Tuesday, October 27, 2009

Os Hebreus - Por: Antonio de Paiva Rodrigues

Reportagem Especial

A nominação do significado da palavra hebreu deriva do latim imperfeito hebraeu, do grego hebraîos e do hebraico também. Indivíduo dos hebreus, povo semita da Antiguidade, do qual descendem os atuais judeus. Hebraico e linguagem hebraica a adjetivação refere-se a dos, ou pertencente ou relativo aos hebreus; hebraico. Os hebreus (do hebraico עברים, transliteração Ivrim, "descendentes do patriarca bíblico Éber") é o nome dado ao povo que viveu na região do Oriente Médio a partir do segundo milênio a.C., e que daria origem aos povos semitas como os árabes e os israelitas, antepassados históricos e espirituais dos atuais judeus. O hebráico e o aramaico são duas línguas muito complicadas. Os antigos hebreus ocupavam uma área relativamente reduzida da região hoje chamada de Oriente Próximo.

Em toda parte, eles deparavam com desertos montanhosos e desfiladeiros áridos. Uma região muito complicada para a habitação. Vejam só: apenas nas margens do rio Jordão se encontrava regiões férteis, para plantios diversos, irrigação e água para o consumo humano. A região ocupada pelos hebreus situa-se entre a África e a Ásia. Nesses referidos locais havia habitações e eram compostos de povos poderosos, como os assírios e os egípcios. Ressalte que o povo hebreu tinha um legado e este legado do povo hebreu consiste, essencialmente, em sua religião - um monoteísmo espiritualista, baseado na fé em Iavé. Este monoteísmo, produto de longa evolução religiosa que culmina com Moisés, exerceu influência através dos séculos e constituiu-se o antecedente direto do cristianismo e do maometismo. O judaísmo influi radicalmente na civilização ocidental, sobretudo através do cristianismo.

São de fontes judaicas que provém à cosmogonia, os Dez Mandamentos e boa parte da teologia cristã. Voltando a área geográfica, a partir dos vestígios encontrados pelos arqueólogos é possível elaborar um mapa circunstanciado com a localização perfeita das cidades construídas pelos antigos hebreus. Os egípcios e os assírios disputavam entre si o domínio dos territórios onde viviam os hebreus. Em razão disso, os hebreus se encontravam sob constante ameaça de guerras e invasões ordenadas, fazendo com que eles tivessem a necessidade de deslocamentos constantes. Por este motivo o povo hebreu ficou conhecido como “ser em movimento” “homem em marcha” cujo significado permanece até os dias de hoje. Eles também eram conhecidos como atravessador de fronteiras. Existem muitas passagens que falam sobre o povo hebreu. Ao Sul da Síria, havia uma região que os gregos chamavam Palestina, do nome dos filisteus (philistinos), que ali viviam desde o século XIII a.C. O território da antiga Palestina se compunha de uma estreita planície fértil próxima do Mediterrâneo, uma zona montanhosa e úmida, uma estreita depressão por onde corre o rio Jordão que desemboca no Mar Morto e dois planaltos semi-áridos que precedem a região desértica.

Apesar do clima rude e de solo pouco fértil, a região está situada na intersecção das grandes vias de comunicação, ligando o norte (atual Turquia), o sul (Egito), e a nordeste a Mesopotâmia. Com poucas defesas naturais e por estar numa encruzilhada de povos era presa fácil para os invasores. Diversos povos habitaram a Palestina antes da chegada dos hebreus. Dentre esses povos, estavam cananeus, filisteus, edomitas, moabitas e arameus. Os hebreus, segundo a Bíblia, sob a liderança de Abraão, abandonaram a cidade de Ur (ou Harã), na Caldéia, e dirigiram-se para a Terra de Canaã. Os hebreus são considerados um povo semita, ou seja, descendentes de Sem, filho de Noé. A palavra hebreu pode derivar de heber, descendente de Sem, ou “aqueles que vieram do outro lado do rio”. Acrescentamos aqui mais alguns povos que tinham certo poder quando os hebreus migraram para as terras próximas ao rio Jordão.

A história desse povo é muito rica, bem como a dos fenícios e persas. Eles tinham Iahveh, como um Deus Todo Poderoso e acreditava que Deus aparecia para alguns deles. Os profetas eram aqueles que se levantavam no meio do povo para fazer ouvir a mensagem de Iaveh. Os homens da Terra – Os hebreus viviam cercados por desertos e montanhas, inclusive já demos uma pincelado sobre o assunto no começo da matéria. Sempre se locomoviam e quando encontravam um lugar fértil se estabeleciam, construíam suas habitações até em rochas. Eles se consideravam arrendatários das terras e a perda representava não só o fim da principal fonte de subsistência, mas a quebra do elo que o ligava diretamente a Deus. Os não eleitos por Iaveh eram considerados estrangeiros. O trabalho era assalariado na agricultura, ou como artesãos, ferreiros, pedreiros, oleiros e tecelões.

Os hebreus permitiam aos estrangeiros a participação nos rituais religiosos e nas decisões políticas do tribo, mas os estrangeiros capturados não tinham esse privilégio, e ainda tinham que trabalhar pesado para particulares e para o governo na construção de templos e palácios. Os sacerdotes organizavam os cerimônias em honra de Iaveh, oferecendo sacrifícios, queimando incensos, faziam soar as trombetas nos dias de festa. Eles acreditavam que podiam curar, eram juízes, professores e os intermediários entre os hebreus e Deus. O poder patriarcal segundo a tradição hebraica, Abraão teria sido o primeiro inspirado a receber uma mensagem de Deus. Ele liderou algumas famílias de pastores que saíram da cidade de Ur, na Mesopotâmia em busca da terra prometida. Nessa busca muitos conflitos com egípcios, mesopotâmios, lutam internas entre as famílias de imigrantes e muita fome. Ricardo Dreguer e Eliete Toledo contam com mais nuanças a vida desse povo. Nos idos de 2.000 a.C., a 1200 a.C., foram obrigados a fugir para o Egito devido à seca. Lá foram escravizados perdendo tudo que tinham, Só foram libertos quando Moisés recebeu a ordem de Deus para libertar seu povo do Egito e conduzi-lo de volta a Canaã.

De volta a Canaã, os hebreus tiveram que enfrentar outros povos que haviam se estabelecido na região. Só passaram a governar a confederação das doze tribos existentes entre os anos de 1.220 a.C., e 1010 a.C., nesta época se estabeleceram finalmente na Palestina, onde hoje está o Estado de Israel. Os hebreus tiveram o seu período de monarquia o rei passou a ser considerado o guardião da lei me juiz Supremo, protetor das viúvas, dos órfãos e dos pobres. O primeiro rei foi Saul, seguido de Davi que venceu os Filisteus e fixou Jerusalém como capital política, mas o principal rei foi Salomão. Eles tinham várias conotação a realizar: Servir a Deus pelo trabalho, viver é uma dádiva divina, “crescei e Multiplicai-vos”: a importância da família. Ficamos por aqui, pois a história é longa e os hebreus ainda tiveram que lutar muito pela sobrevivência em harmonia. A palavra "judeu" originalmente era usada para designar aos filhos de Judá, filho de Jacó, posteriormente foi designado aos nascidos na Judéia.

Depois da libertação do cativeiro da Babilônia, os hebreus começaram a ser chamados de judeus. A palavra portuguesa "judeu" se origina do latim judaeu e do grego ioudaîos. Ambas as palavras vêm do hebraico, יהודי, pronuncia-se "iehudí". O primeiro registro do vocábulo em português foi no ano de 1018. Palavras etimologicamente semelhantes são usadas em outras línguas, tais como jew (inglês), jude (alemão), jøde (dinamarquês), ou yahudi (árabe). No entanto, variações da palavra "hebreu" também são usadas para designar um judeu, como acontece em ebreo (italiano), еврей ou yevrey (russo), εβραίος ou εvraios (grego moderno) e evreu (romeno). Em turco, a palavra usada é musevi, derivada de Moisés.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E AOUVIRCE

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