Lá vem o Papai Noel do sertão montado num burrico a chupar umbu, lamber rapadura corajoso qui só! Nunca vi num sertão tão quente a peste de um home vestido de vermelho, com uma barba qui parece branca mais num é! Oxente, a barba já avermelhou há muito tempo. Nestas estradas de chão não tem barba que sobreviva limpinha.
Tombém... , acredite meu irmão, este filho de uma égua é louco das ideia!O coitado do burrico tá com os caçuá cheio. O bichinho num ta agüentando não. Valei-me minha Nossa Senhora, meu Santo Antonio, meu padim Padi Ciço! Deve de ser mirage, esse home de vermelho num ixiste....? O homem aperta os olhos, passa as mãos como a limpar as vistas. A criançada se junta. O avermelhado pára. O homem se assusta. O vermelhão desce do burrico apressado agarrando as calças que teimam em cair. Segue mato adentro e some. Ninguém entende o acontecido. Oxente, to aqui a matutá os meus miolo. Cum certeza o vermelhão tá com uma dor de barriga lascada. Tava pálido o infeliz. Coitado, pensa que é fácil ser Papai Noel no sertão? Quanta ilusão! Até teve as boa intenção o cabra. O burrico arria as patas. O bicho tá cansado. Dá dó. Colocam água. O animal parece agradecer. Mas e o tal homem, cadê? A criançada fica na espera. Agoniam-se. De repente o tal home, o Noé que falam na televisão aparece só de ceroula e chapéu de vaqueiro na cabeça. Faz-se silêncio. As mulheres se escondem. A criançada se inquieta, cerca o homem e o burrico. O ex Noé começa a mexer nos caçuá a destribuir jenipapo, jerimum, farinha, feijão de corda, jaca, cajá e garapa de umbu pra quem quisesse. Aquilo virou uma festa. Hum, oxe, tá vendo mirage! Esse é o verdadeiro Noé do sertão... visse!
Tombém... , acredite meu irmão, este filho de uma égua é louco das ideia!O coitado do burrico tá com os caçuá cheio. O bichinho num ta agüentando não. Valei-me minha Nossa Senhora, meu Santo Antonio, meu padim Padi Ciço! Deve de ser mirage, esse home de vermelho num ixiste....? O homem aperta os olhos, passa as mãos como a limpar as vistas. A criançada se junta. O avermelhado pára. O homem se assusta. O vermelhão desce do burrico apressado agarrando as calças que teimam em cair. Segue mato adentro e some. Ninguém entende o acontecido. Oxente, to aqui a matutá os meus miolo. Cum certeza o vermelhão tá com uma dor de barriga lascada. Tava pálido o infeliz. Coitado, pensa que é fácil ser Papai Noel no sertão? Quanta ilusão! Até teve as boa intenção o cabra. O burrico arria as patas. O bicho tá cansado. Dá dó. Colocam água. O animal parece agradecer. Mas e o tal homem, cadê? A criançada fica na espera. Agoniam-se. De repente o tal home, o Noé que falam na televisão aparece só de ceroula e chapéu de vaqueiro na cabeça. Faz-se silêncio. As mulheres se escondem. A criançada se inquieta, cerca o homem e o burrico. O ex Noé começa a mexer nos caçuá a destribuir jenipapo, jerimum, farinha, feijão de corda, jaca, cajá e garapa de umbu pra quem quisesse. Aquilo virou uma festa. Hum, oxe, tá vendo mirage! Esse é o verdadeiro Noé do sertão... visse!
FONTE: sanbahia.blogspot.com
espetacular página de Sandra Iannini
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