Saturday, September 22, 2012

Desemprego cai cerca de 20% entre 2009 e 2011, aponta Pnad


O número de pessoas desempregadas no Brasil caiu 19,3% entre 2009 e 2011.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 [Pnad], divulgada sexta-feira [21] pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE], o número de pessoas no país que procuraram emprego e não conseguiram passou de 8,2 milhões em 2009 para 6,6 milhões em 2011.  A taxa de desemprego também caiu, de 8,2% para 6,7% no período, atingindo o menor patamar, pelo menos, desde 2004. Segundo a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira, a grande redução do desemprego entre 2009 e 2011 reflete a recuperação econômica do país nesse período, depois da crise econômica.

“A taxa de desocupação vinha caindo desde 2004, mas, em 2009, com a crise, a taxa subiu, apesar de não ter subido tanto na comparação com outros países. A crise teve um reflexo no mercado de trabalho do país, na época. Em 2011, a taxa caiu ficando abaixo inclusive do que a gente vinha observando desde 2004.  Isso significa que as pessoas estão conseguindo ocupações no mercado de trabalho”, disse. Em todas as regiões do país, a taxa de desemprego caiu. A Região Sul apresentou o menor índice em 2011: 4,3%. Mas as maiores quedas, entre 2009 e 2011, foram registradas nas regiões Centro-Oeste [de 7,7% para 5,8%] e Sudeste [de 8,8% para 7%].

Já a Região Nordeste apresentou a maior taxa de desemprego em 2011 [7,9%] e a pior evolução no período de dois anos [de 8,9% para 7,9%]. A queda também foi generalizada para as faixas etárias, com destaque para a população de 18 a 24 anos, cuja taxa passou de 16,6% em 2009 para 13,8% em 2011.  O IBGE verificou que, quanto mais velha for a pessoa, menor a taxa de desemprego. Entre os jovens de 15 a 17 anos, o índice ficou em 22,9%, enquanto entre os adultos com 50 anos ou mais ficou em 2,4%. A Pnad também avaliou o perfil do desempregado no país.

Em 2011, 59% das pessoas que procuravam trabalho eram mulheres, 57,6% eram pretas ou pardas, 53,6% não tinham concluído o ensino médio, 33,9% eram jovens de 18 a 24 anos e 35,1% buscavam o primeiro emprego.  A pesquisa mostrou que, apesar da queda da taxa de desemprego, o percentual de pessoas empregadas no país diminuiu de 62,9% para 61,7%. A redução dos dois indicadores [taxas de desocupação e de ocupação] mostra que o número de pessoas que não estão trabalhando nem procurando emprego [população não economicamente ativa] cresceu no país.  O número absoluto de pessoas empregadas cresceu 1,1% no país e chegou a 92,5 milhões em 2011. Apenas a Região Nordeste teve queda no número absoluto de pessoas empregadas [-0,9%] que chegou a 23,2 milhões. A redução de cerca de 200 mil pessoas na força de trabalho nordestina pode ser explicada, em grande parte, pela saída de adolescentes do mercado entre 2009 e 2011.

* Com informações da Agência Brasil
Via Yuri Guedes

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