Muitos sabem que não perco a oportunidade de escrever as historias de Raimundo Filho, o nosso vice-prefeito de Crato. Faço inicialmente porque as peraltices o engrandecem e essencialmente pela amizade e respeito que prezo pelo amigo. No ultimo Dezembro, de férias, Raimundo Filho colocou a esposa e os filhos num carro e foi conhecer o sul do Brasil e alguns paises vizinhos. Numa cidadezinha da Argentina Raimundo Filho estacionou o carro colado em outro veiculo não dando a menor chance de se fazer qualquer manobra. Não percebeu o detalhe e saiu. O proprietário do veiculo ficou aguardando. Quando Raimundo Filho chegou o camarada estava afobado e meio. Falava, gesticulava com os braços, e o Raimundo não entendendo a língua falada se comportou calado até porque o camarada também não ia entender as suas justificativas, as linguas faladas eram diferentes. Espanhol e Português e, nenhum dos dois as entendiam.
Raimundo Filho afastou o carro, o camarada saiu um pouco e voltou. Desta feita sorridente, calmo, embora Raimundo não entendesse o que ele falava, pelos gestos simpaticos dava para se entender como um pedido de desculpas. O camarada se aproximou, colocou a mão no ombro do Raimundo Filho, falou algumas palavras que Raimundo não entendeu e Raimundo gentilmente disse: Está bem, está bem, meu senhor, vá pra baixa da égua. E o camarada saiu morto de feliz.
Por: A. Morais
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