A menos de uma semana das eleições, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, se convenceu de que deveria dedicar atenção aos militares e assinou carta-compromisso dirigida à categoria. Assim como seu rival José Serra (PSDB), a petista enfrenta grande resistência das Forças Armadas, principalmente pelo seu passado de guerrilheira. A carta de Dilma é "praticamente cópia" do documento feito pelo tucano, há quase dois meses.
Nela, Dilma se compromete a dar prosseguimento à Estratégia Nacional de Defesa e aos seus principais eixos: reorganização das Forças Armadas, reestruturação da indústria brasileira de material de defesa, manutenção do serviço militar obrigatório e garantia da atual política previdenciária diferenciada.
"Se eleita presidente, como comandante suprema das Forças Armadas de meu País, haverei de contar com o espírito de corpo que distingue homens e mulheres da caserna, sentinelas em alerta, importantes, mantenedores dos valores da nossa unidade nacional."
Às vésperas do segundo turno das eleições, Dilma manteve hoje a agenda casada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Horas depois de o presidente visitar o navio plataforma, no Rio de Janeiro, que dará início à produção de petróleo da camada pré-sal do campo de Tupi, na Bacia de Santos, Dilma recebeu o apoio de representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e defendeu a Petrobras, além de acusar os tucanos de quererem privatizar a estatal.
Programa na TV
Nesta reta final, Dilma está se poupando para o debate de amanhã à noite na TV Globo. Conforme assessores da campanha, a petista já gravou as cenas do último programa eleitoral da campanha de segundo turno, que vai ao ar amanhã. O programa de encerramento vai ter um tom patriótico com músicos vestidos de smoking e tocando o Hino Nacional em violinos. Atrás do coro, uma bandeira do Brasil. No último programa, o presidente Lula terá papel de destaque e pedirá votos para sua candidata. O programa final, de acordo com assessores, será propositivo. Dilma vai terminar sua campanha no sábado em Minas Gerais, com uma caminhada pelas ruas de Belo Horizonte.
EUGÊNIA LOPES - Agência Estado
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