Na quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010, antes do jogo entre Crato e Quixadá pelo cearense da primeira divisão ouvi de duas fontes algo que eu temia e temo pelo sucesso do nosso futebol. Um dos meus irmãos me dizia que devido ao jogo televisado entre Flamengo e Botafogo, pelo campeonato carioca, o público esperado no Mirandão seria minguado. Endossando estas palavras a equipe esportiva da radio S. Francisco dava destaque a este fato que, por sinal, considero lamentável para as pretensões do nosso futebol.
Não é de agora a cultura dos desportistas cratenses de adotar um time do Rio como clube de coração e não vejo nada de mal nisso, exceto.. Lembro durante a minha adolescência, nos anos setenta, as famosas comemorações de final de campeonato carioca, que iniciavam com as festejadas carreatas que percorria as ruas da cidade, embaladas pela queima de fogos, charangas ensurdecedoras e tremular de bandeiras indo findar na praça da sé, onde as celebrações varavam a noite. Nessa época tínhamos o Esporte e o Satélite como principais clubes, cujos elencos eram dos bons para o futebol interiorano, contudo não participávamos de nenhuma competições a nível Estadual, como hoje é. E como nosso mundo futebolístico era restrito apenas a região do cariri, restava-nos associar-se aos grandes clubes cariocas como forma de fortalecer o nosso ego esportivo.
Porém, hoje as coisas são diferentes. O Crato tem uma equipe na elite do futebol cabeça chata e isso deve ser motivo de orgulho para todos nós, que pelo porte de nossa cidade e o tradicional espírito desportista do nosso povo deve ser valorizada, trabalhada e apoiada na busca de no mínimo permanecer nessa competição e tentar alcançar, quem sabe, objetivos maiores. Agora temos um time que pode participar, quem sabe de uma Copa do Brasil ou Série C do Brasileiro, ou mesmo ser campeão cearense. Hoje o futebol está cada vez mais nivelado e as oportunidades de brilhar estão cada vez mais reais. Temos um exemplo bem pertinho de nós: O Icasa, que com sua persistência e um trabalho muito bem planejado chegou a sonhada série B do campeonato brasileiro. O Crato esporte clube precisa muito do apoio de cada torcedor cratense e tanto na derrota como na vitória devemos estar lá, seja no Mirandão ou assistindo ao jogo pela tv ou radio, devemos fazer o papel do virtual 12° jogador. Se o time vai mal, não devemos deixar de ir ao estádio pois aí é ele que precisa do nosso apoio para dar a volta por cima.
Os times cariocas, com todo respeito que tenho pelos torcedores, não sabem nem se existimos, e às vezes pouco se lixam com torcedores fora do Rio. Acho que até podemos torcer por clubes cariocas, mas não ao ponto deixarmos de ir ao nosso estádio, apoiar o nosso time, para ficar diante de uma tv assistindo a um jogo que, tecnicamente pode ser mais pujante, mas nada tem a acrescentar ao legado esportivo da nossa terra. Se tivermos um futebol forte e organizado, com certeza ainda veremos a outra banda do Mirandão terminada. O Fluminense ocupou durante muito tempo o primeiro plano no meu universo futebolístico, mas hoje ficou em terceiro porque torço pelo Crato em primeiro lugar e o Fortaleza em segundo. Não porque tenha abandonado o Flusão, mas porque o Azulão e o Tricolor de Aço estão mais perto de min. Sempre fomos orgulhosos de nossa terra, sejamos também de nosso futebol que muito pode contribuir para a cultura de nosso povo.
E para completar este conjunto, daqui de Fortaleza, só pra lembrar mais uma vez, sentimos a falta das Rádios Educadora e Araripe na Internet narrando os jogos do nosso querido Crato. Os filhos de Juazeiro e Barbalha já estão bem servidos nesta área com suas rádios tradicionais. Faltam apenas nós, pequizeiros, desfrutarmos dessa modernidade.
Por: Ricardo Sobreira
Não é de agora a cultura dos desportistas cratenses de adotar um time do Rio como clube de coração e não vejo nada de mal nisso, exceto.. Lembro durante a minha adolescência, nos anos setenta, as famosas comemorações de final de campeonato carioca, que iniciavam com as festejadas carreatas que percorria as ruas da cidade, embaladas pela queima de fogos, charangas ensurdecedoras e tremular de bandeiras indo findar na praça da sé, onde as celebrações varavam a noite. Nessa época tínhamos o Esporte e o Satélite como principais clubes, cujos elencos eram dos bons para o futebol interiorano, contudo não participávamos de nenhuma competições a nível Estadual, como hoje é. E como nosso mundo futebolístico era restrito apenas a região do cariri, restava-nos associar-se aos grandes clubes cariocas como forma de fortalecer o nosso ego esportivo.
Porém, hoje as coisas são diferentes. O Crato tem uma equipe na elite do futebol cabeça chata e isso deve ser motivo de orgulho para todos nós, que pelo porte de nossa cidade e o tradicional espírito desportista do nosso povo deve ser valorizada, trabalhada e apoiada na busca de no mínimo permanecer nessa competição e tentar alcançar, quem sabe, objetivos maiores. Agora temos um time que pode participar, quem sabe de uma Copa do Brasil ou Série C do Brasileiro, ou mesmo ser campeão cearense. Hoje o futebol está cada vez mais nivelado e as oportunidades de brilhar estão cada vez mais reais. Temos um exemplo bem pertinho de nós: O Icasa, que com sua persistência e um trabalho muito bem planejado chegou a sonhada série B do campeonato brasileiro. O Crato esporte clube precisa muito do apoio de cada torcedor cratense e tanto na derrota como na vitória devemos estar lá, seja no Mirandão ou assistindo ao jogo pela tv ou radio, devemos fazer o papel do virtual 12° jogador. Se o time vai mal, não devemos deixar de ir ao estádio pois aí é ele que precisa do nosso apoio para dar a volta por cima.
Os times cariocas, com todo respeito que tenho pelos torcedores, não sabem nem se existimos, e às vezes pouco se lixam com torcedores fora do Rio. Acho que até podemos torcer por clubes cariocas, mas não ao ponto deixarmos de ir ao nosso estádio, apoiar o nosso time, para ficar diante de uma tv assistindo a um jogo que, tecnicamente pode ser mais pujante, mas nada tem a acrescentar ao legado esportivo da nossa terra. Se tivermos um futebol forte e organizado, com certeza ainda veremos a outra banda do Mirandão terminada. O Fluminense ocupou durante muito tempo o primeiro plano no meu universo futebolístico, mas hoje ficou em terceiro porque torço pelo Crato em primeiro lugar e o Fortaleza em segundo. Não porque tenha abandonado o Flusão, mas porque o Azulão e o Tricolor de Aço estão mais perto de min. Sempre fomos orgulhosos de nossa terra, sejamos também de nosso futebol que muito pode contribuir para a cultura de nosso povo.
E para completar este conjunto, daqui de Fortaleza, só pra lembrar mais uma vez, sentimos a falta das Rádios Educadora e Araripe na Internet narrando os jogos do nosso querido Crato. Os filhos de Juazeiro e Barbalha já estão bem servidos nesta área com suas rádios tradicionais. Faltam apenas nós, pequizeiros, desfrutarmos dessa modernidade.
Por: Ricardo Sobreira
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