A idéia constante de amar, querer e por vezes perder, nos faz pequeno em nós mesmo.Nos faz entender, ainda que tardio, o que antes era claro, visível e se mostrava exageradamente escancarado a nossa frente. Perdermos não por querer, mais por sermos incônscio , incapazes de nos ver, sentir e retribuir o que queríamos receber, e muitas vezes além do que merecíamos.
A dor da perda é tal qual a dor da mãe que sai com seu filho, e quando percebe que ele não mais esta ali, passa a sentir um misto de ausência, culpa e desespero. AUSÊNCIA por ter tido e deixado escapar; CULPA por ter sido negligente com um amor verdadeiro e DESESPERO por saber que parte de si foi embora, e talvez não volte nunca mais. Fica então a saudade que dói, maltrata, incomoda e jamais cicatrizará , será uma lembrança eterna, uma tatuagem estampada na mente que reflete, quando a olharmos, diretamente do lado esquerdo do peito.
Deixar de amar não será o compasso mais lógico a se buscar; querer isolar é uma pena severa e desumana a tentar encarar; eu quero é amar ( também por uma questão de sobrevivência), buscar, tentar, e sei que encontrarei, apenas carregarei comigo a lição daquela dor que machuca, que nos castiga, que nos avisa que amar é se entregar; é se doar gratuitamente, sem nada exigir, sem nada buscar; sem olvidar que não podemos dispor do sentimento alheio, brincar com ele, pois esse sentimento nada mais é do que o nosso próprio desejo refletindo a imensa vontade de amar, e quando decepcionamos o outro, na verdade estamos ferindo a nós mesmo e ferir-se dói, e como dói......
Por Luiz Claudio Brito de Lima
Nota: imagens do "site baixaki".
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