Jornais, Rádio e Televisão apregoam que agora nós temos a primeira mulher como Presidente da República. Que nada! Somente agora é que resolvemos mostrar a cara, nos despir de nosso encardido machismo e assumir definitivamente que há muito vivemos num reino do matriarcado. O que os meios de comunicação social deveriam propagar é que agora não temos mais necessidade de usar intermediários. A maioria dos brasileiros, cansada dos “paus mandados” resolveu colocar as coisas nos seus devidos lugares.
Antes de uma mulher assumir pessoalmente pela primeira vez o cargo da Presidência da República, nós tivemos um número bastante elevado de mulheres que igualmente mandaram nesse país. Lembremo-nos de algumas daquelas senhoras que, nos últimos sessenta anos comandaram nossos destinos, quase sempre às caladas da noite: Darcy Vargas, Carmela Dutra, Sarah Kubitschek, Eloá Quadros, Maria Tereza Goulart, Iolanda Costa e Silva, Scila Médici, Dulce Figueiredo, Marly Sarney, Rosana Collor, Ruth Cardoso e Marisa Letícia. Aos respectivos maridos, a quem nós apelidávamos de Presidentes da República cabiam sempre a última palavra: “A pois tá certo, minha querida.”
A propósito desse assunto, havia na época do Regime Militar um prefeito de uma capital que além da sua própria mulher, recebia ordens da mulher do governador. Certo dia, um jornalista quis saber dele se era verdade que ele fazia tudo que a mulher do governador mandava. “É sim, se ela mandar eu faço e, antes que ela mande eu já estou fazendo.”
Agora eu acredito que assumimos de fato nossa real condição, pois uma mulher foi eleita pelo povo brasileiro como a primeira Presidenta da República. Espero que ela use a sensibilidade da qual toda mulher é possuidora para olhar pelos pobres, e reduzir ainda mais as enormes desigualdades sociais e conduzir nosso país para dias melhores ainda.
Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Antes de uma mulher assumir pessoalmente pela primeira vez o cargo da Presidência da República, nós tivemos um número bastante elevado de mulheres que igualmente mandaram nesse país. Lembremo-nos de algumas daquelas senhoras que, nos últimos sessenta anos comandaram nossos destinos, quase sempre às caladas da noite: Darcy Vargas, Carmela Dutra, Sarah Kubitschek, Eloá Quadros, Maria Tereza Goulart, Iolanda Costa e Silva, Scila Médici, Dulce Figueiredo, Marly Sarney, Rosana Collor, Ruth Cardoso e Marisa Letícia. Aos respectivos maridos, a quem nós apelidávamos de Presidentes da República cabiam sempre a última palavra: “A pois tá certo, minha querida.”
A propósito desse assunto, havia na época do Regime Militar um prefeito de uma capital que além da sua própria mulher, recebia ordens da mulher do governador. Certo dia, um jornalista quis saber dele se era verdade que ele fazia tudo que a mulher do governador mandava. “É sim, se ela mandar eu faço e, antes que ela mande eu já estou fazendo.”
Agora eu acredito que assumimos de fato nossa real condição, pois uma mulher foi eleita pelo povo brasileiro como a primeira Presidenta da República. Espero que ela use a sensibilidade da qual toda mulher é possuidora para olhar pelos pobres, e reduzir ainda mais as enormes desigualdades sociais e conduzir nosso país para dias melhores ainda.
Por Carlos Eduardo Esmeraldo
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