Em 1995, nosso apartamento estava lotado de irmãos e alguns sobrinhos de Carlos, que vieram à Fortaleza para apoiar uma irmã dele que ia se submeter a uma operação de ponte de safena. A cirurgia era de risco, o que fez com que os irmãos e todos os familiares ficassem preocupados. Estávamos todos unidos em oração e torcendo para que tudo desse certo. E eu, no meu papel de anfitriã, organizava tudo a tempo e a hora para que todos se sentissem bem acolhidos e confortáveis.
Nessa época o prédio em que moramos, estava sem síndico, pois ninguém queria assumir tal missão. Sem nenhuma liderança, já que nem o subsíndico quis se responsabilizar, não foi tomado nenhuma medida para que fosse realizada a dedetização. Por mais que colocássemos isca em nossa casa, apareciam algumas baratas voadoras e outras que vinham dos esgotos do edifício.
Em determinado momento, ao entrar na despensa com a minha cunhada ao mesmo tempo, para pegarmos alguma coisa, passaram por cima de nossas cabeças duas enormes baratas voadoras vindas da varanda. Na hora, em pânico e sem pensar no meu papel de anfitriã acolhedora e educada, saí correndo e tranquei a porta da despensa deixando minha hóspede lá com as duas baratas. Corri o mais longe possível daquele local. Depois que passou o susto e as baratas já estavam mortas, envergonhada fui pedir desculpas a minha cunhada, justificando minha atitude pelo medo que tenho de baratas. Ainda bem que ela perdoou. Passado o meu constrangimento, demos boas risadas.
Por Magali de Figueiredo Esmeraldo
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