O ex-Big Brother Dicésar Ferreira, conhecido como a drag-queen Dimmy Kieer, será a principal atração.
Crato. O ex-Big Brother Dicésar Ferreira, conhecido no meio mix como a drag-queen Dimmy Kieer, será a principal atração da Parada Gay do Crato, que será realizada, hoje, a partir das 15 horas. Dicésar foi uma das maiores atrações da televisão brasileira no primeiro trimestre deste ano, quando participou do programa Big Brother Brasil e duelou, frente a Marcelo Dourado, contra a homofobia. Outra presença confirmada é da apresentadora da TV Diário, Regininha Duarte. Este ano a madrinha da manifestação é a primeira-dama do Município, Mônica Araripe.
A sétima edição da Parada Gay do Crato pretende reunir, segundo o seu promotor, André Lacerda, 15 mil pessoas, entre lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e simpatizantes. "A expectativa é que a participação de Dimmy Kieer aumente a visibilidade do evento e leve um número bem maior de pessoas às ruas da cidade a fim de protestar contra a homofobia e exigir direitos iguais", justifica André Lacerda. Para ele, a manifestação é uma oportunidade de reduzir a discriminação. "Este é um momento de pluralidade e respeito às diversidades. As pessoas não são bi ou homossexuais porque querem, por opção, e ao mesmo tempo, são cidadãos e cidadãs que pagam impostos e que muitas vezes são humilhados e agredidos por serem diversos da maioria", afirma.
Lideranças da comunidade gay do Crato denunciam a violência contra os homossexuais do Cariri e a impunidade, citando como exemplo o caso do cabeleireiro Francisco Tércio Oliveira Soares, assassinado no dia 1º de janeiro de 2008, em seu salão, no Crato. "Até hoje, ninguém foi preso", denuncia André Lacerda.
Os manifestantes lembraram também o caso do ex-aluno do Ginásio Polivalente, conhecido por Miquéias, que foi encontrado morto, seminu, no início do mês, no Parque de Exposições da cidade do Crato. Até o momento, ninguém foi preso. O movimento gay do Cariri diz que a violência contra as mulheres está sendo direcionada, agora, contra os homossexuais. "Sempre que o assunto é homossexualidade, a bandeira do arco-íris está lá", garante.
Símbolo
Até a algum tempo atrás, no entanto, o símbolo da comunidade de gays e lésbicas era representado por um triângulo rosa vazado - inicialmente utilizado pelos nazistas para identificar homossexuais em campos de concentração. A bandeira com o arco-íris, reconhecida pelo Congresso Internacional de Fabricantes de Bandeiras, surgiu quando em 1978 um ativista pediu para Gilbert Baker criar um símbolo para a sua comunidade. Baker projetou uma bandeira com oito listras: rosa, vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta. De acordo com ele, as cores representaram, respectivamente: sexualidade, vida, cura, sol, natureza, arte, harmonia e espírito. Essa bandeira, no entanto, não foi produzida, porque a cor rosa não estava disponível para produção em massa. A bandeira acabou ficando apenas com sete listras até que, em 1978, um supervisor assumidamente homossexual foi assassinado. Para demonstrar poder e solidariedade, o Comitê da Parada do Orgulho decidiu usar a bandeira de Baker. O comitê eliminou a faixa de cor índigo para que pudessem dividir as faixas uniformemente ao longo da rua, seis em cada lado. Esta é a versão mais utilizada hoje, com as cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e púrpura, que representam a diversidade.
MAIS INFORMAÇÕES:
Secretaria de Cultura do Município do Crato
Centro Cultural Araripe
(88) 3523.2365
Antônio Vicelmo
Repórter do Jornal Diário do Nordeste
Colaborador do Blog do Crato
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