5% e ao conservador 44,4%.
Nos balanços destas duas últimas pesquisadoras, os votos em branco e nulos chegaram a 4%.
Após serem cconhecidos estes primeiros dados, Mujica - um ex-guerrilheiro tupamaro que passou 13 anos de sua vida na prisão, boa parte deles durante a ditadura militar (1973-1985) - se dirigiu a seus seguidores no quartel-general de seu partido em Montevidéu para agradecer o apoio.
"Há aqueles que não se dão conta que o poder não está em cima, mas no coração das grandes massas", advertiu em um discurso no qual, além de desculpar-se por fortes críticas na campanha, que atribuiu a seu passado de combatente, pediu aos derrotados para trabalharem juntos pelo país.
Mujica esclareceu que na eleição não houve "nem vencidos nem vencedores" e advertiu que o Governo eleito "não é dono da verdade" e "precisa de todos".
Minutos antes, o presidente Tabaré Vázquez, também da Frente Ampla, já tinha dado seu companheiro de bloco político como ganhador e tinha enviado um abraço por telefone a Lacalle.
Quase ao mesmo tempo, o próprio perdedor reconhecia na sede de sua legenda, o Partido Nacional (Blanco) a vitória de seu oponente e exortava seus seguidores a "vigiarem as instituições".
"José Mujica será nosso presidente, devemos aceitá-lo", enfatizou, frente a um grupo pouco numeroso de seguidores, muito menor que o grosso de simpatizantes da Frente Ampla que nesse momento se reunia em frente ao QG de Mujica, à espera que aparecesse o virtual vencedor das eleições.
"Saibam de uma coisa povo, companheiros, o mundo é ao contrário, vocês é que deveriam estar no palanque e nós aplaudindo. Vocês que travaram e mantiveram esta batalha acesa", disse Mujica ao subir no palanque, em um ato que durou poucos minutos por causa do temporal de vento e chuva no local.
Somente o mau tempo foi a preocupação de uma jornada eleitoral na qual o civismo marcou a pauta do comportamento dos cidadãos, como destacou Vázquez ao ir votar pela manhã.
"Embora pareçam similares estão no polo oposto", destacou o governante sobre os processos eleitorais de Uruguai e Honduras, os dois países latino-americanos nos quais havia votações neste domingo. EFE

Padre Cícero e a exposição de arte LGBT - Quando só o meu direito importa


Esta semana, no “ROTA”, programa policial da TV Verde Vale de Juazeiro do Norte, foi noticiado um fato polêmico: a divulgação de uma fotografia em que a imagem de Padre Cícero Romão Batista aparece com batom e esmalte nas unhas. A fotografia apareceu no livreto de divulgação de uma exposição de arte LGBT, que estava ocorrendo no SESC em Barbalha.
Veja o vídeo:



Padre Cícero é uma figura religiosa do catolicismo caririense. Tido por santo porém ainda não canonizado, sua fama atrai romeiros e devotos de todo o país, que vêm a Juazeiro todos os anos em busca de proteção e em gratidão pelos milagres obtidos.
A polêmica envolvendo o desrespeito à imagem do santo está sendo amplamente debatida na região caririense, e a população tem se mostrado indignada com esta “manifestação artística” promovida pela GALOSC, entidade local do movimento LGBT.
A igreja católica manifestou-se contra o ocorrido, considerando um desrespeito ao sentimento religioso dos seus fiéis, mormente porque o ato foi feito por entidade que luta pelo respeito aos direitos de uma classe, ao mesmo tempo em que desrespeita o sentimento religioso e a própria imagem do Padre Cícero. A igreja não descarta a possibilidade de ação judicial em resposta.
Não é a primeira vez que algo assim ocorre. Recentemente, na Espanha, um calendário em que quadros de arte sacra conhecidos ganharam uma versão LGBT, com seus personagens representados por “drag queens”, travestis e transexuais, com roupas decoradas com preservativos e outros objetos, causaram revolta e críticas.
Diante de fatos assim, pergunta-se: quais são os limites éticos para a luta por direitos num regime democrático, em que os direitos de todos devem ser igualmente preservados? A resposta é muito simples e até clichê: meu direito termina onde o dos outros começa.
A atitude passa a ser ainda mais condenável e ilógica no momento em que utiliza em seu favor a imagem de um ser humano de opinião presumivelmente contrária, falecido, e que é reverenciado e respeitado pela religiosidade popular (objeto de culto), ignorando a ofensa causada no íntimo dos detentores desta, que nada tinham a ver com o assunto. Como se pode exigir respeito quando não se respeita em primeiro lugar? Agindo assim, o movimento GLBT local terminou por dar um tiro no próprio pé.
Entendo que tal movimento, como qualquer outro, é formado por indivíduos bons e maus, éticos e antiéticos, porém jamais idênticos: opinião, bom-senso, respeito, princípios e ética variam de indivíduo para indivíduo, não havendo total uniformidade. Certamente, portanto, nem todo mundo que é LGBT compactuaria com o que foi feito para fins de arte e divulgação, vez que há formas civilizadas e respeitosas de se fazer qualquer tipo de obra, compatíveis com a convivência harmônica dos indivíduos de uma democracia como sujeitos de direito e sujeitos ao direito.
Não sou católico romano, mas, deixando minha opinião sobre o ocorrido, devo dizer que considero um ato reprovável, infeliz, abusivo e de extremo mau gosto, totalmente desnecessário. Há muitas maneiras legítimas e belas de se fazer arte e defender ideias, mas creio que, no mar do infinito de opções, mexer com o sentimento religioso do próximo e com seus direitos não é a melhor.
Eu jamais me sentiria confortável em me valer da imagem de algum ser humano de forma desrespeitosa e contrária à sua opinião. O que eu ganharia com isso? Respeito se conquista, se merece. Havendo como eticamente ganhar e merecer respeito, como posso agir de forma contrária e ofensiva e esperar compreensão e acatamento alheios?
Sinceramente, não creio que todos os homossexuais compactuem com atos assim, como também o povo não compactua com todos os atos de seus representantes eleitos, como grupos discordam de vez em quando de suas lideranças, portanto, não devem ser maltratados ou desprezados pelos erros de quem os afirma representar mas age mal.
O homem, segundo a Bíblia, foi feito à imagem de Deus. Assim, sua dignidade merece ser preservada; bem como seus valores, suas crenças, seus sentimentos, seu íntimo, sua liberdade. O Estado de direito exige para garantir que tais direitos sejam igualmente assegurados a todos. No momento em que atentamos contra a dignidade de alguém, mostramos que não lhes valorizamos como seres humanos. E se ao mesmo tempo em que dizemos que lutamos por dignidade e direitos, calcamos aos pés os dos outros, lutamos por que mesmo?

Por: Avelar Junior