Houve um tempo em que os homens falavam mais de poesia (mas nem por isso a maldade fôra interrompida). Ou melhor, nada o interrompe tão facilmente da maldade. A violência está sufocante em nosso meio, fora do meio ou seja lá no que diabo for. Creio que até seja inútil saber de nossas origens porque estamos nos surpreendendo cada vez mais com mais e mais e mais violências. Então prá que saber a origem de um bicho sem estimação? Que palavra e expressão doce nesses dias amargos que vivemos: violência. Os noticiários estão repletos de corpos dilacerados por balas e facas e outros pesadelos que estão se tornando "normais". Mas, estão se aproximando os carnavais, e como canibais somos engolidos pelo tempo. E até relembrando o digníssimo mestre Nelson Cavaquinho que cantava de peito e coração aberto: quero ter olhos prá ver, a maldade desaparecer... Que bela frase a nos confundir entre o real e a farra da fantasia.
Quem nos acode nesse desespero silencioso, sutil e perverso? A embriaguês está cada vez mais presente, e não dá para esconder (nem mesmo as balas perdidas). Houve um tempo em que os homens proseavam mais. Era quando o seu coração pulsava mais pelo bem querer do que pela conta bancária. Até as pedras (não as do meio do caminho) dos necrotérios já não ficam vazias por muito tempo. Que tempo, hein?
Mas, nós somos assim mesmo, até o nosso convívio é um milagre. E o bang bang vai continuar. Que pena. E os homens, paridos no álcool vão continuar em busca de uma tal felicidade. De uma tal esperança vã. E curiosamente nem dá para sentir medo. Não há tempo para isso. Morre-se muito antes do temor. Mas, vamos seguir adiante, não temos nada a perder (e nem a ganhar), mas a aventurar-se.
Abraços ao Dihelson Mendonça
e leitores do Blog do Crato
Carlos Pontes/Revista Mambembe
Quem nos acode nesse desespero silencioso, sutil e perverso? A embriaguês está cada vez mais presente, e não dá para esconder (nem mesmo as balas perdidas). Houve um tempo em que os homens proseavam mais. Era quando o seu coração pulsava mais pelo bem querer do que pela conta bancária. Até as pedras (não as do meio do caminho) dos necrotérios já não ficam vazias por muito tempo. Que tempo, hein?
Mas, nós somos assim mesmo, até o nosso convívio é um milagre. E o bang bang vai continuar. Que pena. E os homens, paridos no álcool vão continuar em busca de uma tal felicidade. De uma tal esperança vã. E curiosamente nem dá para sentir medo. Não há tempo para isso. Morre-se muito antes do temor. Mas, vamos seguir adiante, não temos nada a perder (e nem a ganhar), mas a aventurar-se.
Abraços ao Dihelson Mendonça
e leitores do Blog do Crato
Carlos Pontes/Revista Mambembe
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