Edição de 8 a 12 de junho de 2012
À prova de Terremotos
Está sendo construída em Crato – no bairro Santa Luzia, em frente ao Centro Administrativo da Prefeitura, na Rua 7 de Setembro – uma ampla e bonita capela da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mais conhecida como a “Igreja dos Mórmons” (foto acima). A capela e outras dependências para as atividades dos mórmons ocupará meia quadra do terreno. Mas o que está chamando à atenção são os alicerces do prédio. É que todas as capelas mórmons são feitas dentro de um projeto padronizado para o mundo inteiro. E como os mórmons levam a sério a profecia da ocorrência de terremotos prevista na Bíblia para os últimos tempos, sua capela em Crato tem estacas pré–moldadas com profundidade de cerca de 6 metros.
A capela dos mórmons vai ser o maior e mais bonito templo daquele bairro. Muitos estranham por que não existe lá uma capela dedicada a Santa Luzia, que é a padroeira e dá nome ao bairro. Aliás, a única imagem da santa protetora dos olhos – existente naquela região – é uma pequena estátua (foto à esquerda), venerada na pequenina capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, construída pelo bispo emérito de Crato, dom Newton Holanda Gurgel, ao lado de sua casa. É naquela capelinha – localizada na Rua José Pinheiro Esmeraldo – que dom Newton celebra diariamente a missa. Sempre às 17 horas.
Dura lex
O Tribunal de Justiça do Ceará deu ganho de causa à Diocese de Crato na ação judicial que esta movia contra a venda de um terreno de 746.683,45 metros quadrados, localizado no bairro de São José, pertencente à Paróquia de Nossa Senhora das Dores, de Juazeiro do Norte. O terreno – que hoje vale alguns milhões – foi adquirido pela empresa FP Construções, de Juazeiro do Norte, em 1995, pelo valor de R$ 145 mil. A escritura de compra e venda foi feita com base numa procuração – assinada no verso pelo então pároco, padre Murilo de Sá Barreto. A procuração só foi apresentada ao Cartório em 2011, seis anos após a morte do pároco. O Tribunal declarou a nulidade da escritura.
Juazeiro nas cartas geográficas
A renomada educadora juazeirense Amália Xavier de Oliveira (foto a direita numa pintura feita por Assunção Gonçalves) carregava um desapontamento – que foi reproduzido no seu livro “O Padre Cícero que eu conheci” – nesta frase: “O patrimônio de glórias (de Juazeiro do Norte) já começa a substituir o desprezo a que o submeteu o ódio da corrente inimiga que lhe negara até a inclusão do seu nome nas cartas geográficas”. Dona Amália não sabia, mas desde 1851– vinte e quatro anos após o lançamento da pedra fundamental da capelinha de Nossa Senhora das Dores, fato ocorrido em 15 de setembro de 1827, e origem da povoação de Joaseiro (grafia da época) a então vila já constava nos mapas.
A renomada educadora juazeirense Amália Xavier de Oliveira (foto a direita numa pintura feita por Assunção Gonçalves) carregava um desapontamento – que foi reproduzido no seu livro “O Padre Cícero que eu conheci” – nesta frase: “O patrimônio de glórias (de Juazeiro do Norte) já começa a substituir o desprezo a que o submeteu o ódio da corrente inimiga que lhe negara até a inclusão do seu nome nas cartas geográficas”. Dona Amália não sabia, mas desde 1851– vinte e quatro anos após o lançamento da pedra fundamental da capelinha de Nossa Senhora das Dores, fato ocorrido em 15 de setembro de 1827, e origem da povoação de Joaseiro (grafia da época) a então vila já constava nos mapas.
A descoberta foi feita pelo professor, historiador e memorialista juazeirense, Renato Casimiro. Em nota publicada na sua coluna no Blog “Portal de Juazeiro”, Renato afirmou: “Certa vez empreendi uma busca para identificar a presença mais remota do povoamento de Joaseiro em algum mapa da Província ou do Estado do Ceará. Agora sei deste novo achado que está, conforme registra Armando Lopes Rafael, em sua apreciada coluna no Blog do Crato, em “Trabalhos da Sociedade Vellosiana”, publicado em 1851 – pela Sociedade Vellosiana do Rio de Janeiro, e que inclui o trabalho “Descripção dos terrenos carboniferos da Comarca do Crato”, tendo ao final o “Mapa topographico da Comarca do Crato - Província do Ceará”. Lá está registrado o Joaseiro. Pelo menos 24 anos depois daquele 15 de setembro de 1827”. (Na foto a esquerda, o Joaseiro primitivo num quadro de Assunção Gonçalves)
A voz das ruas
Alguns começam a desconfiar que os índices da inflação brasileira estão sendo manipulados. Na capital do Ceará, por exemplo, o valor dos 12 produtos – que compõem a cesta básica em Fortaleza – subiu 6,91% somente no mês de maio. Foi a segunda maior inflação dentre todas as 17 capitais de estados brasileiros pesquisadas. Outro fato: Aqui no Cariri faço compra sempre no mesmo supermercado. E comparei o preço das mesmas marcas de produtos básicos, para não pairar dúvidas. Dois exemplos: o vidro de café solúvel que custava R$ 3,49 em abril está agora por R$ 4,89. Um aumento de 40%. Já o pacote de papel higiênico que em abril era comprado a R$ 3,60 custa agora R$ 5,10, um aumento de 42%.
A agropecuária brasileira encolheu mais de 7% no primeiro trimestre de 2012. E isso teve reflexo no humilhante crescimento do nosso PIB (que foi apenas 0,2%, próximo a zero) no mesmo período. Todos sabem que a prosperidade do agronegócio é responsável, em larga parcela, pelo superávit das nossas exportações. Mas esse setor se ressentiu da falta de crédito e apoio por parte do Governo Federal. Os produtores rurais vêm perdendo – nos últimos 9 anos e meio – a segurança jurídica, teoricamente garantida pela “Constituição-Cidadã” de 1988. Produzir alimentos no Brasil está ficando a cada dia mais difícil. Além do mais, os produtores rurais ainda têm que se proteger dos famigerados MST–Movimento dos Sem Terra, dos quilombolas, da FUNAI, da militância verde e das ONGs a serviço de interesses estrangeiros.
Outros setores também diminuíram o ritmo de produção. Atentem para este dado: no início dos anos 80, o Brasil produzia 50 milhões de toneladas de aço. O mesmo que era produzido – aquela época – pela China. Hoje o gigante asiático produz perto de 500 milhões de toneladas e o Brasil só está produzindo 33 milhões.
Bom lembrar que boa parte do minério de ferro destinado a produzir aço na China é importado do Brasil. E apesar da viagem intercontinental – para levar a matéria prima aos confins da Ásia – os custos de produção na China são mais competitivos do que os do Brasil. A razão? A carga tributária média chinesa é de 7%. Já no Brasil chega a 38%.
1 – O ex-reitor da URCA, professor André Herzog está na fase de pesquisas com o objetivo de escrever seu novo livro, cujo título será “Araripe– Tesouro da Natureza”.
2 – A Rede Globo de Televisão vai produzir nova minissérie sobre o Padre Cícero. Serão oito capítulos, dirigidos pelo conhecido cineasta Guel Arraes, filho do ex-governador Miguel Arraes. A Globo já produziu – em 1984 – a primeira minissérie sobre a vida do Padre Cícero, cujo personagem foi vivido – aquela época – pelo ator Stênio Garcia.
3 – Agora é lei. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal aprovou a inscrição do nome de Bárbara Pereira de Alencar (1760-1832) no “Livro dos Heróis da Pátria”. Bárbara de Alencar é considerada a primeira presa política do país, em face da participação da família dela – na cidade de Crato –na Revolução Pernambucana de 1817, um movimento contra a monarquia portuguesa.
4 – A tradicional festa do São João, que é promovida todos os anos pelos moradores do Mirandão, em Crato, ganhou reforço em 2012. Este ano os moradores do bairro Conviver (que fica vizinho ao Mirandão) aderiram à promoção do evento. Os dois bairros têm como padroeiro São João Batista.
5 – No tempo da administração do reitor André Herzog a URCA promovia, anualmente, a Semana do Meio Ambiente, com eventos distribuídos entre as cidades caririenses. A ideia foi encampada pelo Campus UFC-Cariri (futura Universidade Federal do Cariri–Ufca) que promoveu entre 4 e 6 de maio último, a II Semana do Meio Ambiente. A diferença é que os eventos do Campus-Cariri da UFC ficaram restritos à cidade de Juazeiro do Norte.
6 – Pronto, acabou o complexo de inferioridade do Cariri! Desde a última 4ª feira, qualquer caririense pode comprar na filial da Mac Donald’s do Shopping Center Cariri, o famoso sanduíche Big Mac, um dos símbolos do imperialismo norte-americano. A coluna flagrou alguns militantes da esquerda jurássica na fila para saborear a delícia capitalista. Sem medo de ser feliz!
7 – Haja advogados. A Faculdade Leão Sampaio, de Juazeiro do Norte, acaba de ser autorizada pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC para implantar, no Cariri, mais um curso de Bacharelado em Direito.
8 – Até agora não se ouviu de nenhum dos pretensos candidatos a prefeito de Crato, a informação sobre um projeto de governo para a área do turismo ecológico. Nessa área , Crato detém exuberante paisagem natural proveniente da chapada que a circunda, com suas trilhas ecológicas, fontes de águas naturais, cascatas, flora e fauna. Um paraíso a ser explorado, incluindo a pesquisa de plantas medicinais abundantes na Floresta Nacional do Araripe.
9 – Enquanto os órgãos públicos ainda não despertaram para a potencialidade do turismo ecológico na Chapada do Araripe, profissionais do Sul do país já começam a prospectar essa área. É o caso de Paulo Boute, ornitólogo e guia turístico, que vem trazendo grupos de observadores da Europa e do Sul e Sudeste do Brasil para conhecer as aves, flora e fauna da Floresta Nacional do Araripe. Paulo Boute mantém um site (http://www.boute-xpeditions.com//). Ele vem frequentemente ao Crato trazendo turistas e pesquisadores.
Centenário da Diocese de Crato:construida a primeira das 100 novas capelas
Dentro da programação comemorativa ao centenário de criação da Diocese de Crato, a ocorrer em 20 de outubro de 2014, consta a construção de 100 novas capelas, espalhadas nos 32 municípios que compõe a circunscrição diocesana. A primeira dessas 100 capelas acaba de ser concluída. Trata-se de um pequeno templo dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, localizado no Sítio Miguiriba, na Chapada do Araripe, na propriedade pertencente ao professor José Nilton de Figueiredo.
Centenário da Diocese de Crato:construida a primeira das 100 novas capelas
Dentro da programação comemorativa ao centenário de criação da Diocese de Crato, a ocorrer em 20 de outubro de 2014, consta a construção de 100 novas capelas, espalhadas nos 32 municípios que compõe a circunscrição diocesana. A primeira dessas 100 capelas acaba de ser concluída. Trata-se de um pequeno templo dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, localizado no Sítio Miguiriba, na Chapada do Araripe, na propriedade pertencente ao professor José Nilton de Figueiredo.
Da esquerda para a direita, professor José Nilton de Figueiredo, professora Cristina Alexandrino Figueiredo, dom Fernando Panico e o titular desta coluna
Tão logo a construção foi concluída, o professor José Nilton de Figueiredo fez doação da capela à Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, do bairro Batateira, em Crato. Na foto acima, o momento em que o prof. José Nilton e sua esposa, professora Cristina Alexandrino Figueiredo, formalizaram a doação da capelinha da Miguiriba, à Diocese de Crato, durante um encontro especial com o bispo diocesano, dom Fernando Panico.
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