Seu nome era Jânio da Silva Quadros.
O próximo dia 25 de agosto assinalará os 50 anos da renúncia dele à Presidência da República, na qual governou apenas seis meses, depois de ter proporcionalmente a maior votação da história. Alegou (para renunciar) que “forças terríveis se levantaram contra mim”. Anos depois um ministro dele declarou: “faltou alguém para trancar Jânio num banheiro até que ele curtisse a “ressaca”
Como ícone e tema de sua candidatura à Presidência, Jânio escolheu uma vassoura. Sim uma vassoura! Como slogan de campanha: “varre, varre, vassourinha, varre varre a bandalheira”. Com isso, Jânio empolgou a massa, prometendo acabar com a corrupção, equilibrar as finanças públicas e diminuir a inflação. Chegou a tomar uma injeção em palanque como vacina contra a corrupção. Alegava que era pobre. Depois de morto descobriu-se que tinha uma fortuna depositada em bancos da Suíça. Para ganhar ainda mais simpatia dos eleitores, o candidato costumava andar com roupas amassadas e carregar sanduíche de mortadela nos bolsos. Jânio Quadros venceu com mais de 6 milhões de votos, um número assombroso para a época, pois o Brasil só tinha 70 milhões de habitantes.
No governo sua principal providência foi proibir: concursos de misses usando maiôs, brigas de galo, corridas de cavalos, uso de lança-perfumes no carnaval, jogos de cartas em clube, crianças participar de programas de televisão, dentre outras besteiras. Era o seu “Projeto de Saneamento Moral do Brasil”. O golpe militar de março de 1964 “cassou” os direitos políticos de Jânio. Mas vinte e um anos depois ele se elegeu prefeito da cidade de São Paulo. É. A massa não esquecera o homem da vassoura...
Texto e postagem:Armando Lopes Rafael
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