Monday, December 31, 2012

Crescimento do país está muito abaixo do esperado entre emergentes, diz professor


A economia brasileira deve fechar o ano com crescimento próximo a 1%. Analistas do mercado financeiro e técnicos do Banco Central (BC) fazem previsões parecidas. Na semana passada, informações do Relatório Trimestral de Inflação indicaram redução na projeção dos técnicos de 1,6% para 1%.

O resultado, se confirmado, estará bem abaixo dos 4,5% estimados para 2012. Segundo André Nassif, professor de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), mesmo levando em consideração a crise mundial, o crescimento brasileiro está muito abaixo do esperado entre os países emergentes. “O governo editou medida tentando estimular o consumo. Depois, medidas para estimular os investimentos, com políticas que contemplam o lado da oferta, com queda de juros. Só que essas políticas já deixaram de fazer efeito”, disse. Para ele, o modelo adotado pelo governo deu certo anteriormente, mas se esgotou e, mesmo com todos os programas, a demanda só deverá crescer 1%. Nassif acredita que não é estimulando o consumo, nem a oferta, que o problema será resolvido. O professor destaca que os empresários só investem quando têm garantia de que haverá demanda. E, no momento, o único que pode induzir o aumento da demanda é o próprio governo, que precisa aumentar os investimentos públicos.

“À medida que o governo gasta diretamente em infraestrutura, amplia a demanda por equipamentos, gera empregos na construção civil, aumenta a demanda por bens intermediários e estimula o investimento privado, que viria a reboque.”, defende. Ele disse ainda que, mesmo com todos os esforços do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os investimentos públicos correspondem a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de bens e serviços produzidos no país.
 
Agência Brasil



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