No bairro mais japonês de São Paulo, nada de torcedor na rua. Nem parece que o Japão se classificou para as oitavas de final. No reduto italiano, fica fácil entender o silêncio. "Todo mundo triste. Eu chorei de raiva", conta Walter Taverna. A decepção com a atual campeã do mundo explica porque nesta quinta-feira não teve tarantela e em uma cantina o barulho faz falta mesmo. Já na Liberdade, nem tanto. Mas no bairro japonês tem festa sim, dentro de um hotel, bem ao estilo reservado dos japoneses. É em uma sakeria que eles comemoraram até tarde e com karaokê, é claro. Um craque brasileiro foi muito lembrado pela campanha da seleção japonesa neste mundial. "O Zico mora aqui. Graças a ele que o Japão está assim hoje", afirma o empresário, Nelson Iha.
No Bixiga, os jogadores da Azurra também estão na boca da torcida, mas por outro motivo. "É lastimável, um jogo desse a gente perder. A gente perde até a vontade de comer a macarronada". E não faltou polêmica. "Roubou, anulou um gol legítimo", grita o açougueiro, Antônio Camarosano. Na colônia japonesa, tudo bem com os 3 a 1. Comemoração regada a saquê. Alegria de um lado, tristeza de outro e amanhã é outro dia. "O Brasil para mim é melhor que a Itália. O Brasil eu consegui tudo, criei uma família", afirma Antônio Camarosano. "Se tiver Brasil e Japão com certeza vamos torcer para o Brasil", conta o assessor de imprensa, Hiroshi Saido.
Fonte: G1
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