Hoje é 25 de Dezembro, dia de Natal. Todos nos preparamos para participar da maior festa da cristandade, eu me pergunto: Quantos irmãos se ligam verdadeiramente a Deus e a seu filho Jesus, nosso irmão maior? Quantos entendem a mensagem daquele presépio instalado em tantos lugares? Quantos se dedicam a meditar sobre o papel de Maria e José?
É verdade; Muitos lares são engalanados com motivações natalinas, com a finalidade de lembrar o nascimento de Jesus, e Ele deveria ser o convidado de honra para a noite de Natal.
Mas, é com tristeza que vemos a alegria natalina se transportar para outras motivações. Os perus, deliciosamente preparados, as geladeiras abarrotadas e a troca de presentes.
A festa atinge o seu auge, hurras, hurras e mais hurras, tal é a euforia!... Mas a consagração daquele que deveria ser o convidado de honra foi esquecida. Simplesmente olham o presépio e admiram a beleza da ornamentação, nada mais.
No período natalino, a felicidade maior, realmente consiste de fato em reunir a família e os amigos para comemorar. Mas comemorar o que? Por que tanta euforia? A barriga cheia e o coração vazio?
Creio que o verdadeiro Espírito do Natal, não deve se limitar somente a comes e bebes e troca de presentes. Em toda a sua trajetória terrena, Jesus ensinou e praticou a renuncia, o perdão e a fraternidade. Tudo isto se resume no segundo maior mandamento: “Ama ao próximo como a ti mesmo”.
Muitos dos cristãos que freqüentam os templos da sua religião preferida, neste mês de dezembro recebem verdadeiros e entusiásticos ensinamentos do imenso amor de Deus, da vida de Jesus e sua família, inclusive são estimulados a lembrar o porquê das comemorações natalinas.
Ocorre que na saída, ao atravessar o portal do templo, esquecem tudo que ouviram. Isto acontece por que ouviram educadamente, mas, a mente e o coração estavam distantes.
Neste final de ano, vamos fazer diferente! Façamos uma oração de agradecimento a Deus por tudo que recebemos em todos os instantes, por que tudo é fruto do seu imenso amor por esta humanidade tão corrompida pelas belezas e bens transitórios, que ajunta tesouros na terra (frutos da carne) que se corrompem com o tempo e esquecem o verdadeiro sentido e finalidade da vida, que é amealhar tesouros incorruptíveis nos céus.
Poderemos agradecer a Deus; dispensando um sorriso ao próximo ou desejando-lhe um bom dia, partidos do coração, que têm o poder de reanimar um irmão em dificuldade, nem precisa falar, basta um olhar com brandura. Tudo isto faz milagres.
E que tal um agradecimento mais sofisticado? Todos podemos praticar, é tão fácil! - Vejamos:
Aquele mendigo da esquina, será que ele comeu hoje, a minha mesa está farta, por que não levar até ele um PF? E aquela mãe aflita com o seu filho enfermo, por que não lhe fazer uma visita e ajudar a amenizar um pouco o seu sofrimento? E aquele irmão angustiado por alguma fatalidade em sua vida, por que não lhe dirigir uma palavra de conforto sem tocar na sua ferida? E aquele brinquedo velho abandonado pelo filho, que tal com ele alegrar uma criança carente? Você pode doar? Você poderia meditar um pouco sobre os idosos, que neste mundo a fora são agredidos em seus direitos à dignidade? E aqui estaremos plantando para inexoravelmente colher, pois Cristo disse: “A cada um será dado, segundo as suas obras”.
Vamos repensar nossas criticas? Todos erramos, somos criaturas do mundo em jornada de constante aprendizado. Não há um só ser humano na superfície do planeta, com competência para acusar ou julgar um irmão. Não temos direito de acusar, se o fazemos, é por que nos esquecemos de revisar nosso passado. Que Deus nos perdoe a falha. Cristo ensinou que “Somente deveria atirar a primeira pedra, aquele que não tivesse culpa”.
Deus nos mostra infinitos caminhos para se praticar o bem, e qualquer um deles, canalizará ao coração de quem dá e de quem recebe um indizível bem estar, seja pela gratidão do recebedor, seja pelo prazer de ter realizado um ato digno. E aqui faço um lembrete: Não se preocupe se o beneficiário não o agradecer, pois o bem praticado é registrado pelo Criador em nossa conta de poupança que ELE mantém rigorosamente atualizada e se multiplicará de uma forma inesperada, retornando ao benfeitor na hora certa.
Não nos esqueçamos de fazer justiça aqueles irmãos, que pessoalmente ou através das instituições que dirigem, levam aos necessitados; a paz, o alimento, o agasalho e uma palavra amiga, qualquer que seja a época do ano. – Sejamos, pois, seus imitadores hoje e sempre, e não somente por ocasião da noite de Natal.
Escrito por Vicente Almeida
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