Assisti recentemente ao filme Guerra e Paz (1957), superprodução do diretor americano King Vidor, com Henry Fonda, Audrey Hepburn e Mel Ferrer, dentre outros destaques, que aos dez anos vira pela primeira vez no Cine Moderno, em Crato, bem cuidada e rica montagem cinematográfica do célebre romance de Leon Tolstói, obra imorredoura da literatura universal.
Aprendemos que bom é reler; e, no caso dos filmes, rever. Atualizar a leitura de peças antes conhecidas, quando, então, desaparecerá a ansiedade em conhecer o final, e se mergulhará na interpretação dos detalhes com visão mais ampla e apurada no tempo.
Depois disso, a trama romanceada nos personagens russos das guerras napoleônicas impõe sua força ao decorrer dos acontecimentos, mostrando capacidade extrema daquele povo de resistir aos desafios de sua história. A beleza exótica de Audrey Hepburn domina o papel de Natasha, personagem ingênua, contraponto ideal para mundos em conflito, a inocência original que nutre de ânimo os vencidos. Enquanto que o senso crítico de Pierre (Henry Fonda) conduzirá testemunho do contexto em queda livre diante do inesperado, formulando meios de superar o imperfeito.
Mas o que toca na essência do drama significaria a destruição das tropas francesas em retirada convulsa, vítimas da eficiência do general Inverno, com o que não laborou Napoleão Bonaparte no ímpeto das conquistas, vendo-se em condição de fragorosa decepção, ao furor das baixas temperaturas, da fome e da neve, dizimando preciosos efetivos. Esta lição Hitler não aprenderia, lá na frente, quando jogou os alemães a circunstâncias parecidas, no mesmo território, amargurando a maior derrota das campanhas nazistas aos custos, inclusive, de rendição humilhante na Segunda Grande Guerra, mérito do bem sucedido general Inverno.
Recordo, na fleuma dos soviéticos perante a dor, sua busca pela transformação socialista que propôs e que redundaria no fracasso de 70 anos de vivências do recente século. Com a fibra heróica da civilização milenar, o sonho justo e igualitário ver-se-ia por terra, face às humanas limitações em realizar a perfeição nos grupamentos comunitários. Eles, os russos, chegaram longe nesse projeto de transformação social, contudo haverá longo percurso pela frente até a concretização plena da solidariedade e da paz em termos coletivos, porquanto, no íntimo, o egoísmo ainda impera e detém a consciência das massas. Sem o aprimoramento real dos indivíduos jamais se chegará à verdadeira fraternidade neste chão, pois.
Aprendemos que bom é reler; e, no caso dos filmes, rever. Atualizar a leitura de peças antes conhecidas, quando, então, desaparecerá a ansiedade em conhecer o final, e se mergulhará na interpretação dos detalhes com visão mais ampla e apurada no tempo.
Depois disso, a trama romanceada nos personagens russos das guerras napoleônicas impõe sua força ao decorrer dos acontecimentos, mostrando capacidade extrema daquele povo de resistir aos desafios de sua história. A beleza exótica de Audrey Hepburn domina o papel de Natasha, personagem ingênua, contraponto ideal para mundos em conflito, a inocência original que nutre de ânimo os vencidos. Enquanto que o senso crítico de Pierre (Henry Fonda) conduzirá testemunho do contexto em queda livre diante do inesperado, formulando meios de superar o imperfeito.
Mas o que toca na essência do drama significaria a destruição das tropas francesas em retirada convulsa, vítimas da eficiência do general Inverno, com o que não laborou Napoleão Bonaparte no ímpeto das conquistas, vendo-se em condição de fragorosa decepção, ao furor das baixas temperaturas, da fome e da neve, dizimando preciosos efetivos. Esta lição Hitler não aprenderia, lá na frente, quando jogou os alemães a circunstâncias parecidas, no mesmo território, amargurando a maior derrota das campanhas nazistas aos custos, inclusive, de rendição humilhante na Segunda Grande Guerra, mérito do bem sucedido general Inverno.
Recordo, na fleuma dos soviéticos perante a dor, sua busca pela transformação socialista que propôs e que redundaria no fracasso de 70 anos de vivências do recente século. Com a fibra heróica da civilização milenar, o sonho justo e igualitário ver-se-ia por terra, face às humanas limitações em realizar a perfeição nos grupamentos comunitários. Eles, os russos, chegaram longe nesse projeto de transformação social, contudo haverá longo percurso pela frente até a concretização plena da solidariedade e da paz em termos coletivos, porquanto, no íntimo, o egoísmo ainda impera e detém a consciência das massas. Sem o aprimoramento real dos indivíduos jamais se chegará à verdadeira fraternidade neste chão, pois.
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