Sunday, December 23, 2012

Luizianne Lins diz que Cid Gomes trabalhou o Réveillon pelas suas costas


“Eu tava sendo abordada por pessoas que estavam querendo saber de forma muito ansiosa se eu não ia fazer a festa. Pessoas, produtores que estavam interessadas em fazer a festa, como se já soubessem que ela ia ser feita. Como é que uma pessoa diz que não vai fazer a festa num dia e no outro dia os artistas estão todos contratados? Não existe isso”.

O desabafo é da prefeita Luizianne Lins, em entrevista ao O POVO e ao O POVO Online, neste sábado (22), a menos de 10 dias para deixar a Prefeitura de Fortaleza, após oito anos no poder. Para a prefeita, o governador Cid Gomes, que havia garantido não haver um “plano B” para o Réveillon em Fortaleza, trabalhou para a realização da festa pelas suas costas. Luizianne acredita que se tivesse ocorrido um aceno do Governo do Estado para a realização da festa, a história poderia ter sido outra. Mesmo assim, a prefeita diz que não haverá desgaste para ela, diante da sua desistência para a realização do evento no Aterro da Praia de Iracema.

“Eu recebi tanto apoio das pessoas pra não fazer. Porque as pessoas sabem que uma marca negativa do Réveillon, caso acontecesse alguma coisa na festa, pode suplantar todas as outras marcas boas que deixei. É um momento delicado, eu tô saindo. As pessoas têm de entender que meu governo acabou”.

Dissimulado e enrustido

Apesar de assegurar que nunca ofendeu Cid Gomes, a prefeita Luizianne Lins diz que a imagem que tem do governador, hoje, é de uma pessoa arrogante, dissimulada e enrustida. “Acho que ele é dissimulado. Acho que ele é enrustido, no sentido de não falar, mas na hora que ele acha que é conveniente ele vai lá e agride”, comentou a prefeita, ao afirmar que Cid Gomes foi a sua maior decepção, pois sempre confiou em sua pessoa. “Principalmente quando ele não era nada, apenas ex-prefeito de Sobral”, destacou.

Obras em 50 anos

Para Luizianne Lins, Fortaleza nunca teve tantas obras nos últimos 50 anos. Ela acredita que o grande número foi responsável pela não conclusão de “algumas”. “Foram tantas, que uma ou outra (obra) vai ficar por ser concluída. Mas o caminho foi dado e há dinheiro para que se finalize. O que é gestão, se não isso?”

Fonte: O Povo via Eliomar de Lima



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