Neda Agha-Soltan, 26 anos, foi morta em junho durante manifestações em Teerã
O jornal britânico The Times escolheu como personalidade do ano a jovem iraniana morta durante as manifestações em Teerã após a reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad, em junho.
O Times afirma que Neda Agha-Soltan, 26 anos, se transformou em um "símbolo global da oposição à tirania" com as imagens que a mostravam sangrando até a morte durante os protestos da oposição, violentamente reprimidos pelo regime iraniano.
"Soltan se uniu ao protesto porque estava indignada com a forma como o regime havia 'roubado' a eleição presidencial", afirma o jornal na primeira página, que tem ainda uma fotografia dos manifestantes iranianos com faixas que mostram a jovem.
O regime dos aiatolás afirmou que a morte de Neda foi "preparada" para denegrir su imagem e acusou a imprensa estrangeira de ter fabricado a informação.
Milhares de opositores saíram às ruas do Irã durante uma semana em junho para protestar contra a reeleição de Ahmadinejad e denunciar fraudes na votação.
As manifestações foram proibidas depois que o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, deu apoio incondicional a Ahmadinejad.
O governo do Irã criticou em novembro a criação de uma bolsa de estudos em homenagem a Neda na Universidade de Oxford.
Fonte: AFP
Postado por Armando Lopes Rafael
Meu comentário:
Quando do covarde assassinato de Neda Agha-Soltan (teve um Chefe de Estado (coincidentemenmte também escolhido a “Personalidade do Ano”, pelo jornal “Le Monde”) que disse: “No Irã não houve fraude eleitoral , isso é coisa igual a briga das torcidas do Flamengo e Vasco”), pois bem, naquela ocasião, li num site português (http://gatovadiolivraria.blogspot.com/) um texto, do qual extrai o "excerto" abaixo:
“Lavemo-nos em lágrimas.
Sabemos que a cultura Pop do mundo ocidental está para a nossa sonolência como no Irã para a revolta desesperada de sua juventude em busca de liberdade.
De um lado, (no Ocidente geográfico) “afogamento completo” da reivindicação de outra ordem (da coisa política, de outro espaço social), do outro (no Ocidente deslocalizado), esperança de rompimento com a ordem existente; de um lado, adormecimento da potência do existente, do outro, problematização fundamental da existência humana; de um lado, conúbio geral com a ideia que o fim da humanidade é isto: estar com a ordem dominante das coisas (aceitação geral do homem-economizado e do homem-sem-desejo-político), do outro, vontade de recuperar o começo do mundo e do humano o que implica a abolição simbólica e política do velho mundo. De um lado, o reino humano a recuar ao nível sumário do sono, do outro o reino da barbárie a esmagar a revolta”.
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