Em 2011, o setor Agropecuário do Ceará apresentou excelente desempenho, sobretudo na produção de grãos, com um volume recorde de 1,3 milhão de toneladas, superando o recorde anterior, de 2006, que foi de 1,14 milhão de toneladas.
A informação consta do Ipece/Informe nº 31 [Desempenho da Agropecuária Cearense em 2011], que acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégica Econômica do Ceará [Ipece], órgão vinculado á Secretaria de Planejamento e Gestão [Seplag] do Governo do Estado. O trabalho, que analisa além da produção de grãos, os segmentos de fruticultura, pecuária e mercado internacional [exportações], dentre outros, já pode ser acessado no endereço do Ipece.
O estudo, coordenado pelo economista Klinger Aragão Magalhães e supervisionado pelo diretor Geral do Ipece, professor Flávio Ataliba, afirma que o agronegócio cearense em 2011 foi contemplado com um cenário bastante favorável do ponto de vista climatológico, que é determinante para o desempenho de uma parcela significativa da produção agropecuária no Estado, principalmente a agricultura de sequeiro. A boa distribuição das chuvas, aliada ao conjunto com as ações de fortalecimento da agricultura pelo Governo do Estado, resultaram em um ano de safra recorde de grãos que se desdobrou em diversos indicadores positivos para o agronegócio cearense.
As consequências positivas foram muitas, como, por exemplo, na geração de empregos na agropecuária em 2011, que apresentou um saldo positivo de 1.506 vagas, frente ao saldo negativo de 1.178 vagas em 2010. Já a comercialização nas Centrais de Abastecimento do Ceará S/A (Ceasa, obteve, no ano passado, um crescimento de 3,3% no volume total comercializado, chegando a 537 mil toneladas. O Produto Interno Bruto [PIB] cearense foi fortemente influenciado pelo desempenho da agropecuária cearense. De acordo com o professor Flávio Ataliba, o PIB cearense acumulado em 2011 apresentou resultado superior ao nacional, ficando em 4,3% contra 2,7% [Brasil]. O setor agropecuário cearense, no ano passado, obteve crescimento de 33,9% em relação a 2010.
Vale destacar – observa – que a produção de milho no Ceará foi responsável por 69,7% da produção de grãos, seguido pela de feijão de 1ª safra, com 19,3%, e arroz, com participação de 7,2%. Considerando a baixa produção obtida em 2010, em função de condições climáticas que comprometeram a safra, em 2011 a produção de grãos passou por um crescimento de 287,2%.
FRUTICULTURA - Os produtos da fruticultura, mensurados em toneladas, incluindo a castanha de caju, apresentaram crescimento de 14,0% em relação a 2010. A castanha de caju, que vem passando por uma crise nos últimos anos, apresentou o maior crescimento, 182,1%, partindo de uma baixa base de comparação da produção em 2010. Outro produto que se destacou foi a goiaba, com crescimento de 24,7%. Quanto ao Valor Bruto da Produção, a produção de frutas apresentou um crescimento de 36,2% em relação a 2010, em valores nominais, com um valor de R$ 1,02 bilhão.
PECUÁRIA - Em 2011 a quantidade de bovinos abatidos apresentou redução de 5,2%, com 315.165 cabeças, segundo a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais do IBGE. A quantidade de leite cru, resfriado ou não, industrializado no Ceará, por sua vez, apresentou um crescimento de 16,3% em relação ao ano anterior, demonstrando um crescimento sistemático desde 2005. Isso indica a consolidação da produção de leite no Estado, que há anos vem passando por um processo de profissionalização e avanço tecnológico, influenciado por políticas públicas que vêm incentivando a adoção de tecnologias e a formalização do mercado.
EXPORTAÇÕES - As exportações da agropecuária cearense cresceram 6,1% em relação ao ano anterior, atingindo o valor de US$ 472,9 milhões. Apesar desse comportamento, as exportações da agropecuária reduziram sua participação nas exportações totais do Estado, as quais representaram 33,7% em 2011, frente à participação de 35,1% obtida em 2010. Considerando a fruticultura como um todo, observa-se que esse setor respondeu por 59,0% das exportações do agronegócio do Ceará em 2011, e o Ceará, por sua vez, representou 31,0% das exportações nacionais desse item, sendo, portanto, o principal exportador. Ainda assim, o Estado apresentou uma redução na participação, visto que em 2010 representava 32,2%.
Assessoria de Imprensa do Ipece
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