Os Estados Unidos decidiram expandir a guerra contra a rede terrorista Al Qaeda, desta vez no Iêmen, por temerem que o país do Oriente Médio se torne tão instável quanto o Afeganistão e passe a ser um dos principais centros da organização, informa o jornal "The New York Times". Nos próximos 18 meses, o Pentágono gastará mais de US$ 70 milhões (cerca de R$ 120 milhões) no Iêmen, segundo o jornal. "No meio de duas guerras maiores, os EUA abriram silenciosamente uma terceira frente, em grande parte clandestina, contra a Al Qaeda no Iêmen", diz a publicação, citando como fontes militares de alta patente.
As agências de inteligência americanas investigam se o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, que tentou explodir um voo comercial que seguia da Holanda para os EUA no dia de Natal, obteve o dispositivo e o treinamento necessários no Iêmen, como ele próprio alega. O Pentágono planeja utilizar destacamentos das Forças Especiais para dar instrução aos militares iemenitas, segundo o "New York Times", que indicou que a medida representaria um aumento em dobro da ajuda militar concedida até agora ao país árabe. O "The Washington Post", que cita fontes similares, informa que "o governo iemenita, sob forte pressão dos EUA e com significativa ajuda americana, lançou nos últimos dez dias ataques aéreos e terrestres contra uma célula local da Al Qaeda, matando mais de 50 militantes". Os EUA têm atualmente mais de 70 mil soldados no Afeganistão, país que invadiu em 2001 para combater a rede terrorista, e outros 125 mil no Iraque desde 2003. Segundo o jornal nova-iorquino, "há um ano a CIA [agência de inteligência dos Estados Unidos] enviou ao Iêmen vários de seus agentes mais destacados com experiência na luta contra o terrorismo".
"Ao mesmo tempo, algumas das unidades mais secretas de Operações Especiais começaram a instruir as forças de segurança iemenitas em táticas contra atividades terroristas", acrescentou.
da Efe, em Washington (EUA)
Via Folha OnLine
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