O livro "O Voo da Esperança", escrito pelo médium Woyne Figner Sacchetin sobre o pior acidente aéreo do país, esgotou após a Justiça de São José do Rio Preto (438 km de São Paulo) proibir novas tiragens da obra. A decisão foi tomada após reclamação da família de três vítimas da tragédia com o voo 3054 da TAM, no aeroporto de Congonhas (SP), em 2007. Na obra, o médium escreve que os passageiros morreram porque foram algozes em uma vida passada. Sacchetin diz ter recebido o espírito de Santos Dumont (1873-1932). A família argumentou que o livro denegriu a imagem de quem não está aqui para se defender.
A ação foi movida pela professora Carmem Caballero, que perdeu a mãe (Maria Elizabete, 65) e duas filhas (Júlia, 14, e Maria Isabel, 10) no dia 17 de julho de 2007, quando um Airbus-A320, vindo de Porto Alegre (RS), saiu da pista de Congonhas, cruzou a av. Washington Luis e bateu no prédio do depósito da TAM, provocando um incêndio e a morte de 199 pessoas. Mas a família considerou insuficiente a decisão judicial de impedir novas tiragens pela Lachâtre (ligada à editora Universo das Letras), já que exigia o recolhimento dos exemplares já impressos e ainda uma indenização por danos morais correspondente a mil salários mínimos (R$ 510 mil, em valor atual). "Vamos recorrer da decisão no Tribunal de Justiça", disse, no último sábado (22) à Livraria da Folha o advogado Marco Aurélio Bdine, que defende a professora. Ele afirmou que, na última sexta-feira (21), já entrou com questionamento no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Fonte: Livraria da Folha
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