Teatro da Ribeira dos Icós é um dos prédios que compõe o sítio histórico de Icó. O local, tombado pelo Iphan, em 1997, é composto pela Casa de Câmara e Cadeia e Sobrado do Canela Preta FOTO: ALEX COSTA - Duplicou a quantidade de visitantes no Centro Histórico de Icó, no primeiro trimestre do ano, comparado a 2010.
Icó. No primeiro trimestre deste ano, aumentou o número de visitas agendadas e de fluxo de turistas ao Centro Histórico desta cidade, localizada na região Centro-Sul. Em comparação com igual período do ano passado, foi quase o dobro de pessoas. Desde o segundo semestre de 2010 que a secretaria de Cultura do Município implantou ações voltadas para a divulgação do patrimônio material e de incentivo à realização de excursões estudantis culturais.
O programa Roteiro da Nossa História oferece acompanhamento dos visitantes por guias da Secretaria de Cultura. No roteiro, caminhada pelo sítio histórico, que inclui visita às igrejas, casarões, prédios públicos, antiga Casa de Câmara e Cadeia, o Teatro da Ribeira dos Icós e o Sobrado do Canela Preta. Há opção de o turista conhecer o espaço gastronômico no distrito de Lima Campos, onde há as tradicionais peixadas de tucunaré, consideradas patrimônio imaterial.
Patrimônio
A cidade de Icó localizada às margens do Rio Salgado é patrimônio nacional e o núcleo urbano foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1997. A área tombada inclui vários quarteirões. No entorno do Largo do Thebérge, uma imensa praça, de um quilômetro de cumprimento por 100 metros de largura, estão localizados os principais imóveis históricos.
O Programa Monumenta do Ministério da Cultura, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e em parceria com o Governo do Estado, restaurou a partir de 2000 as principais obras arquitetônicas: o Teatro da Ribeira dos Icós, a Casa de Câmara e Cadeia e o Sobrado do Canela Preta e ainda liberou recursos para obras de restauro em imóveis particulares.
"Temos um conjunto arquitetônico importante que precisa ser mais conhecido e divulgado", disse a secretária de Cultura, Jequélia Alcântara. "Muitos jovens, moradores da região, ignoram a nossa história". O esforço da Secretaria de Cultura é atrair moradores de Municípios do interior do Ceará e de outros Estados.
Há também as visitas não agendadas de turistas que visitam a cidade e procuram acompanhamento na Secretaria de Cultura. Entretanto, a prioridade da instituição é para as visitas agendadas. "Os alunos universitários e de ensino médio são os que mais procuram conhecer o Centro Histórico", observou Jequélia Alcântara.
Desde 2009, que alunos da rede pública do Município passaram a ter acesso a duas cartilhas com informações sobre o patrimônio histórico da cidade e a sua necessidade de preservação. As publicações "Icó, História, Cultura e Tradição" e "Educação Patrimonial em Icó: conceitos e diretrizes" servem de instrumento pedagógico auxiliando professores e estudantes.
As duas cartilhas foram frutos de um convênio celebrado entre o Programa Monumenta do Ministério da Cultura, Senac, Sistema Fecomércio e a Prefeitura de Icó. A elaboração nasceu como resultado do Projeto Conhecer para Preservar, patrocinado pelo Monumenta. Inicialmente, 20 professores da rede pública participaram do projeto, tendo participação ativa na elaboração dos instrumentos pedagógicos. Em Icó, o visitante encontra o pesquisador e guia histórico, Altino Afonso, que com dedicação acompanha os grupos, dá as informações e tira as dúvidas sobre o passado do Município que, durante o ciclo do gado nos séculos XVIII e XIX, viveu período de riqueza e crescimento. Recentemente, a partir da chegada de padres da Ordem dos Carmelitas às paróquias de Nossa Senhora da Expectação e de Nossa Senhora do Rosário, as igrejas passaram a ficar abertas, oferecendo oportunidade de visitas.
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Secretaria de Cultura de Icó
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