Thursday, June 14, 2012

Do seriado "Coisas da República": Farinha do mesmo saco, ou As hipocrisias da CPI (por Armando Rafael)


Estamos assistindo em Brasília ao circo dos horrores! Pelo que se vê na telinha, os depoentes na  CPI de Carlinhos Cachoeira  – filiados a  todas as siglas partidárias –  estão todos atolados num mar de lama de corrupção. A CPI entrou na fase de encenação. E, dizem, nos bastidores do triste espetáculo, deputados e senadores trocam farpas, tipo:   "O meu governador é menos corrupto que o seu!”.
Triste.

O que se constata é que o ex-presidente Lula da Silva fez escola. Quem sabe faz a hora...Na CPI, dos que já foram ouvidos,   ninguém – absolutamente ninguém –  sabia que Carlinhos Cachoeira era bicheiro.

Ontem, no teatro que virou a  CPI, os aplausos atingiram o pique. No seu depoimento, o governador de Brasília, Agnelo Queiroz ( hoje PT,  ontem PCdoB) levou uma claque de funcionários para aplaudi-lo. Nem precisava. Tentando justificar o aumento do seu patrimônio em  12 vezes nos últimos anos  (período que foi deputado, presidente da ANVISA e ministro dos Esportes de Lula), Agnelo levou os “companheiros” da esquerda ao delírio quando declarou:
– Abro mão do meu sigilo fiscal, bancário e telefônico.
Hipócrita.

Abriu um sigilo que já está quebrado há sete meses.
Todos sabem que – em decisão proferida pelo ministro do STJ Cesar Asfor Rocha – em novembro de 2011, ficou determinado que os sigilos de Agnelo fossem quebrados no período entre 2005 e 2010. E por que isso aconteceu?

Como o brasileiro tem memória curta, não custa relembrar  o deprimente episódio – divulgado na televisão e publicado pela revista VEJA (ah! imprensa golpista)  – onde foi mostrado um  policial militar do Distrito Federal,  João Dias, invadindo o Palácio Buriti – onde Agnelo despacha – para devolver   R$ 200 mil em espécie,  que lhe teriam  sido entregues,  por assessores do governador. A troco de quê? Para que o policial ficasse calado em relação a denúncias de corrupção no Ministério dos Esportes, ao tempo que Agnelo Queiroz era titular...

Conta outra, governador...

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