Sunday, June 27, 2010

Maconha é mais cancerígena do que tabaco, diz psiquiatra

NE - O grande problema é que qualquer um diz qualquer coisa. Quem não já se cansou de assistir às reportagens do "Globo Repórter" em que num programa eles dizem que o Café é bom para o coração, e noutro programa, um outro "especialista" vem dizer exatamente o contrário ? Por exemplo, você sabe MESMO afinal, se o café é bom ou ruim para o coração baseado na mídia ? Creio que não. As opiniões são divergentes. Mas mesmo assim, trago esta matéria que merece uma averiguação por parte dos nossos leitores, sobre o poder cancerígeno da maconha, lembrando que por outro lado, existem outros estudos que dizem exatamente o contrário, que a maconha teria propriedades até medicinais contra certos tipos de câncer. Ou seja...em quem confiar ?

O psiquiatra Ivan Mario Braun, autor de "Drogas: Perguntas e Respostas" (Summus, 2010), afirmou que, apesar de muitas pessoas pensarem o contrario, a maconha é mais nociva que o tabaco. Especialista em drogas, Braun resolveu escrever sobre o assunto com a intenção informar o público. O livro se baseia nas principais questões feitas nos ambulatórios e consultórios. Segundo ele, "a maconha geralmente causa mais danos físicos do que psicológicos. Por exemplo, ela é muito mais cancerígena do que o tabaco, além de poder transmitir hepatite e, segundo alguns estudos, causar diminuição da fertilidade".

O volume relata aspectos da intoxicação, da abstinência, do abuso e da dependência das substâncias com ações psicotrópicas, divididas em grupos como álcool, alucinógenos, anfetaminas e substâncias semelhantes, nicotina, cafeína, cocaína, drogas projetadas e outros, esclarecendo as dúvidas sobre cada um. Uma publicação útil para o próprio doente, para os familiares e para profissionais que trabalham na área. Abaixo, conheça os critérios da Apa (Associação Psiquiátrica Americana) para determinar a dependência de uma substância. Critérios da APA para dependência de uma substância:

Padrão mal-adaptativo de uso de substância, levando a prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo, manifestado por três (ou mais) dos seguintes critérios, ocorrendo a qualquer momento no mesmo período de doze meses:

TOLERÂNCIA: definida por qualquer um dos seguintes aspectos:

* necessidade de quantidades progressivamente maiores da substância para adquirir a intoxicação ou o efeito desejado;

* acentuada redução do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de substância.

ABSTINÊNCIA: manifestada por qualquer dos seguintes aspectos:

* síndrome de abstinência característica para a substância;

* a mesma substância (ou uma substância estreitamente relacionada) é consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência.

A substância é frequentemente consumida em maiores quantidades ou por um período mais longo do que o pretendido. Há um desejo persistente ou esforços malsucedidos em reduzir ou controlar o uso da substância. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção da substância (consultas a múltiplos médicos, longas viagens de automóvel etc.), na utilização da substância (por exemplo, fumar em grupo) ou na recuperação de seus efeitos. Importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas são abandonadas ou reduzidas, em virtude do uso da substância. O uso da substância continua, apesar da consciência de haver um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pela substância. Por exemplo, o indivíduo continua usando cocaína mesmo sabendo que sua depressão é induzida por ela, ou mantém o consumo de bebidas alcoólicas, embora reconheça que uma úlcera piorou pelo consumo de álcool.

Fonte: Livraria da Folha

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