(observação: este artigo foi escrito em 5 de dezembro de 2008)
Faz quase dois anos que a Escolinha Maria Amélia, localizada no Sítio São José foi fechada. Considero isto um crime na história escolar do Crato. Pois fecharam esta dita escola em localidade densamente povoada, prejudicando o bom desempenho escolar das crianças daquela localidade.
Faz quase dois anos que a Escolinha Maria Amélia, localizada no Sítio São José foi fechada. Considero isto um crime na história escolar do Crato. Pois fecharam esta dita escola em localidade densamente povoada, prejudicando o bom desempenho escolar das crianças daquela localidade.
Hoje mesmo, encontramos com mães dessas crianças que lamentaram a evasão delas para Juazeiro do Norte. Consideramos tudo isso medidas caturras, vez que o Secretário de Educação de Crato praticou um ato danoso ao aprendizado dessas crianças. Já fizemos todo o possível para contornar esse impasse, possibilitando a reabertura destas escola, dotando-a de estruturas dignas e modernas, melhorando o nível no aprendizado daquela unidade escolar.
Não temos mais para quem apelar, mas a nossa decisão é lutar até o fim contra o fechamento da escola. Cremos que nosso objetivo será alcançado, qual seja vermos a escola novamente funcionando, dotada de qualidades técnicas dentro dos parâmetros estabelecidos pelo MEC – Ministério da Educação e Cultura. Por isso, decidimos avançar e nunca recuar neste nosso intento. Continuaremos na luta, sem esmorecimento, custe o que custar, mas lutaremos até o fim. Utilizamos esse dito popular: “nem que a porca torça o rabo”, mas não recuaremos um instante sequer.
Não nos esquecemos jamais das promessas dos políticos dizendo que vão cuidar bem da educação. Agora, dada a oportunidade, lembramos a conhecida poesia de Carlos Drummond de Andrade:
E agora, José? / A festa acabou, / a luz apagou, / o povo sumiu,a noite esfriou, / e agora, José?
e agora, Você? / Você que é sem nome, / que zomba dos outros, / Você que faz versos, que ama, protesta? / e agora, José?
(...)
Sozinho no escuro / qual bicho-do-mato, / sem teogonia, / sem parede nua / para se encostar,
sem cavalo preto / que fuja do galope, / você marcha, José! / José, para onde?
Por isso perguntamos aos secretários que vieram de fora, dizendo que iriam solucionar o problema, mas não cumpriram a promessa: Para onde vamos, José?
(...)
Sozinho no escuro / qual bicho-do-mato, / sem teogonia, / sem parede nua / para se encostar,
sem cavalo preto / que fuja do galope, / você marcha, José! / José, para onde?
Por isso perguntamos aos secretários que vieram de fora, dizendo que iriam solucionar o problema, mas não cumpriram a promessa: Para onde vamos, José?
Ah, Crato velho sofredor...
Texto de Pedro Esmeraldo
Texto de Pedro Esmeraldo
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