Monday, August 1, 2011

Superávit de US$ 3,14 bi bate recorde


Embalados pelos preços em alta no mercado internacional, os produtos agrícolas e minerais voltaram a ajudar o País a obter valor recorde de exportações em julho, apesar de queda nas vendas de artigos industrializados em relação ao mês anterior. Como resultado, o superávit comercial, a diferença entre o que o País compra e vende ao exterior, também foi recorde para o mês. A queda do dólar não foi suficiente para impulsionar a compra de importados. Mesmo em valor recorde para um mês de julho, as importações caíram pelo segundo mês consecutivo.

As compras de automóveis fabricados lá fora, no entanto, explodiram 60%, atingindo US$ 1 bilhão no mês passado, com a regularização do tempo de entrada dos veículos nas aduanas. Segundo dados divulgados ontem, a diferença entre compras e vendas externas chegou a US$ 3,14 bilhões em julho. De janeiro a julho, o superávit comercial fechou a US$ 16,1 bilhões, valor 74,4% acima do mesmo período do ano passado. Em julho, foram US$ 22,3 bilhões exportados, enquanto as importações somaram US$ 19,1 bilhões.

A receita com a venda de produtos industrializados, porém, caiu 9,5% em julho, em relação a junho. Os semimanufaturados avançaram 0,8%, mas o valor de manufaturados vendidos ao exterior caiu 13,3%, sobre junho. O governo anuncia hoje medidas para estimular vendas de artigos da indústria, segundo a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Tatiana Prazeres. Quando analisadas de janeiro a julho, as vendas do setor subiram 22%, ritmo superior ao do comércio mundial.

"Estamos bastante confortáveis com o crescimento das exportações brasileiras para todas as regiões do mundo", disse a secretária, referindo-se à totalidade das vendas do País.

Iuri Dantas / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

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