Thursday, June 14, 2012

DEZ ANOS DE ARRASTÃO - Por: Francisco Ribeiro Mendes


Ainda bem que Cabral descobriu o Brasil noutra época diferente da que vivemos, senão ninguém teria se interessado em colonizar uma terra com tantos ladrões no poder.


O envolvimento de políticos e governantes do nosso país com o contraventor Carlinhos Cachoeiranos dá a dimensãoexata do quanto nossos homens públicos evoluíram no campo das atividades contrárias à moral e ao direito, de uns tempos para cá.A corrupção e a violação flagrante do decoro e da moralidade pública têm sido uma práticaconstanteno âmago dosPoderes do Brasil nesta última década, provando que aqueles que estiveram à frente das decisõesdo país de dez anos para cá são os melhores na arte de desviar dinheiro público e de abafar escândalos.
Na verdade, a organização comandada por Carlinhos Cachoeira é só mais uma quadrilha como tantas outras que foram desbaratadas pela Polícia Federal ao longo desses dez anos de arrastão do governo do PT. Essa pagodeira de políticos envolvidos com o bicheiro Carlinhos Cachoeira é só mais um bando formado pelos mesmos malandros que ganham altos salários para aprovarem calote contra o povo. Os mesmos ladrões que nos últimos dez anos negociaram o patrimônio público em troca de propinas para manter amantes, comprar fazendas e bezerras de ouro, pagar dossiês, fazer caixa 2, financiar Sem Terra, proteger terrorista condenado à prisão perpétua noutro país e pagar mensalão.
        
Mas, o mais revoltante em tudo isso é a banalização da roubalheira adotada pelos nossos políticos e governantes, quando eles sequer se preocupam em trocar os personagens de outras tramoias praticadas por eles. Só para ter-se uma ideia desse descalabro, em 2004 Carlinhos Cachoeira foi o pivô de um escândalo envolvendo importantes membros do primeiro escalão do governo Lula.Agora, quase dez anos depois, o mesmo Carlinhos Cachoeira - que nunca esteve afastado dos amigos palacianos, financiando eleições e praticando crimes contra o património público- aparece novamente comandando um seleto grupo de representantes do povo e do Estado onde, conforme dados da Polícia Federal,pelo menos 15 tipos de crimes já foram cometidos.E para pandegar mais ainda, sem qualquer desfaçatez, o advogado escolhido para defender o chefe dessa quadrilha é, nem mais nem menos, que o ex-ministro da justiça do governo anterior, o governo mais corrupto da nossa história, onde também aconteceu o primeiro arrastão comandado por Cachoeira. Não quero dizer que o ex-ministro, que também é advogado, não possa defender um criminoso. Mas quero dizer que estranho muito o fato dele ter sido escolhido para defender Carlinhos Cachoeira que foi também o mentor do primeiro grande escândalo de corrupção do governo em que ele atuou como Ministro da Justiça. Só não é estranho imaginar que os políticos envolvidos com Carlinhos Cachoeira neste seu último ato empreendedor são colegas daqueles mesmos larápios que fizeram doações milionárias para ONGs administradas por parentes; são aliados dos mesmos espertalhões que pariram o pluripartidarismo para criarem os pequenos partidos que viraram grandes negócios; e são também partidários daqueles mesmos gatunos que praticaram nepotismo, superfaturaram ambulâncias, fizeram viagens de turismo com cartões corporativos e carregaram dinheiro na cueca.
    
Assim que a Operação Monte Carlo da Polícia Federaldesarticulou a organização de Cachoeira o Congresso Nacional, que de dez anos para cá se transformou no conciliábulo dos malfeitores, tratou logo de instalar uma CPIpara parecerinteressado eminvestigar o caso, como fez tantas outras vezes para embromar a sociedade.Porém, como das outras vezes, uma CPI cujo presidente é do maior partido aliado do governo,o relator édo próprio partido governista ea maioria dos seus membros é formada por filiados do PT, o principal interessado em abafar o caso.Embora, esta CPI possa ter sido instalada com outro propósito: o de despistar o julgamento do mensalão no STF, marcado para começar no dia 1º de agosto próximo,onde já se pode prever que também não vai dar em nada,pois da mesma maneira como foram escolhidos os membros desta e de outras tantas CPIsfracassadas,também foram indicados, pelo chefe do governo anterior e do atual,os juízes que vão julgar os amigos, os colegas, os parceiros, os companheiros, os aliados e os ladrões do mensalão.
    
Não entendo como é possível, ainda, alguém acreditar em punição para corrupto no Brasil depois que um escândalo dessa magnitudeacontece seguindo o guia metódico de tantos outros onde ninguém foi punido. De dez anos para cá nossos poderes se deterioraram nas mãos desses vândalos da política organizados em quadrilhas e comandados por elementos do tipo Waldomiro Diniz, José Dirceu, Marcus Valério, Antônio Palocci e outros que em nada ficam a dever para Carlinhos Cachoeira. Lembrandoaindaque de dez anos para cá nossos poderes estão nas mãos daqueles malfeitores associados que, em tempos idos, já nos ameaçaram com seus costumes anarquistas e nos amedrontaram com seus atos terroristas. Para essa gente sediciosa que, há quase dez anos governa o Brasil, nossa bandeira vale menos que uma cueca cheia de dinheiro e o nosso futuro pode ser decidido numa máquina caça-níqueis.
    
Nos últimos dez anos os brasileiros têm amargado as piores mazelas do mundo nas mãos desses políticos e governantes miseráveis que se esmeraramna prática da corrupção, onde a bem não acaba um escândalo já começa outro. Há dez anos temos testemunhado trapalhadas de mandatários apresentados, demagogos, incompetentes e debochados. Há dez anos temos sido representados por pessoas que mentem e defendem suas mentiras, que negam seus atos abjetos, que mandam a população relaxar e gozar diante de uma crise, que dão dedo em público e que banalizam a corrupção e a imoralidade para preservarem seu habitat de canalhas. Por falta de políticos e governantes sérios, nos últimos dez anos aconteceram tragédias que poderiam ter sido evitadas. Por falta de governo e de justiça a violência urbana tomou conta do país numa proporção nunca antes vista, com um índice de criminalidade que não se pode comparar a nenhum país do mundo.
    
Penso que o processo de abertura política que se deu no Brasil foi planejado por quem queria o poder para praticar as safadezas que já vimos acontecerem nestes quase dez anos de arrastão, com este governo desaqueadores, de piratas e de ladrões.
    
Mas é sabido: por onde já passou um furacão deixou o rastro de destruição. E por onde já passou um governo do PT deixou o rastro de corrupção.

Francisco Ribeiro Mendes
Brasília-DF

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