Com a inauguração do Hospital Regional do Cariri, a demanda por sangue aumentou 25%, daí a necessidade de ampliar o estoque FOTO: YAÇANÃ NEPONUCENA
Crato Com estoque de sangue O positivo em baixa, o Centro de Hematologia de Hemoterapia do Ceará (Hemoce-Crato) está realizando a campanha "Doar para salvar vidas no Cariri". Em várias cidades da região, a meta é ampliar o número de doadores. Atualmente, no banco de sangue, a situação dos outros tipos sanguíneos é estável. Entretanto, o órgão está em constante alerta para o risco de queda das reservas. Através de planejamentos técnicos, escalas de coletas e ações de mobilização, o hemonúcleo atende a 28 Municípios, a 45 hospitais e cinco agências transfusionais. Devido à instalação do Hospital Regional do Cariri, que implantou novos tratamentos médicos de alta complexidade, além dos polos de saúde da região, a demanda por sangue tem aumentado.
O Hemoce estima que, no último ano, a procura foi ampliada em 25%, com relação ao período anterior à existência do hospital. Neste ano, mensalmente, a média de consumo de sangue apenas para o HRC está sendo de 400 bolsas. Já a coleta chega a ser de 1.600 bolsas. No Ceará, o hemocentro de Crato é o regional que tem maior número de coletas no Interior do Estado.
Para cadastrar outros doadores, o órgão reestruturou as campanhas, com estratégias de mobilização em parceria com as equipes da Atenção Básica, em que realizou oficinas para qualificação de multiplicadores em todo o Cariri. Em 2011, foram coletadas 17.776 bolsas de sangue. Agora, a expectativa do Hemoce-Crato é que, até dezembro, haja um acréscimo de 20% nesse número. O órgão funciona através de uma hemorede estadual, que atende às demandas por sangue de todas as regiões do Ceará. Por isso, a importância de contar com doadores fidelizados e estoque suficiente. Nos Municípios de Crato e Juazeiro do Norte, as doações representam 80% de todo o material do banco de sangue do Cariri. A maioria é feita por doadores fidelizados, o que atende às metas de qualidade preconizadas pelo Ministério da Saúde. Porém, nos últimos meses, a quantidade de jovens que estão realizando doações chama a atenção da equipe. De acordo com a coordenadora do órgão, Fabíola Alencar, os trabalhos de conscientização estão surtindo efeito positivo.
Em 2012, 38% das doações foram feitas por pessoas que doaram sangue pela primeira vez. O Hemoce considera essa adesão satisfatória. Em média, no cadastro do programa Doador Fidelizado, existem cerca de oito mil pessoas ativas. Todos, ao aderirem à ação, recebem uma programação, onde estabelecem as suas datas para comparecerem à central. Os homens podem doar sangue até quatro vezes ao ano, e as mulheres até três.
Participação
Desde julho de 2011, a faixa etária dos doadores foi ampliada, permitindo a participação de jovens entre 16 e 17 anos, que tenham autorização dos pais. O limite de idade, que era de 65 anos, passou a ser de 67.
Para a coordenadora técnica do Hemoce, Aldilene Sobreira de Moura, o ato de doar sangue salva vidas. "O sangue é insubstituível como terapia. Apesar de tantos avanços da ciência e da tecnologia, nada o substitui em diversos procedimentos, como em cirurgia e acidentes", afirma.
Para ela, é preciso despertar a solidariedade e o altruísmo de quem se imagina como paciente que aguarda a doação. Como forma de sensibilizar a população com relação a influência das doações e o compromisso social coletivo, a prioridade no Hemoce Crato está sendo a fidelização de novos doadores.
Yaçanã Neponucena
Repórter do Jornal Diário do Nordeste
Crato Com estoque de sangue O positivo em baixa, o Centro de Hematologia de Hemoterapia do Ceará (Hemoce-Crato) está realizando a campanha "Doar para salvar vidas no Cariri". Em várias cidades da região, a meta é ampliar o número de doadores. Atualmente, no banco de sangue, a situação dos outros tipos sanguíneos é estável. Entretanto, o órgão está em constante alerta para o risco de queda das reservas. Através de planejamentos técnicos, escalas de coletas e ações de mobilização, o hemonúcleo atende a 28 Municípios, a 45 hospitais e cinco agências transfusionais. Devido à instalação do Hospital Regional do Cariri, que implantou novos tratamentos médicos de alta complexidade, além dos polos de saúde da região, a demanda por sangue tem aumentado.
O Hemoce estima que, no último ano, a procura foi ampliada em 25%, com relação ao período anterior à existência do hospital. Neste ano, mensalmente, a média de consumo de sangue apenas para o HRC está sendo de 400 bolsas. Já a coleta chega a ser de 1.600 bolsas. No Ceará, o hemocentro de Crato é o regional que tem maior número de coletas no Interior do Estado.
Para cadastrar outros doadores, o órgão reestruturou as campanhas, com estratégias de mobilização em parceria com as equipes da Atenção Básica, em que realizou oficinas para qualificação de multiplicadores em todo o Cariri. Em 2011, foram coletadas 17.776 bolsas de sangue. Agora, a expectativa do Hemoce-Crato é que, até dezembro, haja um acréscimo de 20% nesse número. O órgão funciona através de uma hemorede estadual, que atende às demandas por sangue de todas as regiões do Ceará. Por isso, a importância de contar com doadores fidelizados e estoque suficiente. Nos Municípios de Crato e Juazeiro do Norte, as doações representam 80% de todo o material do banco de sangue do Cariri. A maioria é feita por doadores fidelizados, o que atende às metas de qualidade preconizadas pelo Ministério da Saúde. Porém, nos últimos meses, a quantidade de jovens que estão realizando doações chama a atenção da equipe. De acordo com a coordenadora do órgão, Fabíola Alencar, os trabalhos de conscientização estão surtindo efeito positivo.
Em 2012, 38% das doações foram feitas por pessoas que doaram sangue pela primeira vez. O Hemoce considera essa adesão satisfatória. Em média, no cadastro do programa Doador Fidelizado, existem cerca de oito mil pessoas ativas. Todos, ao aderirem à ação, recebem uma programação, onde estabelecem as suas datas para comparecerem à central. Os homens podem doar sangue até quatro vezes ao ano, e as mulheres até três.
Participação
Desde julho de 2011, a faixa etária dos doadores foi ampliada, permitindo a participação de jovens entre 16 e 17 anos, que tenham autorização dos pais. O limite de idade, que era de 65 anos, passou a ser de 67.
Para a coordenadora técnica do Hemoce, Aldilene Sobreira de Moura, o ato de doar sangue salva vidas. "O sangue é insubstituível como terapia. Apesar de tantos avanços da ciência e da tecnologia, nada o substitui em diversos procedimentos, como em cirurgia e acidentes", afirma.
Para ela, é preciso despertar a solidariedade e o altruísmo de quem se imagina como paciente que aguarda a doação. Como forma de sensibilizar a população com relação a influência das doações e o compromisso social coletivo, a prioridade no Hemoce Crato está sendo a fidelização de novos doadores.
Yaçanã Neponucena
Repórter do Jornal Diário do Nordeste
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