Militantes do MST se uniram a moradores do Eusébio e voltaram a impedir o tráfego ontem na rodovia federal
Eusébio. Pela 23ª vez, os quilômetros 19 e 20 da BR-116 voltaram a ser bloqueados ontem. O ato vem se repetindo ao longo de 12 anos, com a explicação de que tem sido a única alternativa para apressar a construção de uma passarela e assim evitar os atropelamentos que ocorrem naquela área. A manifestação ocorrida ontem teve ainda a motivação da determinação do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) em demolir duas colunas de concreto, que foram erguidas para a instalação da passarela.
O ato começou por volta das 8 horas, tendo à frente moradores de Eusébio e de Itaitinga, cidades que fazem limites no trecho e estão mais perto dos manifestantes do Movimento dos Sem Terra (MST), que se encontram acampados no entorno do Palácio do Abolição, em Fortaleza.
O líder comunitário Roque Chaves, da Associação dos Moradores do Jabuti, distrito do Eusébio, disse que a iniciativa visava a demonstrar que "o povo ainda não havia esgotado suas forças e ainda acredita na mobilização como forma de pressionar o governo Federal para a construção do equipamento".
"Não conseguimos entender que esse pleito se arraste há 12 anos e nenhuma ação seja desenvolvida para contemplar nossos pleitos", afirmou Enoque. Ele salientou que, enquanto isso, tem havido ao longo dos 12 anos, mais de 30 óbitos, decorrentes de atropelamento. Além dos mortos que são vítimas dos veículos que trafegam naquela rodovia, há também toda uma população vitimada, havendo casos comuns de paralíticos e cadeirantes por conta dos acidentes.
FOTO: JOSÉ LEOMAR
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