A postagem das belas e estupendas fotos de autoria do Dihelson, veiculadas no blog, retratando a entrega de uma certa comenda ao prefeito do Crato (aqui em Fortaleza), apresenta-nos dois significados díspares, conflitantes, antagônicos ao extremo, mas, ao mesmo tempo, é repleta de significância: num primeiro momento, há a constatação inequívoca de que o Pachelly Jamacaru (criador) corre sério risco de perder o merecido galardão de “expert” da fotografia para a criatura (Dihelson Mendonça), que prova ter assimilado com extrema competência as lições do “mestre” na nobre arte de fotografar, de enquadrar um melhor ângulo, de usar uma luz adequada, de guardar a distância regulamentar e ideal antes de efetuar o temido click e, enfim, dissecar as mumunhas de tal mister. As fotos são de uma beleza ímpar, estão simplesmente portentosas, incríveis, maravilhosas (e pode arranjar adjetivo pra qualificá-las). Parabéns aos dois, pois, que eles merecem. Um, por transmitir com competência; outro, por absorver com humildade.
Objetivamente, entretanto, fugindo um pouco do clima de “oba-oba” imiscuído nas antológicas fotos e, examinando-se a situação sob uma ótica mais realista, profunda, abrangente, consentânea com o momento vivenciado, há que se atentar que faltou perspicácia, matreirice e, principalmente, um mínimo de “sensibilidade” ao senhor prefeito do Crato, que o permitisse captar a inoportunidade e extemporaneidade de sua participação em um evento tão suntuoso, repleto de glamour, pompa e circunstância, autentica coisa de primeiro mundo, já que, antes disso, alegando o estado pré-falimentar da prefeitura, dias atrás houvera demitido dessa mesma prefeitura, sem dó nem piedade, choro ou vela, às vésperas das festas do Natal e Ano Novo, dezenas e dezenas de pais de família (que, provavelmente, tinham ali a sua única fonte de renda, seu ganha pão diário e, agora, ante a falta de emprego no setor privado, hão de engrossar o contingente de ambulantes que emporcalham e deterioram nossa principal referência turística – a Praça da Sé).
Além do que e para complicar ainda mais essa autentica lambança ou “pisada na bola”, o senhor prefeito cometeu a inconveniência de se fazer acompanhar de diversos assessores e secretários do governo (todos elegantemente vestidos e compreensivelmente acompanhados das respectivas esposas, belamente produzidas) quando poderia, perfeitamente, ter delegado a alguém da sua confiança que o representasse – “solo” - em tal solenidade, já que o tal prêmio não tem a importância e significado que lhe querem atribuir (e quem mora aqui em Fortaleza sabe disso, já que o proprietário da empresa promotora, como qualquer colunista social que se preze, depende das famosas “adesões” para viabilizar esse tipo de evento). Fica a pergunta: será que o prefeito terá a coragem de expor tais fotos no saguão da prefeitura, apinhado de desempregados ???
Sabemos, a priori, que o Dihelson mais uma vez discordará do nosso posicionamento e arremessará cobras, escorpiões e lagartos em nossa direção, mas não poderíamos deixar de comentar a respeito (sem que se configure nada de pessoal em relação ao senhor prefeito), mas, sim, uma tentativa de provocar um debate sério a respeito, já que um assunto que diz respeito ao Crato e ao seu povo.
Autoria e postagem: José Nilton Mariano Saraiva
Objetivamente, entretanto, fugindo um pouco do clima de “oba-oba” imiscuído nas antológicas fotos e, examinando-se a situação sob uma ótica mais realista, profunda, abrangente, consentânea com o momento vivenciado, há que se atentar que faltou perspicácia, matreirice e, principalmente, um mínimo de “sensibilidade” ao senhor prefeito do Crato, que o permitisse captar a inoportunidade e extemporaneidade de sua participação em um evento tão suntuoso, repleto de glamour, pompa e circunstância, autentica coisa de primeiro mundo, já que, antes disso, alegando o estado pré-falimentar da prefeitura, dias atrás houvera demitido dessa mesma prefeitura, sem dó nem piedade, choro ou vela, às vésperas das festas do Natal e Ano Novo, dezenas e dezenas de pais de família (que, provavelmente, tinham ali a sua única fonte de renda, seu ganha pão diário e, agora, ante a falta de emprego no setor privado, hão de engrossar o contingente de ambulantes que emporcalham e deterioram nossa principal referência turística – a Praça da Sé).
Além do que e para complicar ainda mais essa autentica lambança ou “pisada na bola”, o senhor prefeito cometeu a inconveniência de se fazer acompanhar de diversos assessores e secretários do governo (todos elegantemente vestidos e compreensivelmente acompanhados das respectivas esposas, belamente produzidas) quando poderia, perfeitamente, ter delegado a alguém da sua confiança que o representasse – “solo” - em tal solenidade, já que o tal prêmio não tem a importância e significado que lhe querem atribuir (e quem mora aqui em Fortaleza sabe disso, já que o proprietário da empresa promotora, como qualquer colunista social que se preze, depende das famosas “adesões” para viabilizar esse tipo de evento). Fica a pergunta: será que o prefeito terá a coragem de expor tais fotos no saguão da prefeitura, apinhado de desempregados ???
Sabemos, a priori, que o Dihelson mais uma vez discordará do nosso posicionamento e arremessará cobras, escorpiões e lagartos em nossa direção, mas não poderíamos deixar de comentar a respeito (sem que se configure nada de pessoal em relação ao senhor prefeito), mas, sim, uma tentativa de provocar um debate sério a respeito, já que um assunto que diz respeito ao Crato e ao seu povo.
Autoria e postagem: José Nilton Mariano Saraiva
No comments:
Post a Comment