Em Alagoas, o número de mortos subiu para 29 e a Defesa Civil recontou o número de desaparecidos. Na segunda, foi anunciado que eram mil pessoas, mas muitas delas tinham saído de casa e ido pra outras cidades, por exemplo. Nesta terça, o número de desaparecidos está em 607. E, da mesma forma, ainda há esperanças de que mais pessoas deem notícia, reapareçam. A lista da Defesa Civil é feita com base nas informações de parentes logo depois dos temporais. Os repórteres Beatriz Castro e Tony Lins foram a uma das regiões mais destruídas e registraram o drama dos moradores. O Boeing da Força Aérea Brasileira chegou a Maceió de madrugada com 25 toneladas de alimentos. Pela manhã, os helicópteros levaram as cestas básicas. É só pelo alto que os locais mais atingidos conseguem receber ajuda. São mais de 80 mil moradores de 26 municípios à espera de comida, água, roupa, remédios. “Só deu para salvar a roupa do corpo, não salvei mais nada”, disse um morador. Nas ruas cobertas de lama e lixo em Santana do Mundaú, as cestas básicas são transportadas no lombo de burro. É o único jeito de atravessar os caminhos tomados por móveis, eletrodomésticos, colchões e escombros. Desde sexta-feira, famílias inteiras vivem da caridade dos moradores que ocupam os bairros mais altos. “Para falar a verdade, eu estava sem nada”, conta uma mulher.
Em meio a tantas perdas e desolação, as pessoas se esforçam para tirar a lama que invadiu as casas e para limpar o que a correnteza não carregou.
“Muito trabalho, peço a Deus que nos dê saúde para a gente continuar”, diz uma moradora. Na água barrenta do Rio Mundaú, mulheres lavam as roupas e os móveis. Em Santana do Mundaú, o rio que deu nome à cidade era como um cartão postal que atravessava o centro do município. No local onde ficava a principal rua do comércio, a fúria das águas levou quase tudo: dezenas de lojas, agências bancárias, lanchonetes, restaurantes. Para atravessar a ponte é preciso subir as escadas. O vai e vem é intenso, um sacrifício para os moradores. O maior problema são os que precisam de atendimento médico. Um pai ampara o filho que chora de dor. Situação mais dramática é a de Severina que tenta vencer o isolamento para dar à luz o primeiro filho.
No momento mais difícil e delicado, voluntários e bombeiros desceram escadas carregando Severina sentada numa cadeira. Ela já estava pálida, em trabalho de parto. Mas e mais gente apareceu para ajudar. Uma lição de solidariedade no meio do desespero que tomou conta da cidade. Muitas mãos carregam Severina. A ambulância já esperava e vai buscar socorro em outra cidade. A maternidade de Santana do Mundaú foi destruída. A água atingiu o teto e não há energia elétrica. Na tragédia, cada morador se torna um voluntário para reconstruiu a casa, a cidade, a vida. Infelizmente, Severina perdeu o bebê numa maternidade de Maceió.
Fonte: G1
Em meio a tantas perdas e desolação, as pessoas se esforçam para tirar a lama que invadiu as casas e para limpar o que a correnteza não carregou.
“Muito trabalho, peço a Deus que nos dê saúde para a gente continuar”, diz uma moradora. Na água barrenta do Rio Mundaú, mulheres lavam as roupas e os móveis. Em Santana do Mundaú, o rio que deu nome à cidade era como um cartão postal que atravessava o centro do município. No local onde ficava a principal rua do comércio, a fúria das águas levou quase tudo: dezenas de lojas, agências bancárias, lanchonetes, restaurantes. Para atravessar a ponte é preciso subir as escadas. O vai e vem é intenso, um sacrifício para os moradores. O maior problema são os que precisam de atendimento médico. Um pai ampara o filho que chora de dor. Situação mais dramática é a de Severina que tenta vencer o isolamento para dar à luz o primeiro filho.
No momento mais difícil e delicado, voluntários e bombeiros desceram escadas carregando Severina sentada numa cadeira. Ela já estava pálida, em trabalho de parto. Mas e mais gente apareceu para ajudar. Uma lição de solidariedade no meio do desespero que tomou conta da cidade. Muitas mãos carregam Severina. A ambulância já esperava e vai buscar socorro em outra cidade. A maternidade de Santana do Mundaú foi destruída. A água atingiu o teto e não há energia elétrica. Na tragédia, cada morador se torna um voluntário para reconstruiu a casa, a cidade, a vida. Infelizmente, Severina perdeu o bebê numa maternidade de Maceió.
Fonte: G1
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