Saturday, December 31, 2011

Há algo de podre no “reino” de Agnelo Queiróz, governador de Brasília – por Frederico Flósculo Pinheiro Barreto (*)


Esse estranho episódio da invasão do Palácio do Buriti pelo ex-chegado do atual governador do DF, o policial militar João Dias, está a merecer boas explicações. Ao que tudo indica, o ex-chegado de Agnelo veio devolver uma mala de dinheiro – ou um saco, sacola, pacote, o que seja – que teria sido a ele entregue para comprar seu silêncio. Cerca de R$ 200.000,00, como alega, ou R$ 159.000,00 como é dito por quem o prendeu. Mais arenga: afanaram, dentro do Palácio, R$ 41.000,00 do João? Que tarde, a de 7 de dezembro de 2011, no Palácio do Buriti. A grande imprensa afirma que o sr. João Dias é uma espécie de Durval Barbosa do Agnelo. Ou seu PC-Farias. Um auxiliar enrascado, prestes a meter o chefe em enrascada ainda maior.
As entradas em cena de João Dias levantam questões sobre o verdadeiro caráter do governo Agnelo, que parece ter aspectos sombrios, que assustam:

• Quais são mesmo as relações entre Agnelo e João Dias?
• Agnelo está envolvido em corrupção?
• Agnelo tentou calar João?
• Através de Orlando, seu sucessor, Agnelo ainda comandou esquemas de desvios no Ministério dos Esportes?
• Há mais esquemas de corrupção no governo do Distrito Federal?
• Quem investiga Agnelo, com isenção?
• Que diabos está acontecendo com o governo que sucede a Arruda?

Há quem defenda Agnelo, afirmando que essas coisas somente acontecem porque ele "confia nas pessoas" – é um líder generoso, mas algo bobo, ingênuo. É irônico lembrar que diziam o mesmo de Dona Wesliam, com a diferença da presença evidente de Joaquim Roriz a usá-la de forma óbvia, instrumental.
Essas trapalhadas despertam dúvidas bem ruins, acerca do verdadeiro caráter do governo Agnelo:
Será que Agnelo Queiróz é a "Dona Wesliam" de alguém mais esperto?
Será que Agnelo é apenas uma vítima de aloprados, que parecem assombrar os governos do PT?
A cada evento, a cidadania deve ligar os pontos. Talvez se forme um desenho de palhaço, cidadão.

(*) Frederico Flósculo Pinheiro Barreto, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB


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