O sargento da PM José Adamir Bandeira, lotado na Companhia da cidade do crato, está processo a Rede Globo de Televisão, por danos morais. Segundo o policial militar, em data de 29 de junho de 2011, a empresa por intermédio de seu programa novelesco “Insensato Coração”, transmitido aproximadamente às 21h, exibiu uma cena de cunho profundamente difamatório não somente a instituição da qual faz parte o Requerente, mas também a ele mesmo, como policial militar que é.
Na cena descrita pelo policial cearense - um Delegado contracenava com a personagem Paula Cortez, filha do banqueiro Horácio Cortez, interpretada por Tainá Müller. A personagem demonstrou indignação ao ver os policiais vasculhando sua casa à procura de provas contra seu pai. O ator, que interpretava um Delegado da Polícia Federal, ao ser questionado pela exaltada personagem se não deveria estar recolhendo mendigos na rua ou recebendo propina de motoristas bêbados, saiu-se da seguinte forma:
Paula Cortez: O Sr. é o responsável por essa palhaçada aqui?
Delegado: Delegado Rossi. E a Sra. é...?
Paula Cortez: Uma das donas dessa casa. Eu acho um absurdo eu chegar aqui e estar essa
bagunça, essa falta de respeito. Vocês não tem mais nada para fazer não, hein? Com tanto mendigo
na rua para recolher. Que que vocês fazem, hein? Só recebem propina de motorista bêbado?
Delegado: Acho que a Sra. tá confundindo um pouco as coisas, viu? Eu não sou guarda municipal,
tão pouco sou policial militar. Por isso mesmo, eu vou te dar um refresco, e vou fingir que não
ouvi o que a senhorita acabou de dizer, viu?
Paula Cortez: Como é que é o seu nome?
Delegado: Rossi
Paula Cortez: Ah, eu vou te denunciar. Denunciar você e a sua corja. E acho melhor vocês saírem
da minha casa...
Rafael Cortez: Cala a boca. Deixa de ser ridícula e pede desculpas.
Paula Cortez: Você tá do lado dele também agora, é?
Delegado: Escuta o seu irmão que ele sabe das coisas, ele estuda direito. Pergunta pra ele o que
que é desacato à autoridade, pergunta.
Rafael Cortez: Você já deu ridículo bastante, agora sai do meu quarto. Vaza, por favor!
Pois bem. Muito embora seja uma obra de ficção, a resposta do personagem do Delegado foi
desnecessária e ofensiva, não só aos Guardas Municipais e Policiais Militares do Ceará, mas de
todo o Brasil.
Pelos danos causados à moral, ao bom nome, à honra e à imagem do Requerente, deverá a empresa Ré ser condenada ao pagamento indenizatório equivalente a 20 (vinte) salários mínimos vigentes à data do pagamento, os quais devem ser revertidos em, 40% à ACSMCE (Associação dos Cabos e Soldados Militares do Ceará), 40% à ASPRAC (Associação das Praças da Região do Cariri) situada na Rua Rui Barbosa, 95, Santa Tereza, Juazeiro do Norte/Ceará, CEP 63.050-380, pessoas jurídicas sem fins lucrativos, as quais lutam pela classe Policial e poderão melhor destinar tal compensatório em favor da classe que, como um todo, foi menosprezada e, apenas 20% para o requerente.
Assista a cena acessando: http://www.youtube.com/watch?v=9ewPcq6iIQk
Via Wilson Gomes
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