Wednesday, June 6, 2012

Motoserra e tratores estavam sendo utilizados contra cajueiros, mangeiras, coqueiros e cajaraneiras em Juazeiro do Norte


Quem passou pelo terceiro quilômetro da Avenida Padre Cícero, via que liga Juazeiro ao Crato, na manhã desta terça-feira (5), percebeu que uma confusão estava instalada em um terreno próximo ao Maxxi Atacado.

Uma ação conjunta entre a Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos (Semasp), de Juazeiro do Norte, e a Companhia de Polícia Militar Ambiental autuaram funcionários contratos para limpar um terreno. O motivo foi o uso de motosserra e de tratores na derruba de 21 árvores tidas como exóticas: cajueiros, mangueiras, coqueiros e cajaraneiras. O diretor de fiscalização da Semasp, André Wirtzbiki (foto), esclarece que chegou ao local depois de denúncias de pessoas da região. Ao perguntar quem era o dono do terreno, os profissionais que derrubaram as árvores informaram que é o proprietário de uma loja próxima, chamada Casa das Máquinas.

“Quando chegamos lá, primeiro ele falou que não era o dono, mas o responsável por pagar às pessoas que estavam limpando a propriedade. Como não era autorizado para praticar a ação, foi enquadrado no artigo 49 da Lei dos Crimes Ambientais (9.605/98), por promover derrubada em terrenos alheios”, explicou Wirtzbiki.

(Foto: Aglécio Dias)

Quando o dono da Casa das Máquinas chegou à Delegacia Regional de Juazeiro do Norte, disse que o terreno era seu mesmo. As investigações estão acontecendo para saber realmente quem é o dono.

Mais reclamações

A médica Denise Torquato de Alencar tem uma propriedade vizinha ao terreno que estava sendo desmatado. No último sábado (2), recebeu telefonema do caseiro dizendo que a cerca da propriedade, juntamente com algumas árvores e a estrutura de uma casa sem telhado foram destruídas por um trator. Denise fez um Boletim de Ocorrência na Delegacia Regional e esperava que as medidas legais fossem tomadas. Mas não foi bem assim. Surpreendeu-se ao receber outro telefonema na manhã de hoje (5) informando que a cerca tinha sido recolocada, mas não no mesmo lugar, tinham invadido dez metros das terras da médica.

“Estamos aqui para reivindicar nossos direitos, porque aqui ninguém é para invadir a terra de ninguém, a gente só quer o que é da gente, simplesmente. Quero que eles coloquem a cerca no lugar que estava antes”, reclama Denise. A médica tem os documentos dos terrenos, já o outro lado apareceu com um documento escrito à mão, feito às pressas. Os desmatadores disseram que entraram no terreno alheio para limpá-lo, mesmo sem o consentimento da proprietária. Segundo a lei, os donos de terrenos que fazem derrubadas sem autorização da Semasp estão sujeitos a pagar R$ 500,00 por cada árvore cortada. A multa para o uso indevido de motosserra chega a mil reais.

Sempre que houver alguma denúncia, seja de empresa poluidora, pessoas com som alto, desmatamento ou retirada ilegal de árvores, basta ligar para o número (88)3511-3512. A Semasp recebe chamadas das 8h às 22.

Por: Raphael Barros - Site Ceará Agora

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