Friday, February 24, 2012

O HOMEM SEM SAPATO” - Texto enviado por Sergio Alexandre de Menezes


Um homem já de certa idade entrou no ônibus.
Enquanto subia, um de seus sapatos escorregou para o lado de fora.
Mas a porta se fechou e o ônibus saiu, e não foi possível recuperá-lo.
... Tranquilamente, o homem retirou seu outro sapato e jogou-o pela janela.
Um rapaz, vendo o que acontecera, perguntou: notei o que o senhor fez.
Por que jogou fora seu outro sapato?
Eu agi de forma que quem o encontrar seja capaz de usá-los.
Provavelmente, apenas alguém necessitado dará importância a um sapato usado
encontrado na rua.
E de nada lhe adiantará apenas um pé de sapato.
Assim, o homem mostrava ao jovem que não vale à pena agarrar-se a algo
simplesmente por possuí-lo, nem por que você não deseja que outro o tenha.
Perdemos coisas o tempo todo.
A perda pode nos parecer penosa e injusta inicialmente, mas a perda só
acontece de modo que mudanças, na maioria das vezes positivas, possam
ocorrer em nossa vida.
Como o homem da história, nós temos que aprender a nos desprender.
Alguma força decidiu que era hora daquele homem perder seu sapato.
Talvez isso tenha acontecido para iniciar uma série de outros acontecimentos
bem melhores para o homem do que aquele par de sapatos.
Talvez a procura por outro par de sapatos tenha levado o homem a um grande
benfeitor.
Talvez uma nova e forte amizade com o rapaz do ônibus.
Talvez aquele rapaz precisasse presenciar aquele acontecimento para adotar
uma ação semelhante.
Talvez a pessoa que encontrou os sapatos tenha, a partir daí, a única forma
de proteger os pés.
Seja qual for a razão, não podemos evitar perder coisas.
A propósito, algumas perdas são até necessárias… O homem sabia disso.
Um de seus sapatos tinha saído de seu alcance.
O sapato restante não mais o ajudaria, mas seria um ótimo presente para uma
pessoa desabrigada, precisando desesperadamente de proteção do chão.
Acumular posses não nos faz melhores nem faz o mundo melhor.
.
Todos temos de decidir constantemente se algumas coisas devem manter seu
curso em nossa vida, ou se é melhor seguir sem elas.

Texto enviado por Sergio Alexandre de Menezes

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