O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) registrou em Plenário na noite desta terça-feira (22) editorial do jornal Folha de São Paulo sobre as carências do país na área de engenharia. Para o parlamentar, os dados apresentados pelo jornal são a prova cabal da falência do sistema educacional brasileiro, cuja precariedade se manifestaria já no ensino fundamental.
- A educação de base não ensina ciência e matemática como deveria. Oaluno não consegue ter interesse pelas áreas técnicas - disse.
De acordo com a Folha, entidades do setor estimam que o Brasil perde US$ 15 bilhões por ano - ou 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) com falhas em projetos de obras públicas. A estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é de que cerca de 150 mil vagas para profissionais formados em engenharia não terão como ser preenchidas até 2012.
A evasão nos cursos chegaria a 80%, e, segundo o diretor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), também citado no editorial, apenas 1 em cada 4 estudantes ingressa no mercado com formação adequada. Como resultado, as empresas seriam obrigadas a empreender em cursos de formação o que poderiam investir na produção.
- Estamos perdendo mercado e competitividade no mundo. Somos basicamente produtores de bens primários. Quando se trata de alta tecnologia, temos que importar - disse o senador.
Para Cristovam, "não tem futuro a economia que não tem engenharia".
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