Thursday, March 10, 2011

ÚLTIMAS NOTÍCIAS - Comissão deve discutir alterações no sistema de defesa civil

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Uma comissão temporária do Senado deve discutir alterações no Sistema Nacional de Defesa Civil. A proposta é do senador Jorge Viana (PT-AC) e deve ser incluída na ordem do dia da Casa.

Desde janeiro, o tema ganhou maior destaque nos debates no Senado por causa da tragédia na região Serrana do Estado do Rio. Nos últimos dias, as chuvas fortes voltaram a causar perdas humanas e materiais, desta vez no Rio Grande do Sul, onde a cidade de São Lourenço está completamente alagada. A cidade de Rio Grande também foi seriamente afetada.

Outro estado atingido foi o do Mato Grosso do Sul. De acordo com o site do jornal Correio do Estado, a Federação da Agricultura e Pecuária (Famasul) estima perdas de 50% na safra da soja, algo em torno de R$ 1,5 bilhão.Os municípios da região Norte do Estado foram os mais prejudicados, entre eles o de São Gabriel, onde além dos prejuízos nas lavouras de soja, houve destruição de estradas e pontes da área rural.

Caso seja aprovada, a comissão sugerida por Jorge Viana pode propor também a criação de uma força nacional de defesa civil, como explica o autor no requerimento. O parlamentar sugere que o colegiado tenha 11 membros titulares e igual número de suplentes, assegurada a participação de dois membros de cada região do país. No prazo de 90 dias, a comissão poderá requerer informações e realizar audiências públicas e diligências externas, especialmente em Alagoas, Pernambuco e Rio de Janeiro, estados onde ocorreram tragédias de grandes proporções.

Sofrimento

[senador Jorge Viana (PT-AC) - Foto: José Cruz / Agência Senado]

No requerimento, Jorge Viana lembra que o desastre na região serrana do Rio de Janeiro, em janeiro de 2011, afetou 170 mil pessoas, deixando mais de 14 mil desabrigados, 23 mil desalojados e 850 mortos.

Em junho de 2010, como observa o senador, Alagoas e Pernambuco sofreram inundações que atingiram 95 municípios, provocando 46 mortes e deixando 69 desaparecidos, 53 mil desabrigados e mais de 100 mil desalojados.

Mas, acrescenta, não são apenas as enchentes que levam sofrimento à população: secas, incêndios florestais e outros desastres de origem natural ou humana atingem, frequentemente, todas as regiões do país, "causando perdas humanas e graves prejuízos econômicos".

Ações

Depois de lembrar que cabe à defesa civil promover um conjunto de ações preventivas, de socorro e assistência às vítimas, de restabelecimento de serviços essenciais e de reconstrução de áreas atingidas por desastres, o senador diz que fica a impressão de que inexistem ações efetivas de prevenção.

A resposta do Estado em situações de desastres, na avaliação do senador, "é descoordenada e depende muito da capacidade de auto-organização da sociedade". Essa sensação é mais marcante, segundo Jorge Viana, quando se compara a realidade brasileira com os desastres que ocorreram em 2011 na Austrália.

- Merece admiração o sistema de alerta e resposta aos desastres naquele país, que faz com que a atuação dos órgãos brasileiros pareça ineficaz e absolutamente improvisada - afirmou.

Fonte: Agência Senado

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