Monday, January 25, 2010

Carlos Pontes comenta sobre as mudanças visuais do Crato

Chegamos a um ponto em que é preciso se questionar o tamanho, a dimensão e a proporção de cada anúncio comercial veiculado dentro de uma cidade. Deve haver limites quanto a isso. Não basta uma empresa ser poderosa economicamente para colocar um anúncio do tamanho de uma montanha. Isso não é anúncio. Isso é agressão. A população merece respeito. Os países bem resolvidos nesse assunto tem um limite para o tamanho dos seus cartazes, outdoors, placas, etc. Qualquer um pode anunciar sem ser arrogante, agressivo... evitando assim, "manchar" a cidade. O anúncio sem critérios provoca poluição visual, irrita mais as pessoas, dá menos possibilidade de "refletir" sobre o que quer consumir de fato. Um filho da cidade que resolve passear depois de muitos anos de ausência, com certeza não quer encontrar essa cidade sobrecarregada de placas por todos os lados como se isso fosse sinônimo de evolução, progresso, etc. Hoje e mais do que nunca não se procura quantidade, mas qualidade. Toda cidade tem a sua identidade, sua cultura e pobre daquela que não se interessa de preservar isso. Será igual a milhões de outras e obviamente não terá atrativos nenhum. Crescer consciente, harmoniosamente. Mesmo porque a evolução é um fator natural. Até as células se renovam. Fica aqui o meu apelo como cidadão caririense que se veja com melhores olhos essa questão visual. Não basta entupir os olhos de anúncios, isso confunde, atrapalha. Hoje todos estão fugindo do tumulto, das agitações. O nível de exigência hoje é muito maior. É o crescimento racional que vigora. E nunca, a euforia. Nossa região sempre foi muito querida pelo seu folclore, pela sua religiosidade, pela sua criatividade, enfim. É chegado a hora dos poderes públicos estabelecerem limites. É bom para todos. Uma cidade visualmente agradável faz bem aos olhos e a alma.

Abraços a Dihelson Mendonça
e aos leitores do Blog do Crato

Carlos Pontes/Revista Mambembe
Fortaleza-Ce

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