A Serva de Deus Benigna Cardoso da Silva
O bispo de Crato, Dom Fernando Panico, recebeu no último dia 31 de janeiro correspondência do cardeal Ângelo Amato, Presidente da Congregação para a Causa dos Santos, comunicando a concessão do “Nihil Obstat”, ou seja, o “Nada Impede” para a abertura do Processo de Beatificação da menina Benigna Cardoso da Silva, assassinada em 1941 – em Santana do Cariri – por defender a sua castidade. Isso significa que a partir de agora a Diocese de Crato pode iniciar oficialmente o Processo de Beatificação daquela jovem.
A Diocese de Crato iniciou em 2011, setenta anos após a morte de Benigna, as pesquisas para abertura do processo de beatificação da menina, que é venerada como uma santa pela população de Santana do Cariri e cidades vizinhas. É a primeira vez que a quase centenária Diocese de Crato abre um processo de beatificação, o que exige, dentre outros requisitos, um postulador para a causa. Este atua como uma espécie de advogado e investiga a vida do candidato para verificar seu testemunho de santidade. Quem vem coordenando o processo de beatificação de Benigna Cardoso da Silva é monsenhor Vitaliano Mattioli, um sacerdote da Diocese de Roma que reside na cidade de Crato.
Os próximos passos do processo
Após o Nihil Obstat, ora concedido pelo Vaticano, Benigna Cardoso da Silva já pode receber o título de Serva de Deus. Inicia-se agora a primeira etapa do Processo de Beatificação, ou seja, quando o postulador deve investigar minuciosamente a vida do Servo de Deus. Em se tratando de um mártir – como é o caso de Benigna – devem ser estudadas as circunstâncias que envolveram sua morte para comprovar se houve realmente o martírio. Ao terminar este processo, a pessoa é considerada Venerável.
Quem foi Benigna Cardoso da Silva
Nascida em 1928, em Santana do Cariri e lá assassinada – no dia 24 de outubro de 1941 – Benigna viveu apenas 13 anos e 9 dias e findou sua existência terrena, ferida mortalmente, vítima de uma tentativa de violência sexual, à qual resistiu bravamente, para preservar sua virgindade. Foi uma vida breve, permeada pela amizade com Jesus, vivida em meio à pobreza, orfandade, trabalhos domésticos, gestos simples e solidários. Uma verdadeira santidade leiga, na qual realizou fielmente o projeto e a Palavra do Deus Pai.
Na simplicidade da existência de Benigna, Deus a preparava para sua santificação, com os eventos simples do meio onde vivia. E assim a chamou, talvez para servir como exemplo de uma mocinha pura e sem maldade. Como se quisesse fazer dela um modelo para as gerações futuras, as quais, em grande parte – nos dias atuais – estão imersas no indiferentismo religioso, no hedonismo, na imoralidade, na impudicícia, nas drogas e em tantos outros males presentes na sociedade hodierna.
(Fonte: Diocese de Crato)
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