SÃO PAULO - A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência da República, afirmou nesta quinta-feira que o PV não é um partido de esquerda e que o PSOL, da ex-senadora e vereadora de Maceió Heloísa Helena, sua mais nova aliada para uma aliança em 2010, sabe disso. A declaração de Marina foi feita em meio a uma maratona de compromissos em São Paulo, que incluiu duas palestras sobre meio ambiente e um jantar com empresários da cidade.
- O PV não é um partido de esquerda. É um partido de visão progressista, mas não se enquadra nos moldes tradicionais. Temos diferenças em relação ao PSOL. Não tem uma ansiedade tóxica nem da parte deles, nem da parte nossa em relação a isso. Mas não estamos fazendo um pacto por mais cinco segundos, dez segundos de televisão. Não é isso. É a necessidade de ter uma aproximação - disse Marina.
Apesar da maratona de compromissos e da agenda diversificada em São Paulo, Marina negou que a PV esteja pressionando para que ela amplie seu discurso e saia do patamar dos 7% registrados nas pesquisas de intenção de votos.
- Quem é que está pressionando? Não está havendo esse tipo de pressão. Não há esse tipo de pressão. Estou dizendo a verdade, olhando nos seus olhos - disse Marina, brincando com os repórteres:- O que há é um diálogo entre o Partido Verde e o PSOL. E não é um cálculo pragmático, mas programático.
Em palestra na ExpoBrasil, no Anhembi, Marina afirmou que o mundo vive o "Armagedon do clima":
- É uma espécie de Armagedon dos sistemas climáticos. Um terço da população mundial já sofre com a desertificação. No Brasil, a desertificação atinge 1 milhão de quilômetros quadrados e 15 milhões de pessoas, Hoje, a Humanidade perde mil vezes mais biodiversidade do que 50 anos atrás. Por isso, a crise ambiental é mais grave do que a econômica.
Fonte: O GLOBO - OnLine
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