Guido Mantega vai permanecer no Ministério da Fazenda, e Miriam Belchior será a nova ministra do Planejamento no lugar de Paulo Bernardo, que já tem vaga garantida no governo. Ainda foi escolhido Alexandre Tombini, que presidirá o BC no lugar de Henrique Meirelles. A presidente eleita, Dilma Rousseff, confirmou nesta quarta-feira os três nomes da equipe econômica que vão compor o seu governo. Um dos últimos acertos foi a longa conversa da presidente eleita com o presidente do Banco Central. Nesta quarta-feira, ele próprio anunciou que vai deixar o cargo.
Henrique Meirelles foi o presidente que mais tempo ficou no comando do Banco Central: oito anos. É um dos responsáveis pelo controle rigoroso da inflação e pela saída rápida do Brasil da crise financeira internacional: “Considero a minha missão cumprida, considero a minha missão já em processo de término. E tinha já a intenção de terminar o meu trabalho juntamente com o mandato do presidente Lula”, disse Meirelles. O ministro do Planejamento também vai deixar o cargo, mas foi convidado por Dilma a ocupar outra função no novo governo: “Ela me fez um convite para participar do governo, mas um convite genérico, porque ela me disse que tem mais de uma opção e, portanto, não queria definir isso agora”, disse o ministro Paulo Bernardo.
Horas depois, a presidente eleita oficializou, em nota, sua equipe econômica, ressaltando que determinou aos escolhidos que assegurem a continuidade da política do governo Lula, baseada no regime de metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal. A nova equipe terá também o desafio de avançar. Guido Mantega permanece no Ministério da Fazenda. Miriam Belchior vai ser ministra do Planejamento. Ela está no governo Lula desde o início. É coordenadora do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, que continuará sob sua gestão.
Miriam Belchior prometeu buscar qualidade dos gastos públicos: “É possível fazer mais com menos. E é isso que nós vamos perseguir nos próximos quatro anos do governo da presidente Dilma”, declarou a coordenadora do PAC.
O escolhido para presidir o Banco Central, Alexandre Tombini, é hoje diretor do banco. A sua nomeação ainda depende da aprovação do Senado. Tombini fez questão de dizer que a presidente eleita lhe garantiu autonomia na administração da política monetária: “Ela me disse que, nesse regime, não há meia autonomia. É autonomia operacional total”, disse Tombini.
Fonte: G1
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