Em atenção às recorrentes ponderações do Dihelson (se alguém tem alguma dúvida é só consultá-lo), e após uma necessária pausa para reflexão, voltamos ao batente, aqui no blog. Talvez, não com a mesma assiduidade (face problemas pessoais e novas demandas surgidas), mas, estaremos, sim, presentes - postando, comentando, elogiando ou criticando. A linha a ser seguida, como não poderia deixar de ser, não se afastará um milímetro da adotada até aqui – transparência pura, sinceridade absoluta, contundência total (nada de espúrias conveniências ou abomináveis subterfúgios).
Isso porque, independentemente do equivocado “juízo de valor” de alguns poucos em relação às nossas postagens e/ou da manifesta ironia em relação aos nossos posicionamentos, nunca houve e jamais haverá “falta de respeito” para com quem quer que seja (ninguém é dono da verdade absoluta), mas, sim, apenas e tão-somente, a desabrida exteriorização de convicções, calcadas na personalíssima interpretação dos fatos e da própria história (um exemplo, para ilustrar: enquanto muitos cultuam e divulgam Padre Cícero Romão Batista como um bondoso “santo”, autentica divindade operadora de milagres, da nossa parte (e sem faltar com o respeito a ninguém) temo-lo como um enganador, um blefe, um autêntico charlatão; como, aliás, a própria Igreja Católica o considera, tanto que o penalizou, desautorizando-o às atividades pastorais, em razão do monumental engodo conhecido como o “milagre da hóstia”); assim, não procede o inconsistente argumento de que estaríamos tentando influenciar outros, conseguir adeptos e coisas tais, até mesmo porque os freqüentadores do blog são pessoas adultas, viajadas, vacinadas, experientes, vividas, com idéias sólidas e firmadas sobre a vida e o mundo. Em resumo, uns "cabeças-feitas".
O fato - e isso é compreensível e evidente - é que, quando alguém se dispõe a ir de encontro ao culturalmente estabelecido (apresentando uma versão diferenciada e factível), quando alguém tem a “ousadia” de, assumida e convictamente, se contrapor a conceitos seculares, quando alguém tem a necessária coragem de, publicamente, expor-se através do uso de expressões e conceitos inusuais ou que fogem dos padrões vigentes (principalmente no trato de assuntos polêmicos), é compreensível, repetimos, que haja uma certa reação de incômodo, de espanto, de repulsão, de surpresa, de incredulidade, até.
Que se há de fazer ??? Silenciar ??? Omitir-se ??? Nunca !!! Jamais !!!
Alfim, um lembrete aos desavisados: definido por Buffon como “a ordem que se põe nos pensamentos”, o estilo está e permanecerá, sempre, associado à identidade de algo ou alguém; assim, o estilo “é a maneira de escrever própria de um escritor, que permite identificar certos produtos do trabalho intelectual”. Só isso. Alguma impropriedade em vivenciá-lo na plenitude, operacionalizá-lo no dia-a-dia ??? Reciclagem é, pois, a palavra de ordem. Até mesmo porque o tempo da mordaça já era, acabou, escafedeu-se.
José Nilton Mariano Saraiva
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O “despertar” do Dihelson
Nada melhor que um dia atrás do outro, com uma noite no meio, não é verdade ???
Meses atrás, quando denunciamos, aqui mesmo neste espaço, que essa história de Região Metropolitana do Cariri não passava de cascata, jogo de cartas marcadas, pura enganação por parte da inconfiável camarilha política tucana que se apossou do Estado, porquanto já há algum tempo (lá no primeiro governo Tasso Jereissati) houvera a decisão política de priorizar Sobral, ao norte, e Juazeiro do Norte, ao sul, como receptores preferenciais das benesses governamentais, houve a tentativa infrutífera de nos ridicularizar, de nos transformar no bobo-da-corte, de nos linchar publicamente, atribuindo-nos, indevidamente, o tacão de “bairrista”, “conservador”, “pessimista” e outros atributos da espécie.
Lamentavelmente, entretanto, o “modus operandi” exercitado pelos detentores das rédeas do poder, que aponta numa só direção, mira um só objetivo, contempla um só beneficiário (aí na Região do Cariri), ratifica e atesta aquele nosso posicionamento: Juazeiro do Norte é a bola da vez, o centro das atenções (e na esteira das propagadas e difundidas ações estaduais, os investimentos espraiam-se para o campo federativo (e particular), as estacas do progresso fincam lá suas raízes). Às demais cidades da Região, migalhas, sobras, refugos daquilo que não é de interesse de Juazeiro ( o "lixão regional" que se pretende instalar no Crato, por exemplo).
Antevendo tudo isso, havíamos explicitado nosso inconformismo, em oportunidades diversas (postagens “O Giro da Roda”, “O Componente Político” e outras), a respeito da instalação do Carrefour, da TV Verdes Mares e outros instrumentos indutores e alavancadores do desenvolvimento, ao longo da rodovia entre as duas cidades, só que do lado juazeirense (e mesmo em seu perímetro urbano e arredores, como o Centro Cultural Banco do Nordeste, Aeroporto, UFC, Procuradoria da República, Polícia Federal e outras), e que, certamente carreariam recursos em profusão, bem como prestígio desmedido apenas e tão somente para um dos lados. Uma espécie de balança viciada (pendendo para um dos pratos).
Naquele momento, trataram de difundir a enganosa, débil, inconsistente (e, até, romântica) argumentação de que, como a Região do Cariri constituía-se e era habitada por “um só povo, uma só Nação Cariri”, todas as cidades cresceriam linear e harmonicamente, e que a aura desenvolvimentista seria equânime, igualitária e outras “pérolas” mirabolantes (aliás, como tem gente no blog que nada entende de Economia, por exemplo, e fica dando pitaco sobre o que não conhece).
Eis que, agora, como que “despertando” para a decepcionante, nua e crua realidade vivenciada, uma postagem do Dihelson – “Região Metropolitana do Cariri ou Uma Cidade a Engolir as Outras ?” - repõe as coisas em seus devidos lugares, ao nos mostrar que tínhamos, sim, sobradas razões para fazer aquela denúncia, onde enfatizávamos que as demais cidades da Região do Cariri se tornariam meros satélites errantes a perambularem na congestionada “órbita” de Juazeiro. E, mais: que os juazeirenses, como sempre e de forma dissimulada, continuariam a “encher a nossa bola”, a nos dá “toda a corda do mundo”, a nos brindar com mimos e lantejoulas, enquanto entre quadro paredes tramavam, na calada da noite. Deu no que deu (vide a forma como nos levaram o campus da UFC).
Ao constatarmos isso, apenas evidenciávamos o “óbvio ululante” (ou a leitura das entrelinhas), que apontavam para duas vertentes antagônicas e conflitantes num só sujeito ativo: a falsidade e hipocrisia reinante na classe política (quando precisa do voto do cidadão e dana-se a fazer promessas mil) e, paradoxalmente, a importância e dependência desse mesmo “componente político” na determinação da escolha da área a ser beneficiada com os recursos necessários a eclosão desenvolvimentista (repleto de conveniências e nuances não tão republicano), mas que algumas sumidades teimam em não admitir ou aceitar. Fica, pois, a dolorosa e intrigante indagação: E agora, José ???
Autoria e postagem: José Nilton Mariano Saraiva
Foto: Pontal de Santana do Cariri - Jackson Bantim
Naquele momento, trataram de difundir a enganosa, débil, inconsistente (e, até, romântica) argumentação de que, como a Região do Cariri constituía-se e era habitada por “um só povo, uma só Nação Cariri”, todas as cidades cresceriam linear e harmonicamente, e que a aura desenvolvimentista seria equânime, igualitária e outras “pérolas” mirabolantes (aliás, como tem gente no blog que nada entende de Economia, por exemplo, e fica dando pitaco sobre o que não conhece).
Eis que, agora, como que “despertando” para a decepcionante, nua e crua realidade vivenciada, uma postagem do Dihelson – “Região Metropolitana do Cariri ou Uma Cidade a Engolir as Outras ?” - repõe as coisas em seus devidos lugares, ao nos mostrar que tínhamos, sim, sobradas razões para fazer aquela denúncia, onde enfatizávamos que as demais cidades da Região do Cariri se tornariam meros satélites errantes a perambularem na congestionada “órbita” de Juazeiro. E, mais: que os juazeirenses, como sempre e de forma dissimulada, continuariam a “encher a nossa bola”, a nos dá “toda a corda do mundo”, a nos brindar com mimos e lantejoulas, enquanto entre quadro paredes tramavam, na calada da noite. Deu no que deu (vide a forma como nos levaram o campus da UFC).
Ao constatarmos isso, apenas evidenciávamos o “óbvio ululante” (ou a leitura das entrelinhas), que apontavam para duas vertentes antagônicas e conflitantes num só sujeito ativo: a falsidade e hipocrisia reinante na classe política (quando precisa do voto do cidadão e dana-se a fazer promessas mil) e, paradoxalmente, a importância e dependência desse mesmo “componente político” na determinação da escolha da área a ser beneficiada com os recursos necessários a eclosão desenvolvimentista (repleto de conveniências e nuances não tão republicano), mas que algumas sumidades teimam em não admitir ou aceitar. Fica, pois, a dolorosa e intrigante indagação: E agora, José ???
Autoria e postagem: José Nilton Mariano Saraiva
Foto: Pontal de Santana do Cariri - Jackson Bantim
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