Um dos meus blogues preferidos, ao lado do blogue da Aeronauta e do meu, o Tudo-fel (que está em stand by), - é o Embrulho no Estômago, de Viviane Costa (foto), personagem principal de seus contos e causos. Ela escreve sobre os seus próprios rastros & réstias...
Esse post trata de um tema mais do que atualíssimo e de todas as suas mazelas e soluções instrínsecas...
Com vocês.... Viviani Costa em:
O sentido da (minha) vida*
Na manhã de ontem, participei de uma caminhada política em Massaranduba. Mas não pensem que estou aqui para fazer campanha para A, B ou C. Até poderia, se quisesse, mas não é o caso. Quero apenas dividir com vocês a minha mais nova descoberta: o sentido da vida.
Lá, na caminhada, enquanto me concentrava em desviar das inúmeras poças de lama surgidas com a chuva, quase caí numa cratera. Nesse momento, um comerciante local comentou comigo que aquele buraco na pista estava ali há anos e ninguém fazia nada a respeito. Não vou dizer que fiquei chocada, porque não é só em Massaranduba que vejo algo desse tipo e, também, embora isso seja um exemplo perfeito do desleixo do poder público, nem de longe é o maior deles.
Contudo, pensei que este deveria ser o sentido da vida: tornar-se útil, no sentido de fazer algo positivo ao outro, ainda que não se ganhe qualquer notoriedade com isso. Fazer com eficiência e comprometimento aquilo que se propôs a fazer, independentemente de ser o seu ofício a gestão pública ou a produção de pães. Asfaltar a cidade, mantê-la limpa e segura, proporcionar o mínimo existencial aos cidadãos é dever de quem se propõe a gerir a máquina pública e, se assim não procede, sua existência é indiferente a mim e ao mundo. Do mesmo modo, alguém que desrespeita as regras básicas de convivência, permitindo que a gentileza - princípio de onde deveriam surgir as demais normas - seja morta por inanição, fomentando o caos social, não me parece digno da regalia de subsistir.
Por outro lado, os senhores que, em alguma fazenda no interior do país, tiram com esmero o leite da vaca, garantindo a minha satisfação matinal, bem como motoristas que gentilmente cedem passagem a pedestres ou a mim mesma, surpreendendo com o que deveria ser apenas um ato ordinário, talvez não saibam disso, mas me desarmam e me fazem bem mais felizes. E, por certo, não só a mim.
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