Obama conversa com líderes europeus para discutir como lidar com a violência no país africano
WASHINGTON - O presidente dos EUA, Barack Obama, conversou com líderes da França, da Itália e do Reino Unido sobre as possibilidades que os países do Ocidente têm para lidar com a crise na Líbia, informou nesta quinta-feira, 24, a Casa Branca, por meio de comunicado. O grupo prepara uma resposta contra a violência que tomou conta do país. Obama teria discutido a coordenação dos "esforços urgentes para responder aos desenvolvimentos e assegurar que haverá uma responsabilização apropriada" pelo que está acontecendo no país do norte da África, diz a nota. O líder americano conversou com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e os premiês italiano, Silvio Berlusconi, e britânico, David Cameron.
A série de telefonemas já havia sido anunciada anteriormente. Os governos novamente mostraram-se preocupados com a situação na Líbia, onde a população está nas ruas há 11 dias pedindo o fim do regime do coronel Muamar Kadafi, que já dura 41 anos. Nos últimos dias, houve uma escalada de violências nas marchas, com ataques aéreos e de mercenários por parte do governo contra os manifestantes. Há fontes que colocam o número de mortos na casa dos 2 mil.
Segundo a Casa Branca, os "líderes discutiram a gama de opções que tanto os EUA e os países europeus estão preparando para responsabilizar o governo líbio por suas ações, assim como planos de ajuda humanitária". Fontes do governo americano disseram que essas possibilidades incluem sanções e a imposição de uma zona de restrição aérea sobre algumas áreas.
Kadafi, considerado um ditador, responsabilizou a organização terrorista Al-Qaeda pelos protestos no país e se nega a dialogar com os manifestantes. O coronel tem apelado para métodos de repressão que violam as leis internacionais e os direitos humanos, segundo ONGs e governos estrangeiros.
Seus opositores, porém, mantêm-se nas ruas apesar da brutalidade que foi relatada nas ruas, com bombardeios e mercenários disparando indiscriminadamente. As principais cidades da região leste do país estão sob controle dos manifestantes, e até mesmo municípios próximos da capital Trípoli podem cair nas mãos da oposição.
Há facções do Exército que já não apoiam mais o ditador, que também perdeu o respaldo de ministros, chanceleres e diplomatas que renunciaram aos seus cargos ou desertaram por discordar das ações tomadas pelo governo contra a população. O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir para discutir a crise na Líbia uma segunda vez na sexta. No primeiro encontro, realizado na terça-feira, o órgão condenou as autoridades líbias pelo uso da força contra manifestantes desarmados e exigiu que os responsáveis por tais ataques fossem condenados.
Fonte: Estadão
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