Monday, January 21, 2013

2ª feira, dia 21: Notícias/Reflexões para este início de semana (por Armando Rafael)


Filão de Ouro


A novidade da semana foi a publicação – pela revista Forbes – da lista anual dos milionários do planeta. Na nova versão consta 6 (seis) “bispos” evangélicos brasileiros(SIC). O mais rico,  com patrimônio de R$ 2 bilhões, é o “bispo” da Igreja Universal,  Edir Macedo (Na foto ele está à direita do ex-presidente Lula, na inauguração de mais uma emissora de TV da Record) . Moral da Opereta: fundar igrejas é um ótimo e lucrativo negócio no Brasil. Na  movimentação financeira dessas igrejas  não são cobrados impostos. A sustentação dessas igrejas vem da ignorância e  do baixo nível cultural da população brasileira.

Azar do Crato

Quando assumiu o governo do Estado do Ceará – e lá se vão 6 anos –, Dr. Cid Ferreira Gomes anunciou 3 obras para a conurbação Crajubar: Hospital Regional do Cariri (em Juazeiro do Norte), Central de Abastecimento do Cariri–Ceasa (em Barbalha) e o Centro de Convenções do Cariri, em Crato (foto à direita) . O Hospital e a Ceasa já funcionam há tempos! O Centro de Convenções (parece obra do PAC) caminha em passo de cágado-jabuti e nunca foi concluído. Mais um azar do Crato.

Dependência do Cariri


Por falar na Ceasa de Barbalha, o bem informado jornalista Egídio Serpa, publicou no “Diário do Nordeste”: “Das 3.100 toneladas que, mensalmente, é comercializada na Ceasa-Cariri, 44% por cento foram fornecidos pelo polo de fruticultura de Juazeiro da Bahia; 15% pelo de Petrolina (em Pernambuco); 5% por hortifrutigranjeiros da Paraíba e (apenas) 33% pelos do Ceará”.

Nem o pequi é do Cariri

E conclui a nota de Egídio Serpa: “O Cariri é uma região que produz e comercializa pequi. Mas o vendido na Ceasa-Cariri vem de Goiás”.


Triste constatação

O escritor Hélio Passos, decepcionado, escreveu: “Até parece que ninguém tem mais fé em nada. Nem no Lulinha, nem na Guerrilheira. Esta é a amargura suprema dos que já passaram dos 60 anos. Não se envelhece com quem foi jovem conosco. Porque toda geração tem um código”.

As chuvas trazem o verde da esperança

Caíram as primeiras chuvas. Todos, alegres, torcem pelo fim da atual estiagem (a maior dos últimos anos) que dizimou o rebanho e matou as plantações em 2012. Quantos dramas pessoais e familiares aconteceram por conta da última seca. Interessante que a cada estiagem tem sempre quem lembre a intenção do imperador Dom Pedro II de vender as pedras da sua coroa para ajudar as vítimas da fome. Dom Pedro II morreu e foi enterrado há 112 anos. Mas, ninguém se lembra -- no momento presente --  de pedir o fim da corrupção dos políticos ou a criação de uma “Bolsa-Estiagem”. Bastaria isso para resolver o drama de quem vive na miséria absoluta, no semiárido nordestino...

Pense num sucateamento

A mídia nacional anunciou na semana que passou a intenção do governo federal de criar uma nova estatal para “gerenciar” o Projeto do Rio São Francisco. Se isso acontecer será a maior ação dentro do sucateamento a que vem sendo submetido o Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs).

A realidade concisamente

O Dnocs é a mais antiga instituição federal do Brasil. Foi criada em 1909 e, graças a excelência do seu corpo técnico, chegou a ser chamado de “Universidade do Semiárido”. É o maior construtor de barragens do mundo. Nos últimos anos vem sendo sucateado por falta de verbas, técnicos e defesa por parte de políticos e lideranças civis do Brasil. A sede do Dnocs fica em Fortaleza. Se o órgão for extinto o azar não será só do Ceará.

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