Thursday, February 24, 2011

Cuidado! - Desgraça nunca vem Só - O Fenômeno da SÉRIE - Por: Dihelson Mendonça


AZAR e SORTE


Eu estou para começar a escrever um livro contendo algumas lições que aprendi nestes 45 anos de existência. Coisas que evitariam que outros caíssem nas mesmas armadilhas preparadas pela vida em que já caí. O ser humano nasce sem nenhum manual de instruções, e fica meio perdido aprendendo a duras penas, coisas, que outros tantos já passaram pela mesma situação.

Há alguns anos eu conversava com um grande amigo de Fortaleza, chamado Haroldo Ribeiro, com mais de 60 anos de idade, a maioria dos quais trabalhou como médico de hospitais, e excelente médico, diga-se de passagem, realizando mais de 15.000 cirurgias, me falou do chamado fenômeno da série. E o que é isto ? Dizia o Dr. Haroldo: "Atendendo em hospitais, passávamos até 3 anos sem ter um só caso de costureiras que tinham acidentes graves com agulhas, até que em certos períodos, na mesma semana apareciam no hospital, 4 ou 5".

Sabe-se que a vida funciona baseada em ciclos. A própria ciência já comprovou isso. Tudo no universo é regido por frequências. Os acontecimentos são fenômenos periódicos, cíclicos, e se repetem em mais ou menos intensidade. Baseado nessa observação do Dr. Haroldo, pude constatar que na minha vida pessoal, já aconteceu por diversas vezes de haver épocas em que nada de ruim acontece. Mesmo que se passe por dentro de uma parede de fogo, algo irá acontecer em nosso benefício, e sairemos ilesos. Já em outras vezes, quando se entra no chamado "fenômeno da série", se uma coisa ruim te acontece, é bem possível que uma série de outras coisas igualmente ruins aconteçam no período. Por exemplo, a fase dos prejuízos, a fase das doenças, etc...

Ontem aconteceu uma coisa que me deixou literalmente "de orelha em pé". Meu carro já está bem velho, e eu não tenho grandes problemas em deixá-lo sem proteção pelos 4 cantos da cidade. Praticamente nunca acontece nada ( de 1986 pra cá é muito tempo ). Meu carro às vezes fica ao relento, passa dias na chuva e no sol, estaciono em locais perigosos, cheios de outros carros, em altas horas da noite; Nada acontece. Já roubaram até outros vizinhos, e ele nada...

Ontem à tardinha, deu-me uma vontade enorme de sair para comprar pães, mas "algo" me dizia para não ir. Contrariando essa intuição ( coisa que nunca se deve fazer ) , resolvi ir em frente, e estacionei o carro na rua Dr. João Pessoa, por volta das 18:40, ao lado da Farmácia Vasconcelos. Não havia um só veículo estacionado no trecho. A Rua estava deserta. Espaço à vontade. Depois de comprar os pães, resolvi passar no Banco do Brasil e pegar um extrato. Ao retornar ao carro, fui chamado pelo pessoal da farmácia, que me disse que uma pickup prata havia acabado de bater em meu carro e disparado em alta velocidade. Eles tentaram ainda descobrir a placa, e se viram, não quiseram me repassar, mas o condutor da pickup, depois de quebrar a lanterna dianteira, dando uma ré ( incrível ), sem a menor necessidade, pois como falei, a rua estava limpa de qualquer veículo, evadiu-se do local. Então, sobrou-me somente o prejuízo, já que o sujeito não ficou nem para prestar solidariedade.

Quando eu vejo esse tipo de coisa acontecer, fico preocupado, por causa do fenômeno da série. Quando alguma coisa ruim "acontece do nada", temos que ter cuidado. Hoje pela manhã, seguindo com as "coincidências" da série, um HD do meu computador começou a dar um estalo como batida de cabeça. Quando acontece isso, é o aviso de que vai pro saco...Não é a primeira vez que esse tipo de série acontece. SORTE e AZAR são coisas reais, quer alguns acreditem ou não. É por época; A vida funciona como ondas, como já dizia o Lulu Santos. Uma maré de coisas boas te acontece, e uma maré de coisas ruins também. Existirão fórmulas para quebrar este "encanto" ? Ainda não sei.

Para terminar, eu lhes deixo com a solução do meu amigo Haroldo Ribeiro, quando percebe que o fenomeno da série está chegando:

"Se eu acordar pela manhã, e logo no início acontecerem 2 ou 3 coisas ruins totalmente aleatórias, como por exemplo, levar uma "topada" num local inesperado, um pneu furar em outro aparentemente limpo, ou baterem no carro, numa sequência, eu não tenho dúvidas! - Se continuar insistindo, coisas piores acontecerão pelo resto do dia. O melhor a fazer nestes casos, é voltar pra casa, e se esconder debaixo das cobertas até a maré braba passar."

Quando se entra no fenômeno da série, qualquer coisa que você faça, só irá trazer mais infortúnios e cada vez mais prejuízos, e você entra num estado de fragilidade em que poderá até escorregar no banheiro ou se engasgar bebendo água. Portanto, com o fenômeno da série não se brinca. Todo cuidado é pouco e quase sempre ineficaz.

Por: Dihelson Mendonça

COMPLEMENTO DO RELATO:

Só para os leitores saberem do desfecho: chamei um eletricista para consertar o carro, e falei pra ele do fenômeno da série ( que ele não acreditava ). Ao sair para comprar as peças, ele quase foi morto em 3 acidentes: No primeiro, uma carreta por pouco não o atropelou na avenida perimetral ( apareceu do nada ? ). No segundo, a corrente da sua moto quebrou, e ainda bem que foi em baixa velocidade ( senão, poderia ser fatal ), que o fez perder metade do dia. E no terceiro, ao entrar novamente na rodovia, horas depois, o cabo do acelerador travou e a moto disparou sem controle, em alta velocidade, jogando-o contra um poste. A "sorte" é que como mecânico, conseguiu desligar a moto de outras formas. Chegou aqui já à noite, apavorado, e noutro carro que pegou emprestado ( resolveu deixar a moto de lado ), e disse que vinha com mêdo de alguém bater neste carro... Então, digamos que ele escapou umas 3 vezes da morte apenas hoje, e afirmou que "nunca mais" havia lhe acontecido tantas coisas juntas.

Aparentemente, o fenômeno da série também se "transfere", ou estaria associado a um objeto, como apontou aí nos comentários o Carlos Eduardo Esmeraldo ? O certo é que temos que ter cuidado, e só não vou rir disso tudo, porque quem debocha dessas coisas é sempre atingido por elas. Cuidado para que o fenômeno da série não pegue você também !

Abraços,

Dihelson Mendonça

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