Quando esteve no Crato participando da semana do meio ambiente o presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente, Paulo Henrique Lustosa disse que, enquanto não tiver pronto o plano de manejo com a definição da capacidade de suporte e do perfil de atividades que podem ser desenvolvidas, não será possível construir o Parque Estadual Ecológico do Sitio Fundão. Plano de manejo é um projeto dinâmico que determina o zoneamento de uma unidade de conservação de acordo com suas finalidades e que permite o inicio do processo de planejamento. Ele garante a evolução dos conhecimentos sobre os recursos da unidade de conservação e a ampliação das ações. No caso do Sitio Fundão, estão condicionados a esse processo todo o patrimônio histórico de dentro da reserva como as ruínas do engenho de pau, manutenção da casa de taipa e outros equipamentos que não competem ao CONPAM cuidá-los e preservá-los porque isto é de responsabilidade dos órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) ou Secretaria de Cultura do Estado (SECULT ). Até que isso seja definido, disse ele, a reserva vai ficar cercada, guardada, protegida por agentes de segurança e sem acesso ao publico, como manda a lei federal.Segundo Paulo Henrique Lustosa a sociedade não pode ficar ausente das discussões no momento da elaboração do plano de manejo, até porque, segundo ele, muitas pessoas precisam conhecer melhor a lei que define sobre o que são as unidades de conservação. E explicou: “Parque ecológico é uma unidade de proteção integral, de acesso e atividades restritos e não pode, até certo ponto, ser um lugar de visitação publica, sem haver um controle rigoroso para que não haja pratica de crimes ambientais”, disse Paulo Henrique. Conforme ele, o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente não pode nada fazer sem antes que aconteçam esses procedimentos que devem partir da sociedade, Assembléia Legislativa, Câmara Municipal, Instituições Educacionais e de Ensino.
O radialista e um dos ex proprietários da reserva do Sitio Fundão, Ed Alencar, avaliou: “As declarações do presidente do CONPAM estão mais próximas da realidade do que da fantasia do governador Cid Gomes que, há 4 anos atrás assinou a ordem de serviço prometendo construir a obra em 180 dias e passado todo esse tempo nada foi feito”, concluiu Ed. Para manter a reserva como está a Universidade Regional do Cariri por meio do Geopark Araripe assinou com o CONPAM um convenio de cooperação técnico - cientifico para atuar na aérea de educação ambiental, desenvolver pesquisas dentro dos 97 hectares da reserva. A reitora da URCA, Otonite Cortez enalteceu a relevância do convenio que põe a universidade como gestora da área e disse que alguns cursos como geografia e ciências biológicas vão ser beneficiados. No momento da assinatura da parceria foram anunciadas algumas ações, ou seja, o cercamento da área com arame farpado que deve está pronto até julho, construção de uma guarita na entrada da unidade e o aumento da guarda motorizada no local que já deve está funcionando por toda esta semana.
Por: Wilson Rodrigues
Foto: Wilson Bernardo
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